As mulheres sobrevivem mais ao infarto se médica for do sexo feminino
Caso você mulher seja levada ao hospital por suspeita de ataque cardíaco, lembre-se de pedir para ser atendida por uma médica. Por que? De acordo com estudo publicado segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), as mulheres têm maior chances de sobreviver a um enfarte agudo do miocárdio se o médico de emergência também for do sexo feminino.
Os números mostram que 13,3% das mortes por ataque cardíaco ocorridas quando os profissionais de saúde eram do sexo masculino correspondiam a mulheres; 0,7% a mais que pacientes homens (12,6%). “Descobrimos que a conformidade de gênero aumenta a probabilidade de um paciente sobreviver a um ataque cardíaco e que o efeito é impulsionado pelo aumento da mortalidade quando os médicos tratam pacientes do sexo feminino”, disse Brad Greenwood, um dos autores do estudo, ao The Guardian.
Os pesquisadores esclarecem que estudos anteriores indicaram que as mulheres são mais propensas a falecer durante um ataque cardíaco por diversas razões. Um deles, segundo a pesquisa, está relacionado ao gênero do médico atendente. Isso porque quando os pacientes de ambos os sexos são atendidos por mulheres, a diferença na percentagem de mortes é menor – apenas 0,2%: 11,8% para homens morreram contra 12% das mulheres. A descoberta ocorreu através de uma revisão de dados de quase 582.000 pacientes que sofreram um ataque cardíaco e foram atendidos em hospitais da Flórida, nos Estados Unidos, entre 1991 e 2010.
Além de observar a idade, o sexo e se os pacientes tinham outros problemas de saúde, a equipe também analisou se eles morreram durante a internação e qual era o gênero do médico atendente. Independente do sexo, os pesquisadores observaram que, no geral, 11,9% dos pacientes com ataque cardíaco faleceram no hospital.
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