Mês: junho 2022

DIA DO ADVOGADO TRABALHISTA

Comemora-se no dia 20/06 o Dia do Advogado Trabalhista, profissional cuja história é diretamente ligada à criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-Lei 5.452/43). Quando da criação deste decreto se fez de suma importância a figura e a presença de um representante legal que viesse a defender os direitos de empregados e empregadores.
A existência do Direito do Trabalho no Brasil representa a preservação da dignidade da pessoa humana. Alguns dos direitos resguardados ao trabalhador são o salário mínimo, o recebimento de hora extra e de diferencial por trabalho noturno, além de férias remuneradas e licenças maternidade e paternidade. O advogado trabalhista, além de salvaguardar os direitos patronais e do trabalhador, tem uma finalidade social, visando o equilíbrio entre a hipersuficiência e a hipossuficiência.
Ser Advogado Trabalhista é atuar no cerne, estar no centro das mais diversas demandas e discussões que englobam e envolvem o direito de viver com dignidade, o direito à vida, o direito a saúde, o direito a bom ambiente, o direito ao lazer, o direito ao respeito, o direito de estar integrado na vida econômica, na vida social e na vida laboral do País. O direito de ser verdadeiramente cidadão, gente, ser humano, enfim a proteção ao direito do trabalho.

FONTE: oabsjp.org.br/dia-do-advogado-trabalhista/

5º dia do São João do Gurutura leva 30 mil pessoas para a Praça do Feijão em Guanambi

5º dia do São João do Gurutura leva 30 mil pessoas para a Praça do Feijão em Guanambi

O quinto dia do São João do Gurutuba, em Guanambi, neste sábado (18), contou mais uma vez com um grande público na Praça do Feijão.

Assim como na abertura do festejo, na última terça-feira (14), com o show do cantor Amado Batista, 30 mil pessoas estavam no circuito do forró para curtir o São João do Gurutuba com shows de Benhur Domingues & Tõe de Milton, Canindé, Matheus Boa Sorte, JM Puxado e Léo do Forró.

O público dançou muito forró e a diversão foi garantida. Segundo informações, nenhuma ocorrência policial relevante foi registrada. Neste domingo (19), foi a última noite do São João do Gurutuba e teve as apresentações de Xamego, Calcinha Preta, João Bosco & Vinícius, Danilo Fernandes e Filho do Sertão.

A festa está cada vez mais consolidada no calendário do São João da Bahia.

Caculé: Homem mata a esposa e se suicida na cidade


Na manhã deste domingo (19), por volta das 6h20, a Polícia Militar foi informada por populares que, no distrito de Várzea Grande, em Caculé, um homem havia acabado de matar a mulher e se matar em seguida.

A informação foi confirmada pela 94ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). Ao chegar na residência, no quarto, foi encontrado o corpo de Maria José Neves Gomes Rocha, 35 anos, com um corte profundo na cabeça.

Em seguida, no quintal do imóvel, foi localizado o corpo do Nivaldo Santos Rocha, 51 anos, caído ao solo ao lado de um frasco que, possivelmente, continha veneno. No quintal também foi localizado um machado com manchas de sangue que, provavelmente, foi a arma utilizada para matar a mulher.

A área foi isolada pela Polícia Militar. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) realizou a perícia no local. Os corpos de Maria José e Nivaldo foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) em Guanambi.

Lancha de Bruno Pereira e Dom Phillips é encontrada a 20 metros de profundidade

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Policiais do Amazonas localizaram neste domingo (19) a lancha em que viajavam o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, mortos há duas semanas no interior do estado.

De acordo com nota da Polícia Civil do Amazonas, a lancha foi localizada a cerca de 20 metros de profundidade. Estava “emborcada com seis sacos de areia para dificultar a flutuação, a uma distância de 30 metros da margem direita do rio Itaquaí, nas proximidades da comunidade Cachoeira”.

