Governador do Acre tem bens apreendidos em operação da PF contra lavagem de dinheiro

A Polícia Federal deflagou uma operação contra lavagem de dinheiro que tem como alvo a cúpula do governo do Acre, na manhã desta quinta-feira. O governador do estado, Gladson Cameli, teve bens apreendidos e precisará entregar seu passaporte. Os agentes cumprem ainda 89 mandatos de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal.

A ação é a terceira fase da Ptolomeu, iniciada em 2021. A ação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e está sendo cumprida nos estados do Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia, além do Distrito Federal. O pai de Gladson, Eladio Cameli, e um irmão do governador também são investigados. O STJ determinou o bloqueio total de R$ 120 milhões em bens, entre eles aeronaves, casas e apartamentos de luxo.

Na mesma decisão, 34 pessoas foram afastadas dos serviços públicos e 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação da Justiça. Ao todo, 300 policias atuam na ação em parceria com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e que tem o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal (RFB).

O governador já tinha sido citado na primeira fase da operação, em dezembro de 2021, quando foi alvo de um mandato de busca e apreensão. À época, o STJ também determinou o afastamento de uma servidora de seu gabinete e do secretário de estado da Indústria, Ciência e Tecnologia.

Gladson Cameli foi eleito em 2018, ancorado pela onda bolsonariata, e reeleito no último pleito.

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