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STF autoriza investigação preliminar de citação a Temer e Aécio em delações da Lava Jato

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta sexta-feira (23) que seja aberta uma petição com trechos de delações que citam o presidente Michel Temer (PMDB).

O documento encaminhado por Teori para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, é baseado em depoimento do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. De acordo com o jornal O Globo, Machado informou ao Ministério Público Federal que recebeu pedido de propina do peemedebista para financiar a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.

O valor de R$ 1, 5 milhão teria saído dos cofres da Queiroz Galvão, empreiteira investigada na Operação Lava Jato. Teori também solicitou a investigação de indícios contra outros políticos citados por Machado, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Agora, Janot deve opinar se deve abrir ou não inquérito para investigar o presidente.

Alvos da Lava Jato pagaram R$ 300 mil para escritório de mulher do ministro Dias Toffoli

Um consórcio firmado entre as empresas Queiroz Galvão e Iesa, suspeito de repassar propinas de 1 bilhão de reais no âmbito do petrolão, fez pagamentos em 2008 e 2011 no total de 300.000 reais ao escritório Rangel Advocacia, cujo sócio até 2007 era o ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli.

As informações foram divulgadas na edição desta quarta-feira do jornal Folha de S. Paulo. A partir deste ano, a empresa passou a pertencer à mulher de Toffoli, Roberta Rangel. O contrato é alvo de investigação na última fase da Operação Lava Jato, batizada de Resta Um, e teve duração de quatro anos, entre 2007 e 2011.

De acordo com o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, a propina correspondia a 2% do valor inicial do contrato, de 627 milhões de reais. Os repasses ilegais foram divididos entre o também ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa (1%), o PT (0,5%) e integrantes da diretoria de Serviços da Petrobras (0,5%).

O contrato com a Petrobras foi assinado no mesmo ano de criação do consórcio para realizar obras na refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. De acordo com o jornal, o valor, que se atualizado pela inflação totaliza 455.000 reais, foi pago em duas parcelas:

A primeira, de 150.000 reais, em 2008, e a segunda, também de 150.000 reais, em 2011. Obtido sem licitação, o contrato teve dezesseis aditivos que elevaram seu valor para pouco mais de 1 bilhão de reais – um aumento de cerca de 60%.

Mensagens apreendidas pela PF mostram atuação do Ministro da Sec. de Governo Geddel para OAS

Mensagens apreendidas pela Polícia Federal (PF) na Operação Lava Jato revelam que o ex-vice-presidente da Caixa, ex-ministro e ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) que é o atual Ministro da Secretaria de Governo de Michel Temer.

Tria usado sua influência política para atuar em favor de interesses da construtora OAS dentro do banco público e também na Secretaria de Aviação Civil e junto à prefeitura de Salvador.

Ex-ministro da Integração Nacional do governo Lula, Geddel atuou como vice-presidente de Pessoa Jurídica na Caixa entre 2011 e 2013. Atualmente, ele é presidente do PMDB na Bahia e Ministro da Secretaria de Governo de Temer. Continue lendo

Governo Temer quer abafar a Operação Lava Jato

Após a queda de braço com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que resultou em sua demissão do comando da Advocacia-Geral da União, Fábio Medina Osório, não economizou palavras e resolveu “pôr a boca no trombone” em entrevista a revista Veja.

Na reportagem, o jurista gaúcho conta que sai do posto porque o governo não quer que as investigações da Operação Lava Jato avancem. Segundo ele, sua queda começou há cerca de três meses, quando solicitou às empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão que ressarcissem o Erário pelo dinheiro desviado da Petrobras. Depois disso, Medina pediu acesso aos inquéritos que citam aliados do governo para mover ações de improbidade administrativa contra eles. E aí o caldo entornou…

A Polícia Federal enviou-lhe uma lista com os nomes de catorze parlamentares e ex-parlamentares suspeitos de atuarem no esquema sendo 8 do PP (Arthur Lira, Benedito Lira, Dudu da Fonte, João Alberto Pizzolatti Junior, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Nelson Meurer e Roberto Teixeira), três do PT (Gleisi Hoffmann, Vander Loubet e Cândido Vacarezza) e três do PMDB (Renan Calheiros, presidente do Senado, Valdir Raupp e Aníbal Gomes), de acordo com a publicação.

