Lula já pensa em possíveis candidatos para 2026; veja opções
O presidente já avisou que não será candidato à reeleição e busca possíveis candidatos para acabar com a dependência que a esquerda parece ter de seu nome.
Evitar retorno de Bolsonaro
Dois fatores, no entanto, fazem com que a escolha seja delicada. O primeiro, e mais importante, é o temor de ver Jair Bolsonaro (PL) ou algum de seus aliados novamente no poder.
Apesar de um governo cheio de polêmicas e decisões questionáveis, Bolsonaro segue com uma base forte e perdeu no ano passado por apenas 1,8% dos votos válidos: 50,90% a 49,10%.
Da última vez que o ex-presidente enfrentou um petista que não Lula na eleição, derrotou com facilidade Fernando Haddad no segundo turno de 2018: 55,13% a 44,87%.
“Efeito Dilma Rousseff”
Outro ponto a ser considerado é o episódio Dilma Rousseff (PT). A presidente foi eleita com tranquilidade em 2010, aproveitando os 87% de aprovação do governo Lula, mas sofreu para bater Aécio Neves (PSDB) em 2014 e acabou sofrendo impeachment dois anos mais tarde.
O objetivo do novo presidente, portanto, é buscar alguém que possua apoio popular, mas também tato político e aprovação de outras frentes para se manter no poder.
Estratégia traçada
De acordo com informações do portal UOL, Lula teria sinalizado a aliados que a proposta é “lançar” diversos presidenciáveis nos próximos anos e ver como esses nomes se destacam.
O presidente teria alertado pessoas próximas de que:
- Não há garantia de acordo em torno do partido
- Mesmo nomes dados como certo na disputa terão de se manter em evidência
Alguns possíveis presidenciáveis para 2026 seriam:
- Geraldo Alckmin
- Simone Tebet
- Fernando Haddad
- Flávio Dino
- Rui Costa
- Marina Silva
- Camilo Santana
- Wellington Dias
Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Ex-adversário, Geraldo Alckmin (PSB) é considerado um dos fatores mais importantes para a criação de uma frente ampla, que embalou a vitória de Lula no ano passado. Ele tem fácil acesso entre empresários e setores mais conservadores, mas pouco apelo popular. Prova disso é a derrota na eleição presidencial de 2006 para o próprio Lula.
Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento
Simone Tebet (MDB) passou de uma senadora menos conhecida a terceira colocada da última eleição presidencial após se destacar, principalmente, nos debates. Também foi peça-chave na eleição de Lula, com seu apoio no segundo turno, e tem fácil acesso entre setores conservadores e o agronegócio, mas sua agenda difere bastante da proposta pelo atual presidente.
Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda
Fernando Haddad (PT) é o favorito de Lula para ser seu sucessor na esquerda. Possui conhecimento técnico e intelectual e foi prefeito de São Paulo de 2013 a 2016, mas tem pouco apoio popular e vem de derrotas consecutivas em 2016 (Prefeitura de São Paulo), 2018 (Presidência da República) e 2022 (Governo de São Paulo).
Flávio Dino (PSB), ministro da Justiça e Segurança Pública
Ex-governador do Maranhão, assumiu um Ministério importante. É carismático e goza de prestígio em seu estado, mas tem pouca projeção nacional. Uma possível candidatura passaria pelo destaque obtido à frente da Justiça e Segurança Pública.
Rui Costa (PT), ministro-chefe da Casa Civil
Ex-governador da Bahia, fez o PT se estabelecer como maior potência política no estado e chegou a ser cogitado para concorrer à presidência em 2018. Tem a confiança de Lula e, como Haddad, bastante conhecimento político e teórico, mas esbarra na falta de projeção nacional.
Marina Silva (Rede), ministra do Meio Ambiente
Marina Silva (Rede) tem fácil acesso a áreas mais conservadoras e mais progressistas e o conhecimento de quem já foi candidata à presidência três vezes (2010, 2014 e 2018). No entanto, tem contra si as derrotas nos três pleitos, sem sequer chegar ao segundo turno, e a ruptura com o PT.
Correm por fora
Nomes como os dos ministros Camilo Santana (Educação) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) correm por fora. Ambos são filiados ao PT e têm prestígio no partido e em suas regiões, mas carecem de projeção nacional e dependeriam de uma atuação de destaque em suas pastas para ganhar esse apoio popular.
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