Condeúba: DALMO FARIA DA SILVA (Dalmizinho) Completou dia 8 de junho 50 anos
Por Oclides da Silveira
Standart com o bolo de 50 anos
A festa que Dalmo ofereceu aos seus amigos pela passagem de seus 50 anos foi realizada no dia 10 de junho de 2017, em sua Fazenda no Champrão, que foi decorada de forma característica dos festejos junino, muitas bandeirolas estendidas. Dos mais de trezentos convites que Dalmo distribuiu para seus amigos, compareceram seguramente mais de mil pessoas, o iniciou da festança foi às 17 horas, com orações, agradecimento e muitas homenagens prestadas pelos familiares e amigos, culminando com o canto do parabéns, que foi entoado pelo ex-Prefeito Guto.
Pela ordem deu-se início a pirotécnica com queima de várias girândolas de estampido e finalizando esta etapa com fogos de artifícios. Foi montado um palco para os artistas que por ali se desfilaram, inicialmente Claudio Novais e Vade do Acordeon, Adriano e Luba do Sax e sua banda, eles que são de Brumado, Vitorio Queiroz de Vitória da Conquista e a banda condeubense Baila Comigo. Os serviços de apresentações foram feitos pelo locutor e radialista Chico Lima.
Aí o coro comeu teve de tudo desde a música Dyana que foi gravada na década de cinquenta, passou pelas décadas de sessenta, setenta e oitenta até chegar nos dias de hoje, porém se concentrando nas músicas de festejos junino e foi rolando esta grande festa que terminou às 05:30 horas do dia seguinte.
Uma verdadeira festa de arromba, contou com pelo menos quatro atrações musicais dentre eles desfilaram os condeubenses, o violonista Adriano Guilherme, Claudio Novais e Vade do Acordeon, Paulo Henrique e sua banda “Baila Comigo”, Os seresteiros de Brumado e Vitorio Queiroz de Vitória da Conquista, dentre outros. Foi servido todo tipo de comida, bebidas e doces para todos que compareceram na mega festa.
A Professora Cida Carvalho apresenta BIOGRAFIA DE DALMO FARIA DA SILVA
Dalmo Faria da Silva popular Dalmizinho, nasceu em 08 de junho de 1967, na cidade de Condeúba-Ba. Filho do Senhor Arlindo Faria da Silva e da Senhora Aurezina Ribeiro da Silva. É o 8º filho de 14 irmãos. Um empresário bem sucedido, mas antes de chegar a esse brilhante posto, passou por inúmeros problemas.
Viveu sua infância já iniciando a busca pelo profissionalismo. Seu pai sempre o manteve em tudo que fosse básico para a sobrevivência. Entretanto, sonhando em ser um homem de condições financeiras boas, vivia a sua meninice em meio a um comércio ambulante. Tentava estudar, mas nos momentos de intervalo vendia geladinho e picolé produzido por ele mesmo; doce, sacos de esterco para as pessoas colocarem em plantas; quebrava pedras, transformando-as em brita e vendia, além de recolher os restos de cereais no caminhão e armazém de seu pai para vender. Dificilmente tinha momentos vagos, pois quando não estava em meio às vendas, dedicava-se a olaria com os amigos, na construção de tijolos. Pela manhã, freqüentava a escola e a tarde a olaria.
Na infância, seu maior sonho era ter uma bicicleta, seu pai não podia te dar, já que eram muitos filhos, então, montou uma bicicleta comprando peça por peça, sendo que o pneu foi conseguido na rua.
Deixa claro que começou trabalhar cedo, não por obrigação de seus pais, pois ao lado da família sempre teve uma vida boa, nas condições em que seu pai podia oferecer, mas porque sempre teve o anseio de conseguir suas coisas sem precisar depender dos pais.
Aos 12 anos iniciou a vender laranja e café. Para comprar estas mercadorias, solicitou de um empréstimo do Sr. Juvêncio (avô de Laécio Sousa). Onde ouvia falar que tinha jogo, estava ele vendendo suas laranjas. Houve um episódio em que Tião Vieira falou que teria um jogo entre Vasco e Flamengo. Ele correu em sua casa, encheu sua sacola de laranja e foi para o campo. Resultado, ele ficou sozinho, pois o senhor Tião estava brincando com ele.
Teve uma barraca de cereais em Guajeru. Comprava laranjas no povoado da Ferinha, e outras mercadorias nos comércio de Condeúba para revender em sua barraca. Visto que o lucro era pequeno, economizava muito para poder ter um melhor comércio, para isso chegou a comer, durante um dia todo, apenas pão com água.
Aos 15 anos comprou o seu primeiro caminhão em parceria com o seu tio Djalma. Para ele, foi mais fácil a compra do caminhão do que a de sua primeira bicicleta, por esta ter sido em tempos mais difíceis. Ele próprio dirigia o veículo pelas estradas a fora e fazia todas as atividades, carregava e descarregava o caminhão, fazia as vendas e entregava a mercadoria aos clientes. Perdia muitas noites de sono, chegando a ficar até quatro noites seguidas sem dormir. Chegou até a tomar remédio para se libertar do sono. Na estrada o que marcava eram os acidentes, pois pensava que poderia ser com ele.
Aos 16 anos conseguiu comprar a parte do caminhão que pertencia ao seu tio, tornando-se proprietário de seu primeiro automóvel. Nesta época, apertou-se financeiramente, cortando alguns gastos.
