Dia: 22 de setembro de 2022

Brumado: Profissionais de enfermagem aderem à paralisação em defesa do piso salarial

Os trabalhadores da enfermagem que atuam na Policlínica Regional de Saúde de Brumado também aderiram à paralisação nacional em busca do pagamento do piso salarial da categoria.

Em entrevista, a técnica de enfermagem Rosângela Nascimento salientou que se trata de uma causa muito importante, tendo em vista que significa defender uma conquista de quase 40 anos.

Segundo Nascimento, a enfermagem é uma profissão extremamente relevante, tal como pode ser visto durante a pandemia.

“Nenhum vírus letal nos parou. Essa paralisação é um repúdio a esse veto. Queremos que eles façam o quanto antes a liberação do piso nacional da enfermagem porque nós merecemos. Devemos ser respeitados”, destacou.

A profissional defendeu ainda que a categoria precisa de reconhecimento por todo esforço e dedicação no desempenho da função. “Precisamos de valorização e incentivo”, pontuou. 

Dia da Juventude do Brasil


No dia 22 de setembro é comemorado o Dia da Juventude do Brasil, que é a data onde se celebra os jovens e sua importância para a sociedade.
Importância da Juventude no Brasil
Como sabemos os jovens de hoje serão os adultos que formarão a sociedade de amanhã. Apesar do clichê, a juventude tem realmente grande importância na sociedade, pois a partir dela que poderão ser geradas mudanças, que trarão benefícios no futuro, como um melhor desenvolvimento, diminuição de intolerâncias, diminuição da violência, entre outros.
No Brasil considerando dados do IBGE, a população jovem entre 15 e 24 anos chega a 20% do total da população, o que significa que de cada 10 brasileiros, 2 estão na fase considerada juventude.
Maiores Riscos para a Juventude
A juventude é uma fase de transição, e pode ser bem complexa e inconsequente, além do mais, com a grande quantidade de jovens que existem no Brasil, existem vários riscos que podem afetar o desenvolvimento deles, como por exemplo: questões de saúde pública, como o vício no álcool e drogas, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez precoce; questões ligadas a violência, como violência física ligada a abuso de álcool e drogas e também de ordem sexual, como abusos, além é claro da violência no trânsito que devido a soma de vários fatores, acaba vitimando cada dia mais os jovens.
Desta forma é necessário um trabalho voltado a prevenção e educação de todos, orientando e criando regras que possam minimizar todos esses riscos e garantir uma fase de juventude tranquila.
Participação da Juventude na sociedade Política
No Brasil os jovens no geral não se interessam muito por política, geralmente aqueles que estão mais engajados participam de algum grupo ideológico ou mesmo tem convicções ideológicas, porém grande parte dos jovens não tem atuação política, além da votação que é obrigatória a partir dos 18 anos de idade.
Em outras culturas como nos Estados Unidos e países da Europa, existe uma grande participação dos jovens desde cedo, isso em razão do estimulo e das diferentes informações que todos tem acesso desde criança na escola e em casa, que acaba gerando um interesse maior por assuntos ligados a política.
Outro fator determinante para a falta de interesse dos jovens em política no Brasil é o mesmo de grande parte da população adulta, que é acreditar que a política não interfere no dia-a-dia, e generalizar como se essa prática seja moralmente errada, devido aos escândalos de corrupção e outros.
Religião
Da mesma forma que a politica o interesse religioso dos jovens não é espontâneo e sim muito influenciado, em grande parte pelos pais, que frequentam determinada religião.
Outra grande influência está ligada a grupos de juventudes ligados a algum rito religioso, como na Igreja Católica e Igreja Evangélica, onde existem grupos de jovens que aglomeram seus participantes em atividades direcionadas para a juventude com fundo religioso.
Porém nos últimos anos está crescendo a quantidade de jovens que já não professam mais a religião de seus pais, tomando liberdade para seguir outra religião e em alguns casos nenhuma religião.
O Futuro dos Jovens
É certo afirmar que o futuro da juventude, especialmente no Brasil, passa pela educação, pois ela é o mecanismo para que os jovens possam se preparar para o futuro, desenvolvendo suas habilidades, desde o pensamento e entendimento da sociedade até conhecimentos específicos, tornando-o capaz de ser um cidadão pleno. Muitos dos problemas relacionados a violência, saúde, falta de interesse na política, entre outros podem ser trabalhados através da educação, que passo a passo poderá fazer uma sociedade melhor no futuro. Do ponto de vista mais prático, basta observar países que tiveram grande desenvolvimento tecnológico e da sociedade, que veremos que a base desse crescimento foi a educação e o investimento nos jovens.
Outras datas comemorativas
Além de 22 de setembro, existem outras datas em que se celebra a juventude, como o dia 30 de março e também o dia 12 de agosto, onde se celebra o Dia Internacional da Juventude.
FONTE: www.calendariobr.com.br/dia-da-juventude-do-brasil

