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Lula é condenado na Lava Jato a 9 anos e 6 meses de prisão

 

lulaFoto: Instituto Lula

O juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo que envolve o caso da compra e reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo.

Ele foi condenado a nove anos e seis meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Além de Lula, outras seis pessoas foram condenadas no mesmo processo. É a primeira vez, desde a Constituição de 1988, que um ex-presidente é condenado criminalmente.

De acordo com o G1, a sentença foi publicada nesta quarta-feira (12) e, na decisão, Moro permite que Lula recorra em liberdade. Na decisão, Moro absolveu Lula das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o armazenamento do acervo presidencial numa transportadora, que teria sido pago pela empresa OAS.

“O condenado recebeu vantagem indevida em decorrência do cargo de Presidente da República, ou seja, de mandatário maior. A responsabilidade de um Presidente da República é enorme e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes”, diz Moro no texto da decisão.

Geddel Vieira Lima é preso na Bahia pela Polícia Federal

por Bruno Luiz/ Fernando Duarte

GedelFoto: Bruna Castelo Branco / Bahia Notícias

O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) foi preso nesta segunda-feira (3) pela Polícia Federal. A prisão ocorreu em Salvador, onde ele reside. Geddel foi citado nas delações da JBS como interlocutor do presidente Michel Temer para assuntos relacionados à empresa. A detenção preventiva foi ordenada pelo juiz federal Vallisney Oliveira, no âmbito da Operação Cui Bono, que investiga irregularidades na Caixa Econômica Federal.

O peemedebista estaria tentando obstruir as investigações. Em gravação feita pelo empresário Joesley Batista com o presidente Michel Temer, o ex-ministro é classificado pelo executivo como “ponte” entre Temer e a empresa (relembre). Ele destaca que, quando ministro, Geddel “sempre estava ali”. “Mas Geddel também, com esse negócio, eu perdi o contato porque ele virou investigado, agora eu não posso também. Eu não posso encontrar com ele”, explica o empresário ao presidente durante o diálogo.

Temer concorda com o dono da JBS, afirmando para ele “ir com cuidado” porque isso poderia figurar “obstrução da Justiça”. O empresário, então, questiona qual seria a melhor forma de falar com o presidente, uma vez que por intermédio de Geddel estaria mais difícil. O homem apontado por Temer para fazer essa transição foi Rodrigo Rocha Loures. Dias depois, Loures foi flagrado saindo de uma pizzaria em São Paulo com uma mala contendo R$ 500 mil.

A prisão de Geddel já era bastante especulada pelo meio político em Brasília e indica uma aproximação ainda maior das investigações a figuras próximas do presidente Michel Temer. Até novembro de 2016, o peemedebista ocupava a Secretaria de Governo, porém pediu demissão após se envolver em uma polêmica com o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que o acusou de tráfico de influência para a liberação de obras do condomínio La Vue, na Ladeira da Barra, em Salvador – as obras eram em um trecho que exigia autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Além da JBS, Geddel também foi citado nas delações premiadas da Odebrecht e pode se tornar alvo de inquérito. Neste domingo (2), o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (PMDB), chegou a dizer que o ex-ministro estava “tranquilo” com a escalada de fatos o envolvendo na Lava Jato (veja aqui). No dia seguinte, entretanto, Geddel foi levado preso, sem previsão de quando poderá voltar à liberdade.

Irmã do senador Aécio Neves é presa em Belo Horizonte

 

andrea-neves-62Foto: Jonathan Campos

A irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Andréa Neves, foi presa na manhã desta quinta-feira (18) no município de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). Ela estava em sua casa, que fica em um condomínio fechado.

A informação preliminar, quando o mandado de prisão preventiva foi divulgado, era de que ela estava em Londres e que já havia sido acionada a Interpol.

Fachin afasta Aécio do mandato e determina que STF avalie prisão

ex-senador-aecio-neves-21Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), mandou afastar o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), do mandato de senador.

No despacho, conforme apurou a TV Globo, Fachin decidiu submeter ao plenário do Supremo o pedido de prisão de Aécio solicitado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Endereços ligados ao parlamentar tucano também são alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (18) no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte e em Brasília.

PF cumpre ordem de prisão em Brasília contra procurador da república

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A Polícia Federal cumpriu ordem de prisão, em Brasília, contra o procurador da República Ângelo Goulart Villela. Nesses três anos de Lava-Jato, os procuradores já foram acusados de muita coisa por seus adversários— mas jamais alguém havia botado em dúvida a honestidade de um deles.

Com a delação da JBS, isso ficou para trás. Ângelo Goulart Villela foi acusado pelos delatores de ter recebido para repassar informações. Villela, integrante da força-tarefa da Operação Greenfield, está lotado na PGR, o que tornava mais caro seu passe para a organização criminosa.

Os delatores mostraram à PGR, por exemplo, documentos sigilosos repassados por Villela. Em conversas com Joesley, Villela que gabava-se de ter pleno acesso às informações da Greenfield e da Lava-Jato, conforme consta dos depoimentos.

