Queimadas no Pantanal batem recorde em 9 meses e têm maior nível de série histórica

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro minimizar o número de queimadas no Brasil, o Pantanal fechou setembro com altas expressivas no número de focos de incêndio. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o mês passado teve a sétima alta mensal consecutiva e bateu recorde histórico para o período, com 8.106 focos de calor, alta de 180% em relação ao mesmo mês do ano anterior, que teve 2.887 focos. Somente na quarta-feira, 30, os satélites captaram 682 focos ativos. Em apenas nove meses, o bioma também bateu o recorde anual.

Ainda segundo a publicação, entre janeiro e setembro, o total de pontos de fogo no bioma chegou a 18.259, o equivalente a 82% mais do que o total de queimadas observado em todo o ano passado no Pantanal (10.025). Este também é o maior número registrado para o período de um ano desde o início dos registros do Inpe, em 1998. O maior valor até então era o de 2005, com 12.536 focos para 12 meses.

Estimativas compiladas até 27 de setembro deste ano pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa), da Universidade Federal do Rio, mostram que as queimadas já destruíram cerca de 23% do bioma, atingindo, até domingo, 34.610 km². Já na Amazônia, foram 32.017 focos, alta de 60,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, que teve 19.925 focos em setembro. É o maior valor desde 2017 para este mês no bioma.

Em agosto, tinha ocorrido uma leve queda dos focos na Amazônia em comparação com os números do mesmo mês no ano passado (29.307 ante 30.900). As queimadas em agosto do ano passado eram as piores desde 2010 e deram início às críticas estrangeiras sobre a falta de atenção do governo federal à região.

Fonte: Bahia Notícias

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