Ministério da Ciência investe R$ 3 milhões em pesquisas sobre varíola dos macacos

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações informou que vai investir R$ 3 milhões em projetos de pesquisa científica sobre a varíola dos macacos (Monkeypox). O recurso foi liberado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

De acordo com a Agência Brasil, os projetos envolverão linhas de pesquisa sobre vacinas, avaliação do status imunológico da população, testes de antígeno viral para sorologia, avaliação de cepas em circulação no Brasil e o monitoramento do comportamento do vírus em animais silvestres e domésticos.

As pesquisas devem ser concluídas no prazo de 24 meses. O trabalho será realizado por pesquisadores de universidades federais que fazem parte da CâmaraPOX, grupo consultivo criado para o enfrentamento do vírus.

Os cientistas são da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Feevale, instituição privada no Rio Grande do Sul. A varíola dos macacos é uma doença causada por vírus e transmitida pelo contato próximo ou íntimo com uma pessoa infectada e com lesões de pele.

Em geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento ocorre para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Município de Caculé sofre queda nos indicadores do Ideb

Essa é a primeira avaliação da nova gestão, do prefeito Pedro Dias (PSB), que irá completar dois anos governando a cidade.

No Ideb de 2019, a educação de Caculé obteve a nota de 6,6 nos anos iniciais e 5,8 no fundamental dois; já em 2021, Caculé sofreu uma queda para 5,8 e 5,0 nos respectivos anos. A Secretaria da Educação ainda não se manifestou sobre a queda nos índices.

Plenária dos Povos de Axé e da Cultura é realizada com candidato Alexandre Xandó em Conquista

Povos de Axé e da Cultura

Na oportunidade, Xandó defendeu o Projeto de Lei que institui o Marco Legal dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, além de medidas eficazes de combate à intolerância religiosa e uma política permanente de Tombamento dos Terreiros.

Também defendeu a efetivação das Leis 10.639 e 11.645, que tornaram obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino.

Xandó é adepto do candomblé e, como vereador de Vitória da Conquista, lutou para que o IPTU e o IPR não fossem cobrados dos terreiros e encampou lutas em favor da cultura, como a criação de um auxílio financeiro para os artistas do município durante a pandemia.

Saiba quais candidatos à Câmara dos Deputados são prioridades das siglas na Bahia

Os partidos políticos receberam, através do fundo eleitoral de 2022, um total de R$ 4,9 bilhões, para que fossem distribuídos a candidatos aos mais diversos cargos eletivos em disputa neste ano. O Bahia Notícias, fez um levantamento dos candidatos a deputado federal que mais ganharam doações de suas siglas, considerando as 10 maiores legendas do país. O partido que mais recebeu recursos do fundo eleitoral foi o União Brasil. Resultado da fusão entre os antigos DEM e PSL, a nova sigla teve direito a R$ 758 milhões. Em segundo lugar, ficou o PT, com R$ 500 milhões. As duas legendas disputam, em 2022, o favoritismo pelo governo do estado, além de brigarem pela maior bancada baiana na Câmara dos Deputados, em Brasília. MDB (R$ 360 milhões), PSD (R$ 343 milhões), PP (R$ 333 milhões), PSDB (R$ 317 milhões), PL (R$ 268 milhões), PSB (R$ 267 milhões), PDT (R$ 252 milhões) e Republicanos (R$ 236 milhões) completam a lista dos 10 partidos que mais receberam recursos públicos para distribuir entre seus candidatos. Confira a seguir os nomes dos postulantes à Câmara que mais receberam verbas desses partidos até as 16h desta terça-feira (20), considerando apenas doações de R$ 100 mil ou mais.

