Jazidas de alumínio e cobalto podem gerar mais de 14 mil empregos na região de Caculé
João Cavalcanti: “Pesquisa indica indícios de jazidas de alumínio e cobalto na região de Caculé” De acordo com o Geólogo, o processo ainda está em fase inicial onde, até então, foram feitas a topografia e o mapeamento geológico do local.
Em entrevista concedida, nesta quinta-feira (11), o geólogo e empresário caculeense João Carlos de Castro Cavalcanti, o JC, anunciou que pesquisas indicam a existência de jazidas de alumínio e cobalto na região de Caculé. Segundo o presidente da CVP-BA (Companhia Vale do Paramirim), a exploração do minério deverá gerar cerca de 14.000 empregos na região, que envolve as cidades de Caculé, Licínio de Almeida e Caetité.
Nascido em Caculé no final da década de 40, JC se formou pela Escola de Geologia com extensão em Engenharia de Minas da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e se tornou um dos maiores nomes no ramo de exploração mineral, sendo conhecido como o “farejador de minérios”. JC foi definido pelo jornal americano The New York Times como o “geólogo que fala com o cosmo”, descobertas estas que lhe renderam fortuna e notoriedade internacional.
A entrevista foi concedida ao Informe Cidade após o site ter postado uma matéria, na manhã desta quinta-feira, na qual a Associação dos Pequenos Agricultores de Taquaril I (ASPAT) denunciava as “ações arbitrárias” da empresa CVP-BA na região. Na Nota, a ASPAT destaca que: “É fundamental nos posicionarmos como forma de resistir a esse modelo de exploração que desconsidera a vida, a cultura e a memória da nossa comunidade.”
Segundo JC, uma das principais preocupações da empresa é justamente com a qualidade de vida das comunidades próximas às áreas de exploração. A CVP-BA reforça que, ao contrário do que pensam os moradores da comunidade do Taquaril, o tipo de exploração do minério não utiliza água e também não gera acúmulo de rejeitos.
“A área onde os estudos estão sendo feitos é uma área relativamente pequena, é o topo do morro, mais precisamente. Não há a possibilidade de desapropriação dos moradores e não é isso que pensamos em fazer.” Afirma JC.
O empresário também se defendeu das acusações de invasão de propriedade, reforçando que todas as ações da CVP-BA seguem a legalidade a as recomendações da Agência Nacional de Mineração e do Ministério de Minas e Energia.
De acordo com o Geólogo, o processo ainda está em fase inicial onde, até então, foram feitas a topografia e o mapeamento geológico do local. “Ainda estamos no começo dos estudos e precisamos fazer agora a sondagem da jazida pra verificar a qual profundidade está o minério. A última fase é a exploração, que, caso ocorra, ainda levará cerca de 5 a 6 anos.” Disse JC.
Na manhã desta quinta-feira (11), o empresário João Cavalcanti esteve, juntamente com o prefeito de Licínio de Almeida, Frederico Vasconcellos, reunido com moradores da comunidade do Taquaril. De acordo com JC, os moradores apresentaram questionamentos sobre o processo de exploração e seus receios com a extração do minério.
Por sugestão do prefeito Frederico Vasconcellos, a CVP-BA deverá realizar, assim que possível, uma reunião pública na Câmera de Vereadores de Licínio de Almeida para que seja explanado, tanto aos vereadores, quanto à pulação do município, as ações que a mineradora deseja executar.
Reunião com os moradores da comunidade do Taquaril.
JC finaliza a entrevista dizendo que “a CVP-BA deverá gerar, principalmente na região sudoeste, milhares de empregos diretos e indiretos, trazendo como benefício para o estado a arrecadação de impostos (municipal, estadual e federal), continuando nos próximos anos com o seu programa de prospecção e exploração mineral, ampliando o conhecimento geológico e mineiro dos recursos já identificados e buscando novas descobertas.”
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