Eleição no Senado: Começa a votação que define novo presidente da Casa
Rodrigo Pacheco e Rogério Marinho são os favoritos na disputa
A eleição para definir o novo presidente do Senado começou por volta das 16h desta quarta-feira (1º) e tem como favoritos os candidatos Rodrigo Pacheco (PSD) e Rogério Marinho (PL). O senador Eduardo Girão (Podemos) também concorre.
Até o momento, o cenário está indefinido.
Embora Pacheco, que conta com o apoio da base do presidente Lula (PT) e dos partidos de centro, acumule mais votos, Marinho tem crescido em apoio e é possível que haja traições dentro dos partidos.
Como funciona a votação?
- Para se tornar presidente da Casa, o candidato precisa de ao menos 41 votos;
- O voto dos senadores é secreto;
- Se nenhum candidato conquistar a maioria absoluta, os dois mais votados disputam um 2º turno;
- Inicialmente, os candidatos anunciados fazem um discurso de defesa;
- Após a eleição para presidente, são escolhidos os demais membros da Mesa Diretora;
- A composição da mesa é definida se houver concordância de ao menos 27 senadores;
- Caso contrário, a eleição fica para uma próxima sessão.
- O esquema de votação é em papel.
O que faz o presidente do Senado?
- Controla as pautas da Casa e decide quando e quais projetos serão votados;
- É o quarto na linha de sucessão do Executivo – atrás do presidente, vice-presidente e presidente da Câmara;
- É responsável por dar posse aos demais senadores;
- Tem o poder de aprovar pedidos de abertura de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI);
- Pode colocar em pauta processos de destituição de ministros do STF;
- Tem a prerrogativa do desempate nas votações abertas e sua presença conta para efeito de quórum.
Mobilizações
Interessados na vitória de Pacheco ou Marinho tomaram algumas medidas para garantir que seu respectivo favorito seja eleito para a presidência do Senado.
- Ao menos 3 ministros do STF manifestaram preferência por Pacheco e conversaram com senadores;
- Lula exonerou temporariamente 13 ministros para que assumam os mandatos no Congresso. Eles votam na definição dos presidentes do Senado e da Câmara.
Uma eventual vitória de Marinho é vista pelo STF como uma ameaça de retaliação à Corte. Isso porque o candidato defende a abertura de processos de impeachment contra os ministros.
Cargos de segundo escalão disponíveis. O Palácio do Planalto também tem disponibilizado cargos de segundo escalão ainda não ocupados com o intuito de obter votos para Pacheco de parlamentares indecisos.
Segundo informações da CNN Brasil, as posições estão nos estados, como superintendências e dezenas de postos não preenchidos.
Sem novos ministérios. São falsos, no entanto, os boatos que circulam na internet – e em perfis de deputados bolsonaristas – que apontam que o presidente prometeu criar quatro Ministérios para mobilizar mais votos em Pacheco e assim ‘comprar’ os senadores.
Não há qualquer registro de declarações recentes do presidente sobre a criação de mais pastas. Além disso, não foram localizadas notícias de bastidores em veículos de imprensa qualificados.
Confiança e receio
Embora o PT enxergue como certa a reeleição de Pacheco, a margem da vitória preocupa o Palácio do Planalto. Isso porque o plano inicial do PT é isolar o bloco aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Senado.
Se Marinho tiver mais de 35 dos 81 votos, no entanto, Pacheco não poderá ignorar os opositores na composição da Mesa do Senado e de suas comissões.
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