O local foi indicado, segundo a polícia, pelo suspeito Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha, preso no sábado (18).

A Polícia Civil também disse no comunicado que foram quase cinco horas de operação. “Além do casco da lancha, também foram encontrados um motor Yamaha 40 hp, 4 tambores que eram de propriedade do Bruno, sendo 3 em terra firme e 1 submerso.” Participaram também a Polícia Militar do Amazonas, Marinha do Brasil e Corpo de Bombeiros.

Petro conquista vitória histórica e leva esquerda pela primeira vez ao poder na Colômbia

Por Janaína Figueiredo

Petro conquista vitória histórica e leva esquerda pela primeira vez ao poder na Colômbia

Pela primeira vez na História, a Colômbia terá um presidente de esquerda. Em sua terceira tentativa de chegar ao poder, Gustavo Petro, que na juventude atuou no grupo guerrilheiro M-19, foi eleito com mais de 11,2 milhões de votos, superando amplamente os oito milhões obtidos no segundo turno de 2018, quando foi derrotado pelo presidente Iván Duque.

Final desesperado: Sob tensão, Colômbia escolheu entre esquerda e populista adotado pela direita

Esperança da esquerda: Ex-guerrilheiro Gustavo Petro apostou em teimosia para se tornar primeiro presidente de esquerda da Colômbia

Bolsonaro ainda não se pronunciou: Líderes regionais parabenizam Petro por vitória na Colômbia

Segundo dados oficiais, Petro, ex-prefeito de Bogotá e ex-senador, obteve 50,48% do total de votos, derrotando de forma clara seu rival, Rodolfo Hernández, um populista de direita que ficou com 47,26%. A participação eleitoral, num país no qual o voto não é obrigatório, atingiu 57,88%, a mais alta desde meados da década de 1970. No primeiro turno, 54% dos 39 milhões de eleitores colombianos, dos quais 20 milhões são mulheres, votaram.

— A História que estamos escrevendo neste momento é uma História nova para a Colômbia, para a América Latina e para o mundo — disse Petro, em seu discurso da vitória, a uma multidão de apoiadores em Bogotá. — A partir de hoje, a Colômbia muda, é outra. (…) É política do amor. Não é uma mudança para nos vingarmos ou construir mais ódio. Não é uma mudança para aprofundar o sectarismo. Nossos pais e avós, em suas próprias vidas, nos ensinaram o que significa o sectarismo e o ódio na História da Colômbia. A mudança consiste em deixar o ódio e os sectarismos para trás.

Segundo o presidente eleito, as eleições mostraram “duas Colômbias próximas em termos de voto”, mas que deseja que o país, “no meio de sua diversidade”, seja um só:

— Para que seja uma Colômbia em essa enorme diversidade multicolor, precisamos do amor. A política do amor deve ser entendida como uma política de entendimento, de diálogo, de entendermos uns aos outros. A mudança também significa dar boas-vindas à esperança — disse Petro. — A mudança significa que chegou o governo da esperança.

Campanha eleitoral: Estrategista argentino usou redes sociais para levar o populista Rodolfo Hernández ao segundo turno

Guga Chacra: O colombiano Hernández é diferente de Bolsonaro

Com Petro, à frente da coalizão Pacto Histórico, também desembarcará no Palácio de Nariño a primeira mulher negra que chega ao Executivo colombiano, a ativista social Francia Márquez. Um dos fenômenos eleitorais dos últimos meses, ela será a partir do próximo 7 de agosto, a nova vice-presidente.

Francia, que em março passado obteve mais de 700 mil votos na eleição interna que consagrou Petro como candidato à Presidência (superando todos os pré-candidatos de centro e direita, em suas respectivas primárias), é militante pelos direitos humanos, das mulheres e dos afrodescendentes. Num país ainda profundamente conservador e racista, sua eleição é revolucionária.

