Categoria: Saúde Pública

Bebê de 6 meses sofre queimaduras em hospital de Niterói

Foto: Reprodução

Uma bebê de 6 meses, internada no Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, sofreu queimaduras nas pernas e na barriga — segundo os médicos, durante um banho. De acordo com o G1, a pequena Juliana Duarte Anastácio tem meningite e microcefalia e precisa de internações frequentes. Na última terça (18), a mãe, Luara dos Santos, encontrou a filha toda enfaixada, depois de ir em casa para tomar banho e trocar de roupa.

Quando Luara perguntou o que tinha acontecido, ouviu dos médicos que a bebê “tinha se queimado durante um banho”. Segundo a família, os funcionários disseram que a água estava morna, mas que algumas bolhas começaram a aparecer logo que Juliana foi colocada na bacia e que eles a retiraram no mesmo instante. Um cirurgião plástico foi chamado para olhar as feridas.

A família tentou registrar um boletim de ocorrência nesta quarta-feira (19) na 78ª DP (Fonseca), mas os policiais disseram que era necessário um prontuário ou algum outro documento do hospital com as informações sobre a internação da bebê.

Segundo Luara, desde as 6h de quarta a família tenta o prontuário com o hospital, mas a unidade informou que o documento só poderia ser entregue a eles em um prazo de 30 dias. Segundo Dona Adilene, avó da bebê, médicos falaram para a família não “criar caso” porque “tudo seria resolvido”.

Governo analisa prorrogação por mais 60 dias os acordos de redução salarial

Foto – Wilker Porto

Está em analise pelo presidente Jair Bolsonaro mais uma prorrogação dos acordos de suspensão e redução salarial que foram liberados na pandemia da Covi-19 pela Medida Provisória 936. De acordo com informações, a Secretaria Especial de Trabalho do Ministério da Economia, a ideia é estender esses acordos por mais 60 dias, já que a covid-19 continua afetando o faturamento da maioria das empresas.

A prorrogação dos acordos foi negociada pelo setor produtivo com a secretaria nos últimos dias. Para os empresários, mesmo depois de quase cinco meses de pandemia, a situação ainda se encontra difícil em alguns estabelecimentos. Donos de bares e restaurantes dizem que ainda não foram autorizados a retomar as atividades em algumas cidades.

E alegam que, mesmo onde já puderam reabrir as portas, o faturamento caiu para cerca de 30% do nível anterior à pandemia. Por essa razão, alegam que precisam de mais tempo para voltar a pagar 100% aos seus funcionários e solicitaram a renovação da MP.

Estudante de 16 anos morta por coronavírus após dar à luz reclamava de falta de ar

Foto: Arquivo Pessoal

A mãe da estudante Gilda Santos Costa, que tinha 16 anos e morreu por coronavírus depois do parto, em Sorocaba (SP), lamenta a morte da filha e afirma que todos acreditavam que a falta de ar relatada pela adolescente poderia ser da gravidez. “Ela tinha dores no corpo e muita falta de ar. Achávamos que estava ligada à gravidez. Como mãe, eu gostaria de deixar um alerta para os jovens. Infelizmente, essa doença tira a vida de jovens também, assim como tirou a da minha princesa”, lamenta Girlene Juliana dos Santos.

A estudante estava no primeiro ano do ensino médio e teve a filha, um bebê prematuro de seis meses. A criança está internada e terá alta quando atingir o peso necessário. Girlene ainda conta que a garota fazia planos para a nova fase de mãe em meio aos estudos e ao tratamento que fazia no hospital GPACI, em Sorocaba, por ter anemia falciforme, uma doença genética grave que atinge os glóbulos vermelhos.

Ainda de acordo com a mãe, a adolescente fez o ultrassom no dia 9 de julho, quando começou a sentir os primeiros sintomas. No dia seguinte, ela foi levada ao GPACI e transferida para o Hospital Regional, onde foi confirmada a Covid-19. Durante a internação no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), o parto precisou ser realizado.

