Condeúba: Casamento com quebra de panela e pote de barro
Esta semana foi rica nos acontecimentos históricos, tendo em vista que houve dois casamentos especiais na Igreja Matriz de Santo Antonio em Condeúba, coincidentemente ambas as noivas têm o mesmo nome Eliane. Que ficou assim, na quinta feira dia 22 de dezembro casou-se Eliane que é filha de Ananias “Tuta” e Francisca “Tica” com seu esposo Ramon.
No dia seguinte sexta feira 23 de dezembro a outra Eliane que é filha de Exuperio e sua mãe Ernestina que se casou com Gelson que é filho de Cícero e dona Maria Enilde.
Pois bem, na casa do Sr. “Tuta” foi quebrado uma panela de barro em homenagem a Eliane que foi a filha caçula que se casou com o jovem Ramon.
Já na casa do Sr. Exupério foi quebrado um pote em homenagem o seu genro que era o caçula do Sr. Cícero e dona Maria Enilde e que se casou com sua filha que também se chama Eliane.
Tudo isso mantendo uma tradição trazida pelos negros escravocratas, que vieram do continente Africano através dos Portugueses no século XVI. Dentro da panela ou do pote, são colocados normalmente tudo que está sendo servido aos convidados como balas, chocolates, pedaço de carne assada etc.
No ato da quebra da panela ou pote é feita através de dois homens, um representando o noivo e o outro a noiva, ambos e mais alguns vigilantes do casal, são ultrajados usando máscaras e perucas para desconfigurar suas identidades.
Os representantes do folclore e mais os instrumentistas com sanfona, pandeiro, caixa, violão entram na cozinha e saem cantando os seguintes versos:
“Negro preto quilombola
Quebra a panela e vai se embora.
Cadê Maria de Aurora,
Traga a panela pra fora.
Dona de casa saia fora da cozinha
Venha ver sua noivinha
Como ela está bonitinha”.
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