Eleições 2024: Depois de muitos senões e ameaças, permaneceu o Estado Democrático de Direito

Por Paulo Henrique

Paulo Henrique Cordeiro, Chefe de Gabinete e Escritor

Sobre a democracia, atravessamos anteriormente um período escuro: ataques, ameaças, notícias falsas e muita desilusão quanto a integridade do processo eleitoral no Brasil. Penso que faltou equilíbrio nas partes que pleiteavam os mandatos no Congresso e no Planalto e os ataques a democracia vieram de todos os lados e das mais variadas formas.
Graças às nossas instituições sérias e equilibradas, maduras políticamente e firmes em seus valores de liberdade, passamos pela escuridão dos ataques e ameças, mas ainda é preciso pacificar a sociedade que saiu ferida, machucada do último processo eleitoral a nível de país.
Chegamos a 2024, um ano eleitoral. Aqui, podemos marcar nossos municípios, sobretudo o nosso, o município em que vivemos, trabalhamos, construímos a família etc…
Temos, agora, a oportunidade de, mais uma vez, comparecer às urnas e contribuir com a democracia, fortalecer o processo, participar.
Participar é bom, vale a pena se comprometer, pois é um dever civico, uma ação concreta de quem não se omite, não lava as mãos como Pilatos.
Terminados os prazos para as filiações e as janelas partidárias, sendo que muitos partidos já se organizaram com seus pré-candidatos para o pleito de 2024.
Candidato A, candidato B ou C, todos são valorosos dentro do processo e as ideológicas partidárias, os planos de governo, as propostas, as críticas maduras e equilibradas, tudo isso é normal, natural, faz parte, faz bem pra todos. É o direito de expressão que vai sobressair e o estado democrático de direito que será garantido para todos, sem distinção.
O que deve sobressair é o respeito e a capacidade de dialogar, evitando críticas de natureza pessoal, de situações que não estão vinculadas ao processo eleitoral, sem ataques, sem violência, sem ódio, sem divisão entre as famílias e os amigos. O que deve permanecer é a participação respeitosa.
Sabemos da difícil tarefa que é segurar a manifestação popular, porém, os candidatos e os seus respectivos grupos políticos, devem ter a maturidade de trabalhar propostas e planos, apresentar resultados, mostrar caminhos, identificar problemas etc. É sobre isso a democracia!
Mas é isso, o importante é pensar muito e não banalizar o que temos de mais sagrado na sociedade. Cada eleitor é uma pessoa incrível, um ser independente, uma liberdade viva e autêntica para opinar e escolher, mas, com limites e respeito, com o sentimento de justiça e coerência.
É hora de acreditar e não desistir de um processo livre e respeitoso.
Que Deus abençoe os pré-candidatos que disputarão as eleições deste ano!
Aos que só criticam e nada fazem, eu gostaria de propor algo: não seria bom se comprometer e se colocar à disposição? Menos críticas e mais ações.
Que fortaleçamos a democracia em nossos municípios.

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