Sertanejo Rick, que fez Bolsonaro chorar em live nos EUA, tem bens de mansão penhorados; entenda

O sertanejo Rick Sollo, da dupla com Renner, enfrenta um processo na Justiça brasileira enquanto passa um período nos Estados Unidos, ao lado da família e próximo a Jair Bolsonaro. No último domingo (26), o cantor surgiu numa live com o ex-presidente, que chorou enquanto ouvia o músico entoar o louvor “Não perca a tua fé”, num encontro que também teve a participação de Pedro Guimarães, ex-presidente da Caixa Econômica Federal demitido após acusações de assédio sexual.

Em decisão publicada no dia 12 de janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou a penhora dos bens de uma residência milionária de Rick — ou Geraldo Antônio de Carvalho, seu nome de batismo — pelo não pagamento de uma dívida no valor de R$ 639.194,78. O imóvel está localizado na cidade de Itu, no interior de São Paulo. O processo ainda cabe recurso.

Construída num terreno de 6 mil metros quadrados dentro de um condomínio particular, a casa abriga um espaço gourmet com churrasqueira, adega, área de lazer, piscina, sauna, quadra esportiva, academia completa, amplo jardim e garagem com 14 vagas. Em 2020, a mansão — com dez quartos — foi colocada à venda.

A dívida mantida por Rick decorre de um empréstimo realizado em 2017, no período em que o sertanejo rompeu a parceria com Renner — ambos retomaram a dupla no ano seguinte. Na ação aberta contra o artista, constam fotografias que comprovam o alto padrão de luxo na casa, algo ostentado pelo músico também nas redes sociais.

Rick está entre os artistas sertanejos que declararam apoio a Jair Bolsonaro em diversas ocasiões ao longo do mandato do ex-presidente. Atualmente, ele passa um período em Orlando, na Flórida, onde tem a companhia da mulher Ge Helena Carvalho. Os dois têm aproveitado para ir a parques de diversões da Disney, como mostram nas redes. A live, compartilhada no perfil do ex-presidente no Instagram, foi realizada durante uma visita a Bolsonaro, com direito a churrasco.

“Não vá desistir agora, não perca a tua fé. Ela tarda, mas não falha, e no fim desta batalha, você vai ser vencedor. Então não perca a tua fé, acredite em você, um escolhido do Senhor”, diz o trecho da música cantada por Rick enquanto Bolsonaro se emociona, sentado à frente de uma mesa com um prato de linguiças e latas de refrigerantes.

Jair Bolsonaro viajou para os EUA no dia 30 de dezembro de 2022, recusando-se a cumprir o rito democrático de passar a faixa presidencial a Lula, seu sucessor. Desde então, ele mora num condomínio de luxo na cidade de Kissimmee, a cerca de 35 quilômetros de Orlando. Como mostrou a colunista Bela Megale no mês passado, o ex-presidente solicitou um visto de turista ao governo americano, permitindo que fique mais tempo no país.

Com Bolsonaro há quase três meses na terra do Tio Sam, o governo federal brasileiro já desembolsou R$ 432 mil apenas com diárias para a equipe de assessores que o acompanham na viagem, segundo levantamento do GLOBO no Portal da Transparência. A verba, destinada a custear gastos como hospedagem e alimentação dos servidores, supera o montante que outros ex-presidentes costumam gastar por ano com esse tipo de despesa.

Em entrevista à coluna de Bela Megale, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, afirma que o pai está nos EUA para “desopilar”. Ainda de acordo com a colunista, no entanto, integrantes do governo Lula e do Judiciário acreditam que a longa estada de Bolsonaro no exterior tem relação com a extensa lista de investigações das quais é alvo no Brasil.

Facebooktwitterredditpinterestlinkedinmail