— Conquistamos um governo do povo, um governo popular, um governo da gente — disse Marquez, em seu discurso da vitória. — Vamos, irmãs e irmãos, reconciliar este país. Vamos pela paz, sem medo e com alegria.

Risco: Baixa popularidade de presidentes abre caminho para crises de governabilidade na América Latina

Sem sobressaltos

O medo de que a eleição colombiana terminasse em disputa judicial — temor alimentado pelo próprio Petro, que alertou sobre riscos de fraude – desapareceu rapidamente. Hernández aceitou o triunfo de seu adversário e o presidente Duque se comunicou telefonicamente com Petro e assegurou que ambos acordaram “uma transição “harmoniosa institucional e transparente”.

A eleição de Petro bateu vários recordes e provocou reações eufóricas, dentro e fora da Colômbia. Os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Argentina, Alberto Fernández, expressaram suas satisfação pelas redes sociais. Também o fez o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conta com o apoio explícito de Petro para sua campanha presidencial.

Entre militantes da esquerda colombiana como o historiador e professor da Universidade Nacional, Gonzalo Sánchez, o clima é de grande expectativa, mas, também, de consciência sobre o tamanho dos desafios.

— A notícia é a vitória histórica de um líder de esquerda, mas que receberá uma Colômbia dividida — ressalta Sánchez, lembrando que Hernández alcançou 10,5 milhões de votos, mais do que Duque há quatro anos.

Direita desorganizada

A diferença e o que favorece Petro, amplia o historiador, é que o engenheiro de 77 anos, que surpreendeu os colombianos conquistando uma vaga no segundo turno, não tem capacidade de liderar esses 10,5 milhões de eleitores. Ontem, ficou claro que uma campanha pode decolar graças a redes sociais como Instagram e TikTok, mas isso não é garantia de vitória.

— Petro tem muitos opositores, mas que não estão organizados. O ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) definitivamente não estão mais no comando da direita nem da oposição — frisa Sánchez.

Petro vem conservando e articulando com setores do centro, empresariais e políticos tradicionais. Nos últimos dias, propôs um grande Acordo Nacional sobre temas essenciais que devem ser encarados pelo país, entre eles, o aumento da pobreza e do desemprego. Nas próximas semanas, será essencial observar o comportamento das elites políticas e econômicas para entender até que ponto as propostas do futuro governo serão facilmente implementadas, ou enfrentarão resistências.

O mapa eleitoral de ontem mostrou uma Colômbia periférica que apoia Petro em massa, mas um grande setor do país, excluindo Bogotá, que votou por Hernández. O presidente eleito deverá conversar com adversários para garantir sua governabilidade, alerta Sergio Garcia, pesquisador do Centro Internacional de Estudos Políticos e Sociais (Cieps, com sede no Panamá).

— Um dos primeiros desafios de Petro será articular acordos no Congresso. Acho que isso pode fluir bem. Depois virão outros, como avançar com propostas como a reforma agrária, que poderiam ter dificuldades — analisa Garcia.

Dúvidas e certezas

Quando se fala sobre as primeiras medidas de governo de Petro, existem algumas certezas, entre ela a recomposição das relações com a Venezuela de Nicolás Maduro. O futuro governo também deverá anunciar no curto prazo medidas de combate à desigualdade social, que poderiam implicar mudanças no sistema tributário. Petro também defende uma reforma dos sistemas de saúde e educação, a legalização das drogas e a consolidação do processo de paz. Neste último ponto, poderia buscar um acordo com o Exército de Liberação Nacional (ELN), nos moldes do selado em 2016 com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

O presidente eleito também é um forte defensor da proteção do meio ambiente, e propõe a redução drástica dos projetos de exploração de petróleo e na busca de novas fontes de energia.

— No caso do petróleo, teremos de ver se seu programa poderá ser aplicado. O contexto internacional, a alta da inflação, nada disso é favorável — aponta Garcia.

