Condeúba: Escola Municipal Eleutério Tavares completou 37 anos de muitas glórias

Por Oclides da SilveiraDIRETORIA: Esq. Laisa Carla de Jesus – coordenadora do Infantil e 1° ano, Maria Lúcia Vieira – Vice-Diretora, Odimaurea Baleeiro Novaes Matos – Diretora, Valdicéia Rosa Terence – coordenadora do 2° ao 5° ano

Nesta segunda-feira, dia 11 de março de 2019, foi a data de aniversário da Escola Municipal Eleutério Tavares, que completou 37 anos de sua existência. Para comemorar juntamente com a direção, coordenação, professores, alunos e demais funcionários, estiveram também o Secretário Municipal de Educação Weder Spínola,  a vereadora Nena, o Chefe de Gabinete Paulo Henrique, e os ex-servidores da escola professora Silvandira e Oclides da Silveira. Todos foram muito bem acolhidos pela direção, coordenação, demais funcionários e servidores da escola.

Os visitantes parabenizaram a escola pela organização e pelos avanços em toda a estrutura, inclusive a construção das novas salas, que serão de grande importância para as crianças, assim como também para a educação municipal como um todo.

BOLO DE ANIVERSÁRIO: Foi confeccionado um grande e delicioso bolo, na própria quadra poliesportiva da escola, que pesou 18 Kgs. medindo 2 metros de comprimento por 70 centímetros de largura, que foi deglutido por 590 alunos, direção, coordenações, professores, funcionários e os visitantes.

A Escola Eleutério Tavares sempre esteve em alta no conceito da sua comunidade, tendo em vista, suas grandes e importantes obras feitas em anexo, como pontos de referência podemos sitamos alguns: No ano de 2015 foi inaugurada a cobertura da quadra poliesportiva. Em 2017 foram construídas 2 salas, 1 parquinho, reforma nas salas, cozinha e troca de pisos. Em 2019 será concluída a construção de mais 6 salas e a continuação da troca de pisos que já está sendo realizada.

                                 HISTÓRICO DA ESCOLA MUNICIPAL ELEUTÉRIO TAVARES                                                     Praça Nossa Senhora Aparecida, nº 348. Bairro Paulo VI Condeúba/BA.                                 E-mail: [email protected]

A Escola Municipal Eleutério Tavares oficializou-se em 11 de março de 1982 pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, Ato de criação nº 2.914 quando foi denominada ESCOLA DE 1º GRAU ELEUTÉRIO TAVARES. Entretanto, só começou a funcionar 11 anos após a sua criação, em março de 1993 e foi municipalizada em 1.998,passando a partir de então a chamar-se ESCOLA MUNICIPAL ELEUTÉRIO TAVARES,conforme a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), Lei Federal de número 9.394/96, Art. 11, inciso V que atribui ao município a competência de oferecer a Educação Infantil em creches e pré-escolas e, com prioridade, o Ensino Fundamental. O nome da escola foi dado no governo do Prefeito Antônio Terêncio em homenagem ao Professor Eleutério Vasques Tavares, nascido em Jacobina, formado para professor na cidade de Salvador, mas, mudando-se para Caculé ficou mais próximo de Condeúba e trabalhou em nossa cidade por aproximadamente 12 anos, sendo o único professor formado da época. Assim, esta Instituição de Ensino teve como primeira diretora a professora Valdenice Conceição de Santana e o corpo docente era constituído por 04 professores com turmas pequenas. Posteriormente, a professora Milta Cecília Gomes de Paiva assumiu a direção da escola. Ao ser municipalizada em 1998, assumiu a direção Clenilda de Sousa Brito Pereira (1999) ficando por seis anos consecutivos. Em 2005 a pedagoga Patrícia Mota do Amaral tornou-se a diretora por nomeação do prefeito Odílio Ribeiro da Silveira para dar continuidade ao trabalho até então desenvolvido, ficando até o ano de 2012. Em 2013 assume a direção a pedagoga Albina Pereira da Silva, nomeada pelo prefeito José Augusto Ribeiro, permanecendo até o ano de 2016. Em 2017, por nomeação do prefeito Silvan Baleeiro, assume a direção a professora Odimaurea Baleeiro Novaes Matos, juntamente com a vice-diretora Maria Lúcia Vieira Viana, dando continuidade aos trabalhos iniciados há 37 anos.
No que se refere à estrutura física, a escola, localizada em uma área de 4.588,16 m2 possui uma quadra de esportes, 13 salas, 06 banheiros, 02 cantinas, 01 diretoria, 01 secretaria, pátio, 02 cozinhas, 01 depósito para arrumação, parque infantil. No entanto, para melhor atender a clientela e ampliar as atividades educativas a fim de enriquecer o aprendizado e o desenvolvimento integral do educando, a escola precisa de uma biblioteca, um auditório, um almoxarifado, ampliar o número de salas, a cozinha e diretoria. Isso porque em virtude da grande procura pela escola e aumento do número de alunos, fez-se necessário utilizar a antiga Escola Paulo VI como anexo, funcionando 03 salas. Diante do comprometimento e responsabilidade, a escola vem crescendo significativamente ao longo de sua caminhada, buscando assim o respeito e credibilidade de nossa sociedade, por meio da qualidade do ensino da Educação Infantil ao 5º Ano e o desenvolvimento de projetos que visam cada vez mais a integração com a família e comunidade.

