A caçada ao assassinado Lázaro Barbosa, de 32 anos, terminou na manhã desta segunda-feira (28). O governador de Goiás, Reinaldo Caiado, anunciou nas redes sociais a prisão, mas o Campo Grande News apurou que o rapaz morreu durante troca de tiros com a polícia.
Condenado por assassinatos e estupros, o fugitivo da Justiça era procurado por uma série de crimes na Bahia e em Goiás. Ele é acusado pela morte de quatro pessoas da mesma família em Ceilândia (DF).
Comparada às buscas de criminosos que acabaram ganhando notoriedade mundial, a procura por Lázaro começou no dia 9 de junho, uma quinta-feira, quando ele fugiu depois de assassinar quatro pessoas da mesma família, em Ceilândia (DF).
De lá para cá, foram 14 dias de caçada, com elementos que, cedendo ao lugar comum, parecem ficção. Mais de 250 homens, todos os dias, estão envolvidos, além de recursos como drones, helicópteros, cães farejadores.
A despeito disso, Lázaro refez reféns, provocou incêndios, atirou contra policiais, amedrontou região inteira de Goiás, onde os moradores são, em sua maioria, sitiantes.
Espalhado em velocidade dos tempos atuais, instantânea, os boatos povoaram a rede social, assim como as piadas de quem conseguiu achar engraçada situação tão séria.
Desde que Lázaro passou a ser foragido, se fosse um filme, seriam vários momentos de dramaticidade em alta.
Em um dos dias, segundo a Polícia Militar de Goiás, o criminoso ficou a tarde toda bebendo em chácara onde fez o caseiro refém. Depois, baleou três homens em outra propriedade e roubou armas de fogo.
Na mesma data, à noite, teria ainda incendiado casa e trocado tiros com a polícia antes de fugir para a mata. A região é de relevo acidentado, cortado por riachos, córregos, que o procurado conhece bem por ser “mateiro”.
Chegou ao cúmulo de exigir de moradores a preparação de refeição sob ameaça. Desse lugar, escapou com cerca de R$ 200, roupas e celulares. Em Ceilândia, amarrou um morador e roubou um carro do modelo Fiat Palio, fugindo em seguida para Cocalzinho de Goias.
Dois dias depois, na tarde do dia 15 de junho, policiais se aproximaram de chácara onde Barbosa fazia três pessoas reféns em Edilândia, segundo os investigadores. Nesse momento, houve troca de tiros. Um policial foi atingido de raspão, sendo transportado de helicóptero a Anápolis. A família nada sofreu.
Polêmica – Não faltou o adicional do questionamento sobre a atuação policial. No dia 19 de junho, sacerdotes de terreiros afro-brasileiros reclamaram em nota de abordagens truculentas da polícia durante as buscas por Barbosa, em Águas Lindas, Girassol, Cocalzinho e Edilândia.
Ainda nesse dia, a deputada federal Magda Mofatto (PL-GO) publicou nas redes sociais vídeo no qual aparece com fuzil dentro de um helicóptero e prometia capturar Barbosa.
Pessoas próximas do criminoso foram ouvidas para dar sua opinião se ele se entregaria ou não. As manifestações se dividiram entre sim e não. Hoje, chegou a haver boato nesse sentido, mas foi rejeitado pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás.
Sobre a notícia de que um advogado de Lázaro Barbosa estaria negociando para que ele se entregasse: não chegou nenhuma informação para a força-tarefa nesse sentido. Caso o fugitivo realmente esteja sendo representado por algum advogado e haja esse interesse, é solicitado que a força-tarefa seja procurada”, divulgaram as autoridades de segurança de Goiás.
Segundo informado, as equipes policiais que compõem a força-tarefa continuavam em operação para captura de Lázaro Barbosa Sousa. – CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS
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