UNIÃO BRASIL

O partido liderado na Bahia por ACM Neto demonstra prioridades claras para a disputa pela Câmara. Os atuais deputados federais Igor Kannário, Leur Lomanto Jr. e José Rocha receberam R$ 2,811 milhões cada, para viabilizar suas campanhas à reeleição. O deputado estadual Dal, recém-filiado à sigla; o empresário Zé Chico; e a pecuarista Marisete também receberam R$ 2,811 milhões cada um, completando o grupo dos seis candidatos à Câmara que mais receberam investimentos do União Brasil. Logo atrás desse grupo, vem Marcelo Guimarães Filho, ex-deputado federal e ex-presidente do Esporte Clube Bahia. O candidato obteve R$ 2,538 milhões do diretório nacional do União Brasil e mais R$ 261,7 mil da direção estadual da sigla. No total, o ex-mandatário tricolor ficou com aproximadamente R$ 2,799 milhões do fundo eleitoral. Também se destacam entre as prioridades do União Brasil outros candidatos à reeleição, como Arthur Maia, Paulo Azi e Dayane Pimentel. Cada um dos três recebeu aproximadamente R$ 2,799 milhões. Elmar Nascimento, considerado uma liderança nacional do partido, recebeu pouco mais de R$ 2,511 milhões; enquanto Cátia Rodrigues, vereadora de Salvador, ficou com aproximadamente R$ 2,311 milhões, fechando a lista daqueles que receberam mais do que R$ 2 milhões do União Brasil.

PT

É o atual deputado federal Valmir Assunção quem mais recebeu doações do PT. O parlamentar, que tem base política ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ganhou pouco mais de R$ 2,01 milhões da legenda. Em segundo lugar, vem o também deputado federal Joseildo Ramos. Longe de ser um dos grandes puxadores de voto da legenda, ele foi eleito como suplente em 2018, e agora recebeu cerca de R$ 1,81 milhão da direção nacional petista. Logo atrás, com R$ 1,8 milhão cada, aparecem os também candidatos à reeleição Afonso Florence, Josias Gomes e Jorge Solla. O deputado federal Zé Neto, derrotado na disputa pela prefeitura de Feira de Santana em 2020, ficou com pouco mais de R$ 1,7 milhão do fundo eleitoral, se estabelecendo em sexto na lista do partido. A ex-candidata à prefeitura de Salvador pelo partido em 2020, Major Denice, foi a sétima que mais recebeu verbas do partido, com aproximadamente R$ 1,51 milhão. Logo depois, empatados com R$ 1,5 milhão cada, aparecem o deputado federal Waldenor Pereira e a novata Ivoneide Caetano, esposa do ex-deputado Luiz Caetano. Marta Rodrigues, vereadora de Salvador e irmã do candidato ao governo do estado Jerônimo Rodrigues, ficou como a décima na lista, com R$ 1,46 milhão em doações recebidas pelo PT; seguida de perto pela novata Elisângela Araújo, que recebeu pouco mais de R$ 1,45 milhão. Vale ainda destacar a vereadora de Salvador, Maria Marighella, que recebeu R$ 915 mil; e a professora Marize Carvalho, que ficou com R$ 756 mil.

MDB

No MDB, o destaque absoluto é para o deputado federal Uldurico Junior, que busca a reeleição. Ele recebeu R$ 2,5 milhões da direção nacional do partido, muito acima de Ricardo Maia (R$ 208 mil), Fábio Vilas Boas (R$ 204 mil) e Luislinda Valois (R$ 200 mil). Fecham a lista dos que mais receberam verbas do MDB os candidatos Nestor Neto (R$ 164 mil), Crislan Leal (R$ 154 mil), Luana do Brasil (R$ 154 mil), Zé Raimundo Mandato Coletivo (R$ 150 mil) e Adriana Neves (R$ 100 mil).