O analista dá como certo um crescimento expressivo do Estado, novas contratações, condição para implementar uma política social mais abrangente, em todo o país.

Já se especula sobre nomes que ocuparão ministérios considerados chaves, com destaque para Fazenda e Defesa. Alguma reação das Forças Armadas é esperada.

O presidente eleito conseguiu apoios importantes, entre eles o de Alejandro Gaviria, derrotado no primeiro turno, que estaria colaborando na elaboração de um programa econômico que acalme os mercados.

Yahoo Notícias

Cordeiros: Levantada do Mastro de São João na “Vila Rica”

 

Muitas vezes acontecem a “roubada” da Bandeira ao levantar o Mastro

Acontecerá no próximo dia 23 de junho a entrega da Bandeira de São João e ao mesmo tempo o levantamento do mastro na Comunidade da Vila Rica. Que há dois anos está sem realizar a grande festa de São João por causa da pandemia.

Esse ano os moradores da Vila RICA receberão a Bandeira de São João que foi “roubada” como manda a tradição baiana, a devolução da Bandeira é celebrada pelos populares, acompanhada de muita música tipica junina e danças a rigor, sempre com grandes queimas de fogos de artifícios.

Os “ladrões” trazem a Bandeira todos mascarados chegando no local onde será levantado o novo Mastro com a Bandeira, aí sim, é retirado as máscaras deles diante do público e muitas brincadeiras são reveladas naquele momento.

Para celebrar essa grande festa do catolicismo popular, a Comunidade de Vila Rica convida a todos para prestigiar esse grande evento de festa junina. O porque de Vila Rica? Rica de união partilha, animação e muita alegria.

Distrito do Alegre se transformando na capital do artesanato condeubense

 

Sra. Gerosina jogando birros em sua almofada e produzindo belíssimas rendas

Foi realizado ontem dia 18 de junho de 2022 no Distrito do Alegre, a II Feira do Artesanato condeubense. Com muito glamur que é peculiar do nosso artenanato, a feira foi um sussesso absoluto, muita gente frequentando, admirando e comprando os produtos dos artesãos do nosso município.

A coordenadora deste movimento professora Joandina de Carvalho, teve o cuidado de trazer para abertura musical da feira, às 11:00 horas aconteceu a apresentação cultural. A dança do Pilão ao som de Luis Gonzaga com o grupo “Arraiá da Juventude” formado pelas belas Jovens da Comunidade do Olho d’Água. As quais foram muito bem treinadas pela também jovem Kawane Silveira.

DESTAQUE:- Alunos da Bela Vista também prestigiaram a feira e, no final da atividade marcaram presença o secretário de Cultura Paulo Sérgio e o secretário de Educação, Erivelton, ambos do município de Mortugaba.

A feira teve a seguinte Programção: 

Às 9:00 horas – Acolhimento e boas vindas. Às 9h30min. – Apresentação dos artesãos e artesãs. às 9h45min. – Apresentação de artesãos com rifas para colaborar com as despesas da feira. Às 10:00 horas – Homenagens a amigos que partiram: Professor Elizeu, Luzia e tia Nita. A palavra é concedida a algumas pessoas que vão falar. Às 11:00 horas – Apresentação cultural. A dança do Pilão – Com o grupo “Arraiá da Juventude”Jovens da Comunidade do Olho d’Água. Intervalo. Retorno as 13h30min. Apresentações musicais: “Januário e irmãos”, “Dudu e Zé Ribeiro”, dupla de Mortugaba os “Ferinhas do Piseiro”.

NOTA:- Estão todos de parabéns os organizadores e artesãos, assim como a sociedade civil em geral, que insistentemente vão levando essa idéia inicial da professora Joandina, no sentido de organizar de forma produtiva e positiva o nosso riquíssimo artesanato, fazendo valer o BEM COMUM.

