Rubem Fonseca, escritor que renovou a literatura brasileira no século 20, morre aos 94 anos
Contista, romancista e roteirista sofreu um infarto nesta quarta e foi levado ao Hospital Samaritano, mas não resistiu. Com estilo direto e seco, autor lançou livros clássicos, como os volumes de contos ‘Lucia McCartney’ e ‘Feliz ano novo’, além dos romances ‘O caso Morel’ e ‘Agosto’.
Por Cauê Muraro, G1 Rio
O escritor Rubem Fonseca, que renovou a literatura brasileira no século 20 com uma linguagem coloquial e direta, morreu nesta quarta-feira (15), aos 94 anos, no Rio. Contista, romancista e roteirista, ele influenciou gerações de escritores e leitores.
Segundo familiares, Rubem Fonseca sofreu um infarto e foi levado ao Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul, mas não resistiu. Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre velório ou enterro.
Dentre seus principais livros, estão obras-primas de nossa literatura policial e clássicos como os volumes de contos “Lucia McCartney” (1967), “Feliz ano novo” (1975) e “O cobrador” (1979), além dos romances “O caso Morel” (1973), “A grande arte” (1983) , “Bufo & Spallanzani” (1985) e “Agosto” (1990). Alguns foram adaptados para cinema ou para a TV.
Marcado por um estilo urbano, violento, seco, erótico, repleto de palavrões e sem artifícios, o texto do escritor era classificado como “brutalista” pelo crítico Alfredo Bosi.
Dentre os principais prêmios do autor, estão o Camões (principal da literatura em língua portuguesa), em 2003, e o Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (ABL), em 2015 – ambos foram concedidos pelo conjunto da obra.
Comentários