PSD

Com R$ 2 milhões cada um, os deputados federais Antônio Brito, Charles Fernandes e Sérgio Brito foram os candidatos à Câmara que mais receberam doações do PSD, junto ao novato Gabriel Nunes, filho do parlamentar Zé Nunes. Em quinto lugar, aparece o também integrante da Câmara, Paulo Magalhães, que obteve R$ 1,9 milhão do fundo eleitoral. Ele é seguido pelo deputado estadual Diego Coronel – filho do senador Ângelo Coronel –, que recebeu R$ 1,7 milhão em doações. Otto Filho, descendente do senador Otto Alencar, ficou em sétimo, com R$ 1,65 milhão, um pouco à frente de Oziel Oliveira, ex-presidente a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que recebeu R$ 1,6 milhão. Bem atrás, as novatas Dra. Elane (R$ 600 mil) e Rosa Santana (R$ 570 mil) completam a lista dos 10 postulantes à Câmara dos Deputados que mais receberam valores do PSD.

PP

O presidente estadual do PP, João Leão, não é o candidato à Câmara que mais recebeu valores do partido. O posto é ocupado pelos atuais deputados federais Cláudio Cajado e Mário Negromonte Jr., que ficaram com R$ 2,25 milhões cada um. Antes de Leão, que recebeu R$ 2 milhões, ainda aparecem a vereadora de Salvador, Roberta Caires, com R$ 2,16 milhões; e Neto Carletto – herdeiro político do deputado federal Ronaldo Carletto –, que ficou com R$ 2,05 milhões. Em sexto lugar, aparecem o ex-deputado federal Benito Gama e o vereador de Salvador, Gordinho da Favela. Ambos receberam R$ 1,4 milhão do fundo eleitoral cada um. J. Carlos (R$ 800 mil), Anna Valéria (R$ 700 mil) e Cacá Colchões (R$ 700 mil) completam a lista dos 10 candidatos à Câmara que mais receberam doações do PP.

PSDB

As prioridades dos tucanos para a Câmara também são claras: o atual deputado Adolfo Viana e a vereadora de Salvador, Cris Correia, são as apostas para ser eleitas. Eles receberam, respectivamente, R$ 2,2 milhões e R$ 1,885 milhão do PSDB. Viana e Cris ficaram muito acima dos demais. A terceira que mais recebeu foi Marta Helena, que recebeu R$ 300 mil; seguida por Mateus Reis (R$ 200 mil), Marcelo Calasans (R$ 200 mil), Patrícia Linhares (R$ 140 mil), Sandra Guimarães (R$ 120 mil), Drika Carvalho (R$ 100 mil) e Lu Cerqueira (R$ 100 mil).

PL

Roberta Roma é a esposa do candidato ao governo do estado pelo PL e também a candidata que mais recebeu verbas do partido na Bahia. A postulante à Câmara ganhou, do fundo eleitoral, pouco mais de R$ 1,15 milhão. Ela fica à frente do policial militar André Porciúncula, que recebeu R$ 800 mil; do vereador de Salvador, Alexandre Aleluia, que ficou com R$ 550 mil; e do cantor Netinho, que obteve pouco mais de R$ 530 mil do fundo eleitoral. Empatados com R$ 500 mil cada um, aparecem o deputado federal Jonga Bacelar, o deputado estadual Capitão Alden, e os novatos Geraldo de Dra. Raíssa e Comandante Rangel. Flor Cruz (R$ 300 mil) e Harrison Nobre (R$ 210 mil) completam a lista dos 10 candidatos que mais receberam verbas do fundo eleitoral destinadas ao PL.

PSB

A grande liderança do PSB na Bahia é a deputada federal Lídice da Mata. Ela disputa a reeleição com um aporte de R$ 3 milhões feito pelo partido, sendo esse disparado o maior valor doado pela legenda no estado. Em segundo lugar, aparece o ex-prefeito de Juazeiro, Joseph Bandeira, que recebeu R$ 800 mil do PSB. Ele é seguido ainda por Zé Raimundo (R$ 200 mil) e Galeguinho (R$ 170 mil).