Fotos: Org. do evento Continue lendo

Vitória da Conquista: Corredores condeubenses ganharam a “Virgulino Run”, prava de ruas

 

O atleta condeubense Gilberto (Beto), levantando o troféu de 1º colocado na categoria 40 a 49 anos – Em Vit. da Conquista

Foi realizado nesta manhã de domingo em Vitória da Conquista mais uma corrida de ruas, a “Virgulino Run”. Nesta competição participaram 3 atletas de Condeúba, sendo eles: Gilberto (Beto), que sagrou-se campeão da categoria de 40 a 49 anos. Carlão Maratonista foi o campeão da categoria de 50 a 59 anos. José Carlos Dias participou, mas não conseguiu subir ao pódio.

Agradeço primeiramente a Deus pelo dom da vida e também pela vitória. Em segundo luga agradecemos aos nossos patrocinadores, Açaí Mix Condeúba. Postos de combustíveis Ringo, Condeúba e Gonzaga. Wa Contruções e Serviços. Beatriz Calçados. Zena Calçados. Point da Gisela Bar e Restourante. kakos Lanches. SNA Nova Aliança. Apoio da Prefeitura de Condeúba e parceria do jornal Folha de Condeúba. 

Fotos: Org. do Evento Continue lendo

Artigo do Levon: Brasil infernal

Por Levon Nascimento

O Brasil de hoje, para quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, é como as cenas descritas por Dante Alighieri, literata renascentista italiano, que escreveu a Divina Comédia.

Bolsonaro governa pelo bem dos ricos e para o mal dos pobres. Sem tirar dos ricos nem por aos pobres.

Tudo piorou em seu governo.

Órgãos de combate à corrupção foram desmontados e/ou cooptados.

O Auxílio-Brasil, apresentado com pompa e circunstância como substituto do Bolsa-Família, é uma armadilha para os pobres, pois o decreto presidencial que o estabeleceu acrescenta seu fim para 31 de dezembro de 2022; além de permitir a consignação de empréstimos bancários, a promover uma escravização bancária futura da população vulnerável após o término da vigência.

A única casa de moradia do pobre, por iniciativa de Bolsonaro, poderá ser tomada da família pelos banqueiros multibilionários, em caso de inadimplência do trabalhador. Espera-se que os senadores derrotem essa crueldade, já aprovada pela base bolsonarista na Câmara dos Deputados.

Produzidos em real, ao custo dos baixíssimos salários nacionais, os combustíveis e os alimentos são cotados em dólar, quintuplicando de preço. Abastecer e comer agora são situações de escolha vital para os brasileiros.

Trinta e três milhões estão a passar fome, e mais de 60% com algum tipo de dificuldade para conseguir a cesta básica, gerando famílias vulneráveis e sem segurança alimentar. Nisso, percebe-se que nunca houve um governo que investiu tanto contra a família quanto o de Bolsonaro. É falso-moralista, defende a instituição familiar da boca para a fora, mas na hora do vamos ver, deixa-a à própria sorte (ou azar).

O desemprego é assustador e o endividamento das famílias é recorde.

Não houve atuação do presidente para conter a pandemia, só estímulo à contaminação em massa. Ele não quis confinamento sanitário e tampouco cuidou da economia, como sempre regurgitava no cercadinho do Alvorada. Terceirizou sua responsabilidade para as costas de governadores, prefeitos e da oposição. Nada era consigo. Perguntado sobre as centenas de milhares de mortes por Covid-19, zombou: “E daí? Não sou coveiro”. Psicopata?

As intolerâncias patriarcal, religiosa e policial, especialmente contra mulheres, pobres, pretos, indígenas e LGBTQIA+, subiram exponencialmente. E o governo não implementa políticas públicas de redução e erradicação.

Órgãos de defesa do meio ambiente e de apoio aos povos indígenas desmontados, desautorizados e invadidos, justamente por aqueles que são os vilões do desmatamento ilegal, do genocídio indígena e do narco-garimpo.

