Indústria baiana recua 6,2% em março, diz IBGE
Em março, a produção industrial caiu 6,2% na Bahia na comparação com fevereiro. Os dados foram analisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional) e divulgados nesta terça-feira, 11. Na Bahia, foi registrada a terceira taxa negativa seguida, acumulando perda de 22,6%. A pesquisa mostrou ainda que o índice caiu em nove dos 15 locais analisados pelo IBGE.
Os maiores recuos foram registrados no Ceará (-15,5%), no Rio Grande do Sul (-7,3%) e na Bahia (-6,2%). No mesmo período, a produção nacional teve queda de 2,4%. Segundo o IBGE, o recuo no Ceará foi o mais intenso desde abril de 2020, quando o indicador ficou em -35,2%. A queda nesses dois estados teve influência dos setores de couros, artigos para viagens, calçados e bebidas.
Na indústria gaúcha, os setores de veículos e de outros produtos químicos tiveram os maiores impactos negativos, causando a segunda queda consecutiva e perda acumulada de 9,2%. De acordo com o IBGE, o comportamento da indústria regional reflete o recrudescimento da pandemia da Covid-19 no país, que levou os estados a adotarem medidas restritivas para conter o avanço do vírus. Também tiveram quedas maiores do que a média nacional o Rio de Janeiro (-4,7%), a Região Nordeste (-4,2%) e Pernambuco (-2,8%).
Completam a lista dos locais com recuo na produção industrial em março o Mato Grosso (-2,0%), Santa Catarina (-1,0%) e Paraná (-1,0%). O Amazonas teve o maior crescimento no mês (7,8%), após três meses com resultados negativos e perda acumulada de 16,6%. A alta foi puxada pelos outros equipamentos de transportes e pelas indústrias de bebidas.
São Paulo subiu 0,6%, a menor taxa entre as altas, mas foi a segunda maior influência positiva no mês, puxada pelos setores de derivados do petróleo e de veículos. Pará (2,1%), Goiás (1,6%), Espírito Santo (1,5%), Minas Gerais (1,7%) completam os locais que registraram crescimento em março.
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