PF conclui inquérito e indicia Bolsonaro e aliados por tentativa de matar Lula e dá golpe de estado

EX-PRESIDENTE E SEU VICE NA ELEIÇÃO DE 2022 VÃO RESPONDER POR TENTATIVA DE ABOLIÇÃO VIOLENTA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DIREITO.

Brasil – A Polícia Federal (PF) encerrou nesta quinta-feira (21) um inquérito que investigava a formação de uma organização criminosa para a tentativa de um golpe de Estado no Brasil. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 ex-integrantes de seu governo foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direitogolpe de Estado e organização criminosa.

A investigação, que começou em 2022, revelou uma articulação coordenada para manter Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições presidenciais. O relatório, com mais de 800 páginas, será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se aceita as denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Principais nomes indiciados

Entre os indiciados estão:

  • Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Defesa;
  • Augusto Heleno, general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin;
  • Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

Divisão em núcleos

A PF identificou seis núcleos que estruturaram a tentativa de golpe:

  1. Desinformação e ataques ao sistema eleitoral;
  2. Incitação de militares;
  3. Apoio jurídico;
  4. Operacional para ações golpistas;
  5. Inteligência paralela;
  6. Cumprimento de medidas coercitivas.

Penas previstas

Os crimes atribuídos possuem as seguintes penas:

  • Golpe de Estado: 4 a 12 anos de prisão;
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito: 4 a 8 anos de prisão;
  • Organização criminosa: 3 a 8 anos de prisão.

Outras investigações

Além do caso do golpe, Bolsonaro já foi indiciado este ano em investigações sobre as joias sauditas e fraudes no cartão de vacinação.

Com o envio do relatório ao STF, cabe agora à PGR formalizar as denúncias e, se aceitas, os acusados se tornarão réus, enfrentando julgamento pelas acusações.

Facebooktwitterredditpinterestlinkedinmail