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Lava Jato: delação da Odebrecht deve vir a público em fevereiro

Odebrechet

O conteúdo das delações premiadas feitas por 77 executivos da Odebrecht deve vir a público em fevereiro. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, os investigadores da Lava Jato trabalham a expectativa de que o material seja publicizado na primeira quinzena do mês que vem.

A previsão integrantes da força tarefa é de que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, retire o sigilo da maioria dos cerca de 900 depoimentos tão logo as delações sejam homologadas.

Apesar da disposição em tornar pública as delações, uma parte ficará em sigilo, para não comprometer o aprofundamento das investigações. Ainda segundo a reportagem do diário paulista, nos depoimentos, que serão divulgados em formato de áudio e vídeo, sem transcrições, os delatores relatam propina a políticos e operadores no Brasil e fora do país em troca da conquista de obras públicas, bem como o uso de contas e empresas no exterior para viabilizar pagamentos ilícitos.

Preso, Sérgio Cabral ‘chefiou’ organização criminosa, diz Ministério Público Federal que apura propina de R$ 224 mi

Sérgio Cabral-PMDB e colegas de Governo em Paris. Fotos: Reprodução
Sérgio Cabral-PMDB e colegas de Governo em Paris. Fotos: Reprodução

O Ministério Público Federal afirmou em nota nesta quinta-feira, 17, que a Operação Calicute, nova fase da Lava Jato, foi deflagrada para ‘aprofundar investigações sobre organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral – dedicada à prática de atos de corrupção e lavagem de dinheiro, composta por dirigentes de empreiteiras e políticos do alto escalão do seu Governo do Estado do Rio de Janeiro’. Segundo a Procuradoria da República, o ‘esquema envolvia o pagamento de propinas para a realização de obras públicas no Estado e posterior ocultação desses valores’. Continue lendo

Juiz Federal Sérgio Moro determina prisão de Eduardo Cunha

Deputado cassado foi preso nesta quarta-feira (19).
Despacho que autorizou a prisão de Cunha é de terça-feira (18).cunha

O ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-feira (19), em Brasília, segundo a GloboNews. A previsão da Polícia Federal (PF) é a de que Cunha chegue a Curitiba no fim desta tarde. A prisão dele é preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Continue lendo

PSDB não trabalhará para que seus deputados votem pela cassação de Eduardo Cunha

Ecos do passado Fiel da balança na Comissão de Constituição e Justiça, o PSDB não trabalhará para que seus deputados votem pela cassação de Eduardo Cunha. Apesar do desgaste que a posição implica, o discurso é que o peemedebista prestou um “serviço relevante para o país” ao dar celeridade ao impeachment de Dilma Rousseff e não merece a condenação institucional da sigla. A percepção dos tucanos é que o Planalto caminha na mesma direção: se quisesse se livrar de Cunha, já o teria feito. Continue lendo

Supremo nega recursos para desbloquear contas de empresas de Collor

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou hoje (21) pedido da defesa do senador Fernando Collor (PTB-AL) para desbloquear as contas de duas empresas que pertencem ao parlamentar e são investigadas na Operação Lava Jato.

Três dos cinco ministros do colegiado acompanharam o voto do relator, Teori Zavascki, que decretou, em agosto do ano passado, o sequestro das contas do jornal e da emissora de televisão Gazeta de Alagoas, por suspeita de lavagem de dinheiro.

De acordo com as investigações, Collor teria feito um empréstimo fictício para ocultar valores recebidos e custear despesas pessoas. Os valores, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), foram depositados nas contas das empresas de forma fracionada e abaixo de R$ 100 mil, em 2010 e 2014, para dificultar o rastreamento pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A defesa de Collor alegou ao Supremo que as contas recebem recursos legais de venda de publicidade e devem ser desbloqueadas para garantir o funcionamento das empresas.

O senador é investigado em seis inquéritos que tramitam na Corte e que foram originados na Lava Jato.

Aécio repassou propinas em troca de apoio na Câmara, diz Machado

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado relatou, em sua delação premiada na Operação Lava Jato, que participou da captação de recursos ilícitos para bancar a eleição do hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência da Câmara dos Deputados, no ano de 2001.

Aécio já é investigado em dois inquéritos abertos a partir da delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). Continue lendo

PMDB recebeu mais de R$ 100 milhões em propina, diz delator

O ex-presidente da Transpetro Sergio Machado detalhou, em depoimentos de delação premiada, que repassou mais de 100 milhões de reais em propina para políticos do PMDB entre 2003 e 2014.

Segundo ele, o dinheiro era recolhido das empresas que mantinham contratos com a subsidiária da Petrobras.

“Durante a gestão do depoente na Transpetro foram repassados ao PMDB pouco mais de 100 milhões de reais, cuja origem eram comissões pagas ilicitamente por empresas contratadas”, diz trecho do depoimento de delação premiada.

“Quando era o caso de doações oficiais, o depoente acertava com a empresa o montante, a semana que iria ser feita e comunicava a empresa para qual partido e político a doação deveria ser feita”, explicou.

Janot pede a prisão de Renan, Cunha, Sarney e Jucá

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros, do senador Romero Jucá, ex-presidente da República José Sarney e do deputado afastado da Câmara Eduardo Cunha.

É a primeira vez que a PGR pede a prisão de um presidente do Congresso e de um ex-presidente da República. O caso será analisado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo.

No caso de Renan, Sarney e Jucá, a base para os pedidos de prisão tem relação com as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado envolvendo os peemedebistas. As conversas sugerem uma trama para atrapalhar as investigações do esquema de corrupção da Petrobras.

Áudios de Jucá e Renan mostram que querem controlar a Lava Jato e as demais instituições

Exatamente no momento em que o país está indo para as ruas para pedir honestidade e seriedade no gerenciamento da coisa pública, áudios vazados de Jucá e Renan Calheiros dão a tônica do PMDB no poder: querem controlar tudo e, se possível, bloquear o funcionamento da Lava Jato. Jucá perdeu o Ministério do Planejamento e Renan, o equilibrista, continua intocável. Mas em breve o STF deve receber sua denúncia e, no nosso entendimento, ele deve ser afastado da presidência do Senado. Avante!

Jurista Luiz Flávio Gomes

Em gravação, Sarney promete ajudar ex-presidente da Transpetro na Lava Jato

O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) prometeu ajudar o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, investigado pela Operação Lava Jato, evitando que seu caso fosse transferido para a vara do juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba (PR), mas “sem meter advogado no meio”.

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, as conversas foram gravadas pelo próprio Machado. Em um dos diálogos, gravados em março, o ex-senador e ex-presidente manifestou preocupação sobre uma eventual delação de Machado. “Nós temos é que fazer o nosso negócio e ver como é que está o teu advogado, até onde eles falando com ele em delação premiada”, disse o ex-presidente.

Machado concordou de imediato que “advogado não pode participar disso”, “de jeito nenhum” e que “advogado é perigoso”. Sarney repetiu três vezes: “Sem meter advogado”. Ao final de uma das conversas, Machado pediu que Sarney entrasse em contato com ele assim que estabelecesse um horário e local para reunião entre eles e Renan.

Informações da Folha