Flagrado em bar, ex-goleiro Bruno não poderá trabalhar fora da prisão
Foto: Bernardo Pombo e Luiz Cláudio Amaral
Flagrado em um bar na companhia de duas mulheres em outubro de 2018, o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, condenado pela morte da modelo Eliza Samúdio, perdeu nesta segunda-feira, 11, o direito de trabalhar fora da prisão. Ele também pode ser transferido para uma cadeia de regime mais duro.
A decisão, tomada pela 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha (MG), considerou que Bruno cometeu falta grave e determinou que ele permaneça em regime fechado. A decisão judicial prevalece sobre o processo administrativo que apurou o caso, no qual o ex-jogador havia sido absolvido pela irregularidade.
A defesa dele vai entrar com recurso. Conforme o processo, Bruno foi flagrado na companhia de duas mulheres durante o horário de trabalho externo na Associação de Proteção e Amparo ao Condenado (Apac), de Varginha (MG), onde cumpre pena.
De acordo com a Veja, a Apac é um modelo de prisão humanizada em que os presos obedecem a regras menos rígidas que no sistema convencional. Um vídeo divulgado na ocasião mostra que havia uma lata de cerveja sobre a mesa, embora não deixe claro se Bruno estava consumindo a bebida.
Ele também teria usado um celular para marcar o encontro – o uso de celulares por presos é proibido. No processo administrativo aberto pela direção do presídio, Bruno foi absolvido.
Conforme a Apac, o ex-goleiro trabalhava com outros presos em uma obra ao lado da unidade e teria se encontrado com as mulheres durante a pausa para descanso. O espaço, mantido pela Associação Canaã, não tem características de bar, segundo a Apac. O Ministério Público do Estado não aceitou a conclusão e entrou com recurso.
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