As gastanças desregradas nas FFAA, no cartão corporativo presidencial e na família do presidente correm soltas, além do orçamento secreto que compra os deputados e senadores do centrão, ao passo que os instrumentos legais de combate à corrupção criados pelos governos do PT foram aposentados, calados ou ignorados. Para tudo, sigilo. Corrupção como nunca antes em nossa história e, pior, sem investigação e punição.

Ainda assim, conforme a Bloomberg, rede de TV a cabo estadunidense, durante a Cúpula das Américas, em Los Angeles (Califórnia, EUA), na segunda semana de junho de 2022, o presidente brasileiro pediu ajuda ao colega Joe Biden, presidente ianque, para derrotar Lula na eleição de 2022.

Se alguém tinha dúvidas das intenções golpistas e antidemocráticas do genocida, não as tenha mais. Esse apelo vexatório a um presidente estrangeiro – da maior potência militar do planeta – é crime de lesa-pátria, alta traição à Constituição e à República brasileiras.

Também na Cúpula das Américas, Bolsonaro afirmou a Joe Biden que a produção do agronegócio do Brasil alimenta um bilhão de pessoas ao redor do mundo. Só não corrigiu que essa mesma produtividade exclui de comer 60% dos próprios brasileiros, abandonados por ele à insegurança alimentar, devido à inflação, ao desemprego e ao desmonte dos estoques reguladores de preços de alimentos, por sua própria ordem.

Você deve ser lembrar de quando os bolsonaristas mandavam quem discordava deles para Cuba, Venezuela e Argentina. Gritavam com a certeza de quem nunca leu um livro inteiro que o povo desses países vizinhos vivia a passar fome por conta de um comunismo imaginário, chegando até mesmo a devorar cachorros por falta de mantimentos.

No entanto, quando se sabe que mais da metade dos brasileiros (60%, de acordo com a pesquisa PENSSAN, divulgada em 08/06/2022) tem passado algum perrengue para conseguir comprar comida e que 33,1 milhões de compatriotas estão à mercê da fome, os ditos fanáticos por Bolsonaro fingem que não é com eles. Nem um pio. Quando muito, põem à culpa nos próprios famintos. Imitam Maria Antonieta de França: “Se não têm pão, que comam brioches, ora!”

A violência contra os povos indígenas, sobretudo na região amazônica, atinge níveis escandalosos de crueldade e absurdo. E há a omissão proposital da presença do Estado nacional, como que uma autorização velada (ou propriamente explícita) para que criminosos do agro, do garimpo e do desmatamento atuem como aliados do governo de plantão.

As mortes do jornalista inglês Dom Phillips, brasilianista que escrevia matérias sobre os dramas amazônicos para meios de comunicação europeus e estadunidenses, e de Bruno Pereira, sertanista demitido de cargo de chefia da FUNAI pelo ex-ministro Sérgio Moro (o grande responsável pela eleição de Bolsonaro em 2018), justamente porque fazia bem o seu trabalho, são símbolos inequívocos da inversão moral e criminosa dos papéis: o Estado que deveria dar proteção a quem tenta aplicar a lei é o mesmo que se move vagarosíssimo nas buscas e na segurança das vítimas. E ainda as criminaliza.

Todos os governos e governantes pertencem a estruturas humanas, portanto falíveis, corruptíveis e ao mesmo tempo passíveis de acertos, empatia e vitórias civilizatórias. No entanto, para além da debilidade e/ou ventura humana, o governo Bolsonaro é também um projeto maléfico, anti-humano, diabólico e cruel.

Apoiar esse governo é comprometer mais do que a vontade política pessoal, mas a própria integridade da alma imortal. Quem defende Bolsonaro precisa se converter, de corpo e alma.

Alighieri, certa vez escreveu: “No inferno, os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempos de crise”.

* Levon Nascimento é professor e escritor. Este é um artigo de opinião.