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Justiça da Bahia condena banco em R$ 10 mil por sujar nome de cliente sem motivo

Foto: Google Street View

O Tribunal de Justiça da Bahia condenou o Banco Bradescard, braço do Banco Bradesco que administra cartões de crédito, a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil, após negativar indevidamente o nome de uma cliente junto ao SPC/Serasa.

A decisão é do juiz Carlos Roberto Silva Júnior, da 2ª Vara de Relações de Consumo de Santo Antônio de Jesus.

Na ação, a consumidora alegou que possui um cartão de crédito administrado pelo banco e que sempre paga o valor das faturas mensalmente, sem atrasos.

Porém, ao tentar comprar uma televisão para dar de presente a mãe, no natal de 2019, não conseguiu adquirir o produto porque estava o nome sujo.

Segundo a cliente, após passar vergonha na loja, foi até a Câmara de Dirigentes Lojistas de Santo Antônio Jesus para retirar um extrato que indicasse seu nome no cadastro e descobriu a existência de débito em seu nome, inscrito pelo Bradescard. Ela apontou ainda que teria pagou uma fatura do cartão com atraso de 20 dias e mesmo assim seu nome foi colocado e mantido no SPC/Serasa.

Em sua defesa, o Banco Bradescard alegou que a consumidora estava utilizando o cartão de crédito sem pagar as faturas mensais e que agiu no exercício de seu direito, já que a cliente estava deixando de fazer os pagamentos que deveria.

Na sentença, o juiz Carlos Roberto Silva Júnior destacou que no processo há comprovante que “atesta o pagamento da dívida inscrita junto ao órgão de proteção ao crédito, tendo em vista que a fatura com vencimento em 18/09/2019, devidamente quitada, é também referente a débitos anteriores, totalizando o valor de R$ 971,53 (novecentos e setenta e um reais e cinquenta e três centavos). Tal valor, por sua vez, corresponde exatamente ao valor do débito incluso no Serasa”. O magistrado pontou ainda que, considerando a existência de comprovação do pagamento da fatura, houve, por parte do banco, falha do serviço, na medida em que não ofereceu a segurança que o consumidor poderia esperar.

Em outro trecho da decisão, ressaltando a existência de dano moral no caso, o juiz alegou que é indevida a conduta do banco de manter o nome da consumidora no cadastro de órgão de proteção ao crédito em razão do débito já pago e, por isso, cabe a condenação ao pagamento de indenização por danos morais, já que “ficou provado que a manutenção do nome da parte demandante junto ao cadastro de inadimplentes foi ilegítima, restando inequívoca a configuração do dano moral”.

Procurado pelo Bnews, o Banco Bradescard não respondeu até o fechamento da matéria. Assim que houver manifestação, ela será atualizada.

Brumado: Barrados de fiscalizar ginásio de esportes, vereadores vão à polícia e acionam Ministério Público

Os vereadores estão sendo impedidos de adentrar no Ginásio de Esportes Antônio Alves Ribeiro, localizado na Avenida Centenário, em Brumado, para realizar ações de fiscalização. Em entrevista ao site Achei Sudoeste, o vereador Vanderlei Bastos Miranda (PDT), popular Boca, disse que o Guarda Municipal do local informou que a ordem vem de cima.

Após a negativa, ele levou o caso ao conhecimento da Polícia Militar que, por sua vez, orientou os parlamentares a procurarem o Ministério Público. “É isso que iremos fazer agora mesmo. Só em Brumado que a gente vê esse tipo de coisa. Não vamos baixar a cabeça para o prefeito.

É nosso papel de vereador eleito pelo povo fiscalizar o equipamento público”, destacou. Boca espera que o órgão tome as medidas cabíveis e garanta o direito do vereador de fiscalizar.

“A Câmara é independente. O prefeito estava acostumado a ter uma Câmara submissa”, completou. Também presente no local, o vereador Harley Lopes (Republicanos) contou que esteve na prefeitura para falar com o secretário de esportes, porém o mesmo não foi encontrado. Ambos foram recebidos pelo secretário municipal de administração. “Fomos recebidos a pedradas, com chacota. Eles têm que colocar na cabeça que o povo nos elegeu para exercer esse trabalho”, criticou. Para Harley, a prefeitura está podando o trabalho do legislativo.