Possível candidata ‘laranja’ garante aplicação correta do fundo partidário em Guanambi

Possível candidata 'laranja' garante aplicação correta do fundo partidário em Guanambi Foto: Reprodução/TSE

De acordo com levantamento feito pelo Estadão a partir de dados da Justiça Eleitoral, 2.771 candidaturas que receberam mais de R$ 1 mil do Fundão Eleitoral e do Fundo Partidário para cada um de seus votos tiveram menos de 100 sufrágios no total. Em conjunto, esses candidatos receberam R$ 54,7 milhões em verba pública, mas tiveram só 30.886 votos.

Das 2.771 candidaturas, todas foram para vereador e a maioria (2.087) foi de mulheres. Ninguém se elegeu. A reportagem do Estadão procurou todas as candidatas mencionadas e apenas uma, Nilzete Soares dos Santos (PSD), a Nilzete do Baú, candidata a vereadora na cidade de Guanambi, respondeu. Ela negou irregularidades.

“Os recursos recebidos do Fundo Partidário foram aplicados de maneira transparente e dentro da legalidade, conforme as exigências da Justiça Eleitoral. A prestação de contas final ainda será apresentada dentro do prazo regulamentar”, disse ela, em nota enviada por seu advogado. A campanha da candidata foi registrada em suas redes sociais. Ela gastou R$ 72,5 mil, mas teve apenas 54 votos.

Em alguns casos, as candidatas parecem ter feito pelo menos alguma campanha – há fotos das atividades em redes sociais, por exemplo, embora os gastos declarados pareçam exagerados diante da pouca votação. Na maioria dos casos, porém, não há sequer sinais de campanha. 

O site Achei Sudoeste chegou a denunciar a distribuição desigual dos recursos partidários. Candidatos do Partido Social Democrático (PSD) revelaram que somente duas candidatas novatas receberam, cada uma, R$ 82,5 mil, o que totaliza R$ 165 mil. Os demais sete candidatos da legenda receberam R$ 100 mil. Outros três candidatos não receberam nenhum valor.

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