PDT

Dentre os 10 maiores partidos do Brasil, as doações do PDT na Bahia foram umas das mais tímidas. O deputado estadual Leo Prates foi o candidato à Câmara que mais recebeu verbas da legenda, ficando com R$ 1 milhão do fundo eleitoral. O presidente estadual do partido, deputado federal Félix Mendonça Jr., disputa a reeleição e recebeu R$ 600 mil da legenda. Junto a ele, o vice-prefeito de Cruz das Almas, André Eloy, também ficou com R$ 600 mil em doações do fundo eleitoral. O deputado federal José Carlos Araújo foi agraciado com R$ 350 mil, à frente de Nay Grilo (R$ 250 mil), Dr. André (R$ 200 mil), Capitão Azevedo (R$ 200 mil), Edson Pimenta (R$ 150 mil), Isaías de Diogo (R$ 120 mil), Neinha Bastos (R$ 100 mil) e Enfermeiro Holmes (R$ 100 mil).

Republicanos

Recém-filiado ao Republicanos, foi o deputado federal Marcelo Nilo quem mais recebeu doações do partido na Bahia até o momento. O parlamentar obteve R$ 1,55 milhão para disputar a reeleição. Logo depois, em segundo lugar, aparece o também deputado federal Alex Santana, que recebeu R$ 1,5 milhão. Talita Oliveira está em terceiro, com R$ 940 mil, seguida de Rogéria Santos (R$ 800 mil), Tati Mandelli (R$ 700 mil), o deputado Márcio Marinho (R$ 650 mil) e Edileuza de Militão (R$ 560 mil). Pastor Luiz Lemos (R$ 500 mil), Aline Nunes (R$ 485 mil) e Igor Magalhães (R$ 400 mil), completam a lista dos 10 que mais receberam verbas do fundo eleitoral do Republicanos.

Imagens da capela de Ubiraçaba seriam vendidas no mercado negro, diz PM

A Major Leila Silva, comandante da 34ª CIPM, disse que, com as informações sobre as características dos indivíduos, dois homens e uma mulher, e do veículo utilizado no crime, a polícia conseguiu dar início a um amplo trabalho de investigação.

“Esse grupo já teria agido na cidade de Poções e em Vitória da Conquista. Eram locais vulneráveis. Acionamos a nossa rede e descobrimos a localização deles. Graças a Deus, conseguimos recuperar essas imagens”, contou.

As imagens seriam vendidas no mercado negro para obtenção de ganho financeiro. Segundo a Major, existe a possibilidade de o mesmo grupo também ter furtado o crucifixo da igreja do Distrito de Itaquaraí.

“Vamos investigar junto com a Polícia Civil”, garantiu. Os três indivíduos foram flagranteados e estão à disposição da justiça. As imagens sagradas serão devolvidas à capela de origem.

Bolsonaro volta a atacar STF e compara decisão do TSE ao AI-5

O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF)
A 12 dias do primeiro turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira e chegou a dizer que uma recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra um de seus aliados foi mais severa do que o Ato Institucional nº 5 (AI-5), medida que determinou o fechamento do Congresso Nacional e a cassação de direitos individuais em 1968, durante a ditadura militar. O titular do Palácio do Planalto se disse “indignado” com determinadas sentenças judiciais e afirmou temer uma “interferência de outro Poder”.

O AI-5 foi emitido no governo do general Artur da Costa e Silva, em 13 de dezembro de 1968, e inaugurou o período de maior repressão da ditadura militar no Brasil. O decreto resultou no fechamento do Congresso Nacional e das Assembleias Legislativas nos estados, na perda de mandatos de parlamentares, em intervenções nos municípios e estados e na suspensão de garantias constitucionais. O AI-5 também endureceu a censura prévia da imprensa e da arte (música, cinema, teatro e televisão), tornou ilegais reuniões políticas não autorizadas pela polícia e suspendeu o habeas corpus para crimes considerados de motivação política.

‘Broxonaro e tchuchuca’: mensagens contra Bolsonaro são projetadas no Empire State Building, em Nova York

Em Nova York: Bolsonaro abandona assembleia da ONU, reúne apoiadores em churrascaria e volta a dizer que é ‘imbrochável’

As declarações foram dadas durante um seminário da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Bolsonaro está nos Estados Unidos e participou do evento por vídeo conferência.