Com a relação em mãos, Medina pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para conhecer o conteúdo dos inquéritos e isso teria causado um grande “desconforto” na base aliada. A partir daí, ele se viu alvo de ataques e intrigas que saíam do próprio palácio.

O jurista ainda afirmou em entrevista a revista Veja que o governo quer abafar a Lava Jato, pois teme que alguma ação atinja “interesses que talvez não devessem ser atingidos”.

Conselho do MPF prorroga força-tarefa da Lava Jato por 1 ano

O juiz Sergio Moro, que cuida dos processos da Lava-Jato no Paraná, já manifestou por mais de uma vez vislumbrar o fim da operação em dezembro deste ano. Não é este o sentimento dos procuradores da República que integram a força-tarefa montada para as investigações.

O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), presidido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aprovou na manhã desta terça-feira (06) prorrogar por mais um ano o funcionamento da força-tarefa em Curitiba. De acordo com o jornal O Globo, a prorrogação vale a partir de 8 de setembro, o que significa que a Lava-Jato prosseguirá pelo menos até 8 de setembro de 2017.

O conselho, órgão máximo de deliberação do MPF, também prorrogou por mais um ano o funcionamento da força-tarefa montada no Rio, destinada a desdobramentos da Lava-Jato no setor elétrico, mais especificamente na Eletrobras. A força-tarefa em Curitiba já deflagrou 33 fases da Lava-Jato, operação que teve início em março de 2014. Até setembro de 2017, terão sido três anos e meio de investigações.

Em Brasília, um grupo de trabalho da Procuradoria Geral da República (PGR) cuida dos inquéritos que investigam autoridades com foro privilegiado – além dos políticos, também são investigados suspeitos cujos atos estão conectados aos das autoridades políticas.

Léo Pinheiro da OAS delatou realização de obras para ministro Dias Tóffoli

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Tóffoli teria sido citado em delação premiada pelo ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro. A informação foi divulgada pela revista Veja, porém sem muitos detalhes.

Tóffoli foi o último ministro indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o STF, após advogar para o Partido dos Trabalhadores.

O capítulo do depoimento divulgado pela revista aponta que a empreiteira, envolvida no escândalo de desvios de recursos da Petrobras, realizou reformas em um imóvel do ministro.

Bahia Notícias

Lava Jato recebe apoio do povo brasileiro que pede Sergio Moro no STF

Manifestantes fazem ato contra a corrupção e contra o governo na Avenida Paulista (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Manifestantes fazem ato contra a corrupção e contra o governo na Avenida Paulista (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Movimento Vem Pra Rua fez uma grande e importante manifestação na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Justiça Federal em São Paulo. Os manifestaram que apoiam às investigações da Operação Lava Jato e à campanha Dez Medidas contra a Corrupção, promovida pelo Ministério Público Federal (MPF), retornam às ruas em defesa das instituições e do Brasil.

O grupo, de cerca de 40 pessoas, carregava faixas e distribuía folhetos desde as 11h no local. Quando os semáforos fechavam, alguns ativistas ocupavam a rua e pediam que os motoristas buzinassem em apoio ao ato e à causa.

“Estamos aproveitando para colher assinaturas de apoio às Dez Medidas contra a Corrupção, distribuindo folhetos explicando o que são as medidas e aproveitando para esclarecer dúvidas de pessoas que queiram saber sobre as dez medidas e sobre a Operação Lava Jato”, disse Charles Putz, integrante do Movimento Vem Pra Rua e também líder do Movimento Brasil Livre dos Corruptos.

Segundo ele, o apoio tem o objetivo de que casos de corrupção sejam apurados, julgados e punidos. Putz ressaltou ainda a necessidade de medidas que previnam a corrupção e acredita que as dez medidas do MPF sejam uma ferramenta para isso.