Aos 25 anos, com muito esforço, trabalho árduo e dedicação conseguiu comprar um mercadinho de seu pai que ficava localizado onde hoje é o supermercado de seu irmão Zabinga. Com muita conquista chegou a ter 5 caminhões. Desfez do mercadinho e montou um armazém atacadista na Praça da Feira. Foi com esta idade, no dia 26 de março de 1992 que ele se casou com Dorismácia da Silva Carvalho Faria. Passou por uma crise financeira, tendo que vender tudo o que tinha para liquidar as dívidas, ficando apenas com a casa de morada. Este se tornou um acontecimento marcante em sua vida que o deixou profundamente abalado, ou seja, vendeu tudo para começar do nada.
Mas a sua dedicação ao trabalho e fé em Deus era enorme. Aproveitou a campanha política da época para vender cervejas nos comícios, em festas e jogos com a ajuda de sua esposa Dorismárcia. Foi-se reerguendo aos poucos e se orgulha de todo o seu processo de vida, pois foi fruto de muita honestidade, e o mais importante, sem fazer dos outros degraus para subir na vida.
honestidade acima de tudo em seu negócio, tanto com o cliente como com o fornecedor, e sua palavra ao ser dada, é garantida. Se caso for preciso venderia os seus bens para honrar o seu compromisso. Diante disso, ele se orgulha de sua esposa. Sempre faz questão de ressaltar que a coisa mais importante em seus negócios foi a esposa, pois ela lhe deu força para vencer. Ele nunca pensou em desistir. Você só sente falta do que não tem. A pessoa nunca perde por ser honesto.
Dalmo pouco importou com as condições materiais, pois sabia das condições de seu pai, e a dificuldade para criar uma família tão grande, por isso, o bem maior doado pelo seu estimado pai foi o seu nome, sendo este honrado em qualquer lugar, pois sempre foi uma família de prestígio. O seu relacionamento com a família sempre foi bom. Seus pais eram bons e sempre o apoiava. Eles tinham muita confiança nele e permitiam que saísse pelo mundo, pois sabiam que era por uma causa justa.
Em 12 de janeiro de 1992, nasce o primogênito, Dalmo Faria da Silva Filho, que foi bem recebido pelos pais, sendo um momento de muita alegria e satisfação. Em 20 de abril de 1999 a sua família acabou sendo ampliada com a chegada de Dayana da Silva Carvalho Faria. Atualmente, a família consta de mais um membro, sua netinha Dara Gabriela.
Segundo Dalmo, quando se é solteiro as pessoas mais importantes são os pais, quando se casa a esposa e os filhos se tornam as pessoas principais na vida. Pensando assim, ele pretende dar a sua família tudo que não teve em sua infância e juventude.
O seu maior sonho é ver a filha formada, pois o filho não quis seguir a carreira de estudante; mesmo assim, ele o aconselha e busca mostrar a necessidade de se aprofundar no processo ensino e aprendizagem, quer seja o Ensino Médio ou uma graduação, pois os seres humanos devem investir nos estudos. Lembra, com isso, do seu tempo, pois não tinha tempo para os estudos, dando prioridade ao profissionalismo.
Estudou só até a quinta série e sempre era reprovado por falta. Optou-se pelo trabalho e quando comparecia a escola, ficava dormindo, já que se encontrava exausto depois de uma longa rotina de serviço, contudo jamais viu a educação como um momento inútil em sua vida, muito pelo contrário, ver como algo essencial na vida de todo ser humano, porém, infelizmente, não concluiu sua vida estudantil, pois mesmo sabendo da necessidade e da importância do estudo, não conseguiu estudar. Relaciona-se muito bem com todas as pessoas, sabendo entrar e sair, porém sabe da grande contribuição do estudo.
O senhor Dalmo afirma ter passado por vários sentimentos em sua vida, tanto bons como ruins, alegres ou tristes, mais o maior sentimento vivenciado por ele foi em relação à dificuldade em ajudar ao próximo, ou seja, o seu desejo era se vestir de Papai Noel em cada Natal e ajudar as crianças, todavia por motivos pessoais, teve que parar. Seu sentimento foi pelo fato de não conseguir dar sequência a essa realização, pois as pessoas especulavam que a sua ação era em prol de uma carreira política, que aquele momento era aproveitado para buscar se entrosar com as pessoas e ganhar a confiança para no momento certo, ele se aproveitar da situação. Isso o chateou muito, pois jamais pensou em seguir uma carreira política.
Seu sonho e expectativa em relação à Condeúba é ver a cidade cheia de indústrias, bem desenvolvida, gerando emprego para os seus moradores. E o que puder fazer, não medirá esforços, porém sem a questão política, mas sim como um empresário. De acordo Dalmo “Quem tem Deus não se apura”. É católico, no entanto não freqüenta a igreja; é mais de agradecer que pedir, porém tem Deus em sua vida constantemente.
Dalmo, com seu jeito simples de ser, busca contribuir para o crescimento de Condeúba e vem fazendo isso, ampliando o seu quadro de funcionários, valorizando-os em suas potencialidades. E não para por aí, pois pensa em fazer muito pela amada cidade, no entanto frisa o tempo todo que fará isso como empresário e, jamais, como político.
Assim, o Senhor Dalmo pode ser lembrado e relembrado na história de Condeúba, como um homem capaz que soube aproveitar as oportunidades e fez delas a sua conquista para o SUCESSO.
Alguns causos de DALMO
Fazia geladinho para vender. Como ainda era muito jovem (criança), colocava o açúcar e mexia, o seu braço entrava até o final para mexer no caldeirão.
Ia tomar banho escondido no rio e pra que tia Nô e tio não percebesse e ele caísse no chicote, sujava no areião, mas seus olhos ficavam vermelhos e tio descobria
Fotos JFC.
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