Ao citar medidas de seu governo, o presidente se disse contrário ao que chamou de tentativa de “controle das mídias sociais” e, mais uma vez, criticou a operação que mirou empresários bolsonaristas suspeitos de compartilhar mensagens golpistas. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, segundo quem o grupo possui “grande capacidade socioeconômica” que resulta em “potencial de financiamento de atividades digitais ilícitas e incitação a atos antidemocráticos”.

— Fico indignado quando vejo páginas sendo derrubadas, fico indignado quando vejo empresários sendo investigados por troca de mensagens em um site privado deles. Como aconteceu com (os empresários) Meyer Nigri, Luciano Hang. Sendo tratados como pessoas bandidas, sofrendo visita da Polícia Federal em casa.

Em seguida, Bolsonaro também afirmou estar “indignado” com a prisão e a cassação de mandatos de parlamentares, segundo o presidente, que apenas externaram suas opiniões. Ele citou como exemplo o caso do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), cassado pelo TSE após divulgar informações falsas sobre urnas eletrônicas.

— Fico indignado quando vejo parlamentares, por mais que tenham falado o que não devia, mas parlamentar tem imunidade por palavras, opiniões e votos, sendo preso por causa disso, tendo mandato cassado sem qualquer critério. Nem o AI-5 cassava gente como foi cassado esse deputado, o Francischini, lá do nosso estado do Paraná.

Bolsonaro afirmou ficar “sensibilizado” por “certas medidas” e mencionou decisões de Alexandre de Moraes de suspender decretos que tratavam da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em maio, o ministro Alexandre de Moraes suspendeu os trechos de decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que reduziram em todo o país o IPI de produtos que recebem benefícios fiscais na Zona Franca de Manaus. Na decisão, que ainda deve ser confirmada pelo plenário do Supremo, o ministro deu 10 dias para que o presidente explique as normas, e pediu manifestações da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria Geral da República (PGR).

— Não pensem vocês que eu não fico sensibilizado por certas medidas tomadas por certas pessoas na região da Praça dos Três Poderes que prejudicam a todos nós. Até a questão do IPI, vocês sofreram na ponta da linha, dois decretos nossos foram derrubados, em uma decisão democrática. Uma pessoa (diz): “não quero, ponto final”.

O presidente ainda ironizou cartas em defesa da democracia, como as que foram assinadas no mês passado, e afirmou que teme uma “interferência” feita “de forma não republicana”, sem detalhar a que se referia.

— O que precisa é que todo mundo jogue dentro das quatro linhas, não apenas diga. Nossa carta pela democracia é a nossa Constituição. Não é aquela cartinha que se faz de quatro em quatro anos para ganhar simpatias, dizer que é democrata. Tememos, sim, a interferência de outro Poder nos destinos do Brasil, de forma não republicana.

No domingo, Bolsonaro já havia voltado a atacar o sistema eleitoral, ao afirmar que haverá “algo anormal” na Justiça Eleitoral caso ele não seja eleito em primeiro turno, contrariando o que indicam as principais pesquisas eleitorais.

Bolsonarista espanca pesquisador do Datafolha no interior de SP

O bolsonarista Rafael Bianchini, em postagem uma rede social; ele agrediu pesquisador do Datafolha no interior de São Paulo. (Foto: Reprodução/Rafael Bianchini/Facebook)
O bolsonarista Rafael Bianchini, em postagem uma rede social; ele agrediu pesquisador do Datafolha no interior de São Paulo. (Foto: Reprodução/Rafael Bianchini/Facebook)
Um pesquisador do Datafolha foi agredido na tarde desta terça-feira (20) com chutes e socos por um bolsonarista em Ariranha (a 378 km de São Paulo), em uma escalada de hostilidade contra profissionais do instituto em meio ao processo eleitoral.

O pesquisador entrevistava uma pessoa, quando Rafael Bianchini se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido para o levantamento. “Só pega Lula” e “vagabundo” foram um dos termos gritados pelo bolsonarista no meio da rua.

O ataque começou quando o pesquisador finalizou sua entrevista com o outro morador. Ele foi atingido pelas costas, e o tablet usado para a entrevista foi derrubado ao chão. Quando o pesquisador reagiu às agressões, ele passou também a ser atacado por um filho do bolsonarista.