As investigações mostraram que o procurador foi cooptado por uma figura que transita com desenvoltura entre magistrados da Capital Federal. Trata-se do advogado brasiliense Willer Tomaz. Nesta parte foi o diretor jurídico (e delator) da empresa, Francisco Assis e Silva, quem conduziu as tratativas. As informações são do jornal O Globo.

Dono da JBS grava aval de Michel Temer para compra de silêncio de Eduardo Cunha

eduardo-cunha-michel-temer-75Foto: Reprodução/Pragmatismo Político
O presidente Michel Temer teve uma conversa gravada na qual ele incentiva a realização de pagamentos a Eduardo Cunha para comprar o silêncio do ex-parlamentar. De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (17), o diálogo foi gravado pelo dono da JBS. Joesly Batista teria entregado uma mala com R$ 500 mil ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F, holding que controla a JBS.

Em uma reunião com Temer, o empresário comentou que estava entregando o montante a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro. O pagamento seria uma forma de mesada na prisão para eles ficarem calados. Ao ouvir a informação, Temer incentivou o pagamento: “Tem que manter isso, viu?”. Ainda de acordo com informações do jornal O Globo, Joesley e seu irmão, também dono da JBS, denunciaram o fato em uma delação premiada à Procuradoria-Geral da República.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ainda precisa homologar o acordo. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) também foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley. A Polícia Federal teria filmado a entrega do dinheiro a um primo do parlamentar e descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG).

Lula depõe como réu pela 1ª vez e nega ter obstruído a Lava Jato

Lula-72Foto: Reprodução

Em depoimento à Justiça Federal de Brasília nesta terça-feira (14), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou que tenha atuado para obstruir a operação Lava Jato. Lula é um dos sete réus em ação penal que investiga suspeita de obstrução dos trabalhos da Lava Jato.

O processo, aberto em julho do ano passado, investiga se houve uma tentativa do grupo de convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a não fechar acordo de delação premiada. De acordo com o G1, questionado pelo juiz Ricardo Leite se os fatos presentes na denúncia são verdadeiros ou falsos, o ex-presidente respondeu que são falsos.

O depoimento, marcado para 10h, começou com quase 20 minutos de atraso. Na chegada à sala de audiências, o ex-presidente conversou rapidamente com os advogados.

Ex-ministro Zé Dirceu é condenado mais uma vez na Lava Jato

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O ex-ministro José Dirceu foi condenado mais uma vez pela Operação Lava Jato. Outras quatro pessoas também foram condenadas nesta mesma ação penal, entre elas, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, que é irmão do ex-ministro.

De acordo com o G1, a pena para José Dirceu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro é de 11 anos e três meses de reclusão em regime fechado. Em maio de 2016, José Dirceu já havia sido condenado por Sérgio Moro a 20 anos e 10 meses de reclusão.

Portanto, somadas, as penas chegam a 31 anos de prisão. A sentença do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, é desta quarta-feira (8).

Rodrigo Maia pegou R$ 1 milhão em propina da OAS, aponta PF

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Foto: Reprodução

A Polícia Federal concluiu investigação sobre o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Operação Lava Jato e apontou indícios de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. A informação foi revelada pelo “Jornal Nacional”, da TV Globo. A investigação da PF teve origem em mensagens de celular entre Maia e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS.

Segundo o inquérito da PF, em troca de propina de 1 milhão de reais, o parlamentar teria defendido interesses da empreiteira no Congresso, entre 2013 e 2014, como apresentar uma emenda à uma Medida Provisória que definia regras para a aviação regional, em benefício da construtora.

O “Jornal Nacional” ainda informou que Rodrigo Maia pediu à empreiteira doações eleitorais no valor de 1 milhão de reais em 2014. O dinheiro teria sido repassado oficialmente à campanha de César Maia, pai do presidente da Câmara.

Os investigadores suspeitam que a estratégia foi usada para ocultar a origem da propina da empreiteira. A PF sustenta que há ‘fortes indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro’ por parte de Maia.

Maia afirmou que “nunca recebeu vantagem indevida para votar qualquer matéria na Câmara”. Segundo ele, “ao longo dos cinco mandatos como deputado federal, sempre votou de acordo com orientação da bancada ou com a própria consciência”.

Delações da Odebrecht: PT recebeu R$ 35 milhões para selar alianças

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                      Foto: Eduardo Knapp/Folhapress

Em uma reunião em 2014 com Marcelo Odebrecht, à época presidente da maior construtora do país, e Alexandrino Alencar, então diretor de Relações Institucionais da empreiteira, o tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff (PT) à reeleição, Edinho Silva (PT), foi claro: precisava de 35 milhões de reais para garantir a adesão de cinco partidos à chapa da petista e, assim, conquistar dois minutos e 59 segundos de propaganda eleitoral na televisão.

A divisão foi feita de forma igualitária, 7 milhões de reais para cada sigla (Pros, PCdoB, PRB, PDT e PP). De acordo com a Veja, a informação sobre o acerto consta do acordo de delação premiada dos dois executivos, homologado na semana passada.

Com Dilma já fora do poder, a delação tem um enorme potencial de estrago para seu sucessor, Michel Temer. A revelação deve complicar ainda mais sua situação no Tribunal Superior Eleitoral, na ação que analisa precisamente se houve abuso de poder político e econômico na eleição de 2014.