BIOGRAFIA DO PROFESSOR ELEUTÉRIO TAVARES

Eleutério Tavares nasceu na cidade de Jacobina, na Bahia, em 20 de fevereiro de 1892.
Formou-se para professor, em Salvador. Logo em seguida procurou um lugar para desenvolver sua carreira e, cheio de sonhos, olhando o mapa da Bahia, gostou do nome da cidade de Caculé e por ser uma região em termos, carente, para lá se dirigiu, passando a ser “o batalhador pela causa da instrução primária.”
Após algum tempo, casou-se em 1915 com Alice de Castro Guerra, descendente da família do nosso poeta Castro Alves. Dessa união nasceram 08 filhos: Lourdes, Palmira, Noêmia, Leônidas, Geraldo, Terezinha, Adalberto e Pedro. Destes estão vivos apenas Leônidas, Noêmia, Adalberto e Pedro.
Eleutério Tavares desenvolveu vários trabalhos educacionais, fundando, inclusive, o ESCOTEIRISMO, associação da qual foi presidente em Caculé, pioneiro no interior da Bahia.
Foi professor também na cidade de Condeúba por aproximadamente 12 anos, sendo o único professor formado na época, visto que só existiam professores leigos.
Podemos encontrar em nossa cidade três senhoras com mais de 80 anos que foram suas alunas na 4ª série: Dª Floriza Ramos, Lourdes Cordeiro e Dª Lizete Maria de Sousa.
Segundo relatos de algumas dessas ex-alunas, ele era titular das Escolas Reunidas de Condeúba, por volta de 1931. Uma das suas características marcantes, diz uma delas, era a habilidade em trabalhos com dramas teatrais.
Em sua prática na sala de aula, suas provas eram sorteadas a cada disciplina.
Uma ex-moradora da antiga Rua da Raposa, hoje Rua Dr. Tranquilino Torres: Aracy Patente, filha do Sr. Eunápio Patente, conhecido por Napinho Ourives, afirma que era sua vizinha e, embora fosse garota na época, lembra-se que ele era um professor organizado, responsável e enérgico. Morava sozinho, dava aulas pela manhã e fazia os deveres no turno vespertino, porém, não faltava um tempinho para o tradicional café na casa do Sr. Napinho.
Transferido para Caculé, continuou sua missão de educador, inclusive, reunia seus alunos em grupos e os levava para visitar o primeiro automóvel de Caculé, um chevrolet 1928 que pertencia ao Cel. Manoel José Fernandes e tornou-se objeto de apreciação.
Lá ele fundou a Congregação Mariana e junto com esta comunidade empenhou-se para a construção da Igreja Matriz de Caculé e da Capela de Nossa Senhora Aparecida, a Casa do Idoso e o Hospital da cidade.
Contribuiu com o desenvolvimento do gosto pela arte. Com isso, muitos caculeenses iam ao teatro. Lindos dramas eram encenados, e ele levou à cena a peça “A filha do carpinteiro”.
Criou também um programa de auto falantes e era o locutor de “A voz da Paróquia” que levava as mensagens religiosas, músicas e serviço de utilidade pública à população.
Organizava os eventos de recepção de autoridades religiosas quando estas iam a Caculé. Compôs vários hinos religiosos e também um dedicado à comemoração de Dois de Julho. Como era um homem muito religioso, era um dos moradores de Caculé que armava, no natal, um dos mais bonitos presépios da cidade, chamando a atenção de todos.
Formou ao longo do tempo, uma útil biblioteca. Exerceu também a função de inspetor de Ensino, viajando pela região.
Posteriormente, foi vereador da cidade de Caculé. A exemplo de sua atuação, foi o relator do parecer do importante projeto de lei apresentado por Walter Pinho, propondo a mudança do nome de Caculé para Miguel Fernandes, em 11 de março de 1966. Abaixo está transcrito o citado parecer:

Fotos: Diretoria da EMET

 

 

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