As agressões foram interrompidas com a ação de vizinhos. Foi quando o bolsonarista entrou e saiu de sua casa, em frente ao local, e ameaçou partir para cima do pesquisador com uma peixeira —ele foi contido pelo filho.

“O pesquisador estava desempenhando seu trabalho e foi covardemente agredido fisicamente. Nada justifica qualquer tipo de agressão. Estamos acompanhando um aumento da hostilidade em relação aos pesquisadores e isso é muito preocupante”, afirma Luciana Chong, diretora do Datafolha.

Segundo o Datafolha, relatos de pessoas que passam gritando, acusando o instituto de ser comunista ou tentando filmar os entrevistadores como forma de intimidá-los têm sido comuns.

Na maior parte dos casos, as pessoas que buscam intimidar os pesquisadores se declaram como bolsonaristas ou citam o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com a diretoria do instituto.

Somente no último dia 13, o instituto de pesquisas contabilizou dez intercorrências em municípios de diferentes regiões do país, num universo de 470 pesquisadores.

Houve casos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Alagoas, Maranhão, Goiás, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

No episódio desta terça em Ariranha, município na região de São José do Rio Preto, o caso foi registrado na delegacia local. Bianchini e filho foram identificados como autores das agressões.

O delegado Gilberto Cesar Costa afirmou que todas as providências necessárias foram determinadas, como a oitiva dos envolvidos. Ele, porém, disse que o teor da investigação é sigiloso.

O pesquisador do instituto foi atendido num pronto-socorro da cidade e liberado em seguida. Atingido na cabeça, nas costas e nos braços, ele diz que buscará a punição dos responsáveis na Justiça, tanto pela questão individual das agressões como pelas ameaças que seus colegas têm recebido nas ruas.

“Foi registrado o boletim de ocorrência e isso deve ser investigado pela polícia. Deve resultar numa ação penal”, disse o advogado da Folha de S.Paulo Luís Francisco Carvalho Filho.

De acordo com ele, a atitude ocorrida na cidade do interior paulista é lamentável. “Provavelmente isso é oriundo aparentemente de simpatizantes de Bolsonaro, que pressionam pesquisadores e levantam desconfiança em torno do instituto de pesquisa”, disse.

O Datafolha é um instituto independente de pesquisa de opinião que pertence ao Grupo Folha e atua com pesquisa eleitoral e levantamentos estatísticos para o mercado. O instituto não faz pesquisas eleitorais para governos ou políticos.

A metodologia do Datafolha prevê pontos específicos para a realização das entrevistas. No caso de mudança para outro ponto entre os mapeados, é preciso uma autorização da equipe de planejamento.

O instituto diz que, nos levantamentos nacionais ou estaduais, primeiro são sorteados os municípios que farão parte do levantamento; depois, os bairros e pontos onde serão aplicadas as entrevistas.

O Datafolha também usa cotas proporcionais de sexo e idade de acordo com dados obtidos junto ao IBGE e ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Outras instruções são as de não dar permissão para ser filmado e a de não usar o crachá do Datafolha enquanto estiver se deslocando, apenas enquanto estiver realizando as entrevistas.

Os pesquisadores do instituto recebem um treinamento padronizado, que determina que pessoas que se oferecem para serem entrevistadas devem ser obrigatoriamente evitadas, para que a amostra seja aleatória.

AGRESSÕES EM SÉRIE

Entre os casos registrados recentemente no país, em agosto, em Belo Horizonte, quatro homens perseguiram uma entrevistadora, chamando o Datafolha de comunista e esquerdista. Ela saiu correndo, caiu no chão e machucou um dos joelhos.

O grupo então teria se assustado e parou de segui-la. Eles estariam tentando pegar à força o tablet no qual ela registrava as respostas.

Em Goiânia, um entrevistador chegou a ser empurrado por um homem que se identificou como bolsonarista e que disse não querer o profissional do Datafolha nas redondezas.

Em um município do Rio Grande do Sul, um pesquisador foi levado para averiguação por um policial que se identificou como eleitor de Bolsonaro. Antes de chegarem à delegacia, ele parou o carro e fez perguntas ao pesquisador que, na sequência, foi liberado e continuou seu trabalho em outro local.

por Marcelo Toledo, da Folhapress