Contudo, a adolescente não resistiu às complicações da doença. “Gilda ficou internada e não houve melhora. Foram dias entre a UTI e o quarto até recebermos uma ligação para irmos ao hospital com urgência. A nossa guerreira lutou e, não tendo mais força, acabou nos deixando”, disse.

Desemprego na pandemia sobe mais de 20% entre maio e julho, aponta IBGE

Foto: Agência O Globo

A pandemia do coronavírus fez o número de desempregados no Brasil aumentar em 20,9% entre maio e julho. É o que apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o G1, além do aumento do desemprego, a pesquisa mostrou que: Caiu em 3,5% o número de trabalhadores ocupados na comparação com maio; O país perdeu 1,9 milhões de trabalhadores informais em três meses; Houve queda de 42,6% no número de trabalhadores afastados devido ao isolamento social; 3,2 milhões de trabalhadores afastados ficaram sem remuneração em julho; 4 milhões de brasileiros recorreram a empréstimos financeiros na pandemia.

De acordo também com o levantamento, o país encerrou o mês de julho com 12,2 milhões de desempregados, cerca de 2,1 milhões a mais que o registrado em maio, quando somavam, aproximadamente, 10,1 milhões de pessoas. Com isso, a taxa de desemprego passou de 12,4% em junho para 13,1% em julho. Ainda segundo o levantamento, o número de trabalhadores ocupados teve queda de 3,5% entre maio e julho, passando de 84,4 milhões para 81,4 milhões.

Ou seja, em três meses caiu em 2,9 milhões o número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho. O levantamento foi feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

Covid-19: Anvisa autoriza testes para nova vacina da Johnson & Johnson

Foto – Itamar Crispim / Fiocruz

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Jansen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson, a realizar testes clínicos no Brasil para o desenvolvimento de vacina contra a covid-19.

O estudo global prevê a inclusão de até 60 mil voluntários, sendo 7 mil no Brasil, distribuídos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.

Em nota divulgada hoje (18), a Anvisa informou que os dados que embasaram a autorização incluíram estudos não clínicos com a vacina e dados não clínicos e clínicos acumulados de outras vacinas que utilizam a mesma modelagem.

Os estudos da Jansen-Cilag foram iniciados em julho nos EUA e na Bélgica. De acordo com a agência, o ensaio clínico será conduzido em etapas e cada etapa só será iniciada se os resultados que estiverem disponíveis no momento forem satisfatórios. Este é o quarto estudo de vacina contra o novo coronavírus autorizado pela Anvisa no Brasil.

No dia 2 de junho, a agência autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela empresa AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, do Reino Unido; no dia 3 de julho, o da vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech, da China, em parceria com o Instituto Butantan; e no dia 21 de julho, o das vacinas desenvolvidas pela BioNTech, da Alemanha, e Wyeth/Pfizer, dos Estados Unidos.

A potencial vacina da Jansen-Cilag, denominada Ad26.COV2.S, é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S (Spike) do vírus Sars-CoV-2 (o novo coronavírus).

Sequelas: Um em cada 16 curados da Covid-19 desenvolve doença mental em até três meses

Pacientes testados apresentaram complicações neurológicas graves após a infecção, como delírio, tremores, psicose, além de danos ao cérebro, como derrame.

Um em cada 16 pacientes com Covid-19 que nunca teve uma doença mental será diagnosticado com algum transtorno desse tipo dentro de três meses após a infecção. O risco é duas vezes maior para os que precisaram ser hospitalizados. A conclusão é de um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, publicado na plataforma científica MedRxiv no domingo (16). A pesquisa ainda não passou por revisão de pares.

“Os mais comuns foram os transtornos de ansiedade, mas depressão, insônia e, raramente, demência, também ocorreram”, disse à Reuters o coordenador da pesquisa britânica, Maxime Taquet. “Se você sentir ansiedade, mau humor, insônia ou perda de memória após a Covid-19, você deve consultar um médico. Pode haver maneiras de melhorar esses sintomas”, afirmou o pesquisador. O estudo também encontrou, dentro do grupo analisado, taxas da Covid-19 acima da média em pessoas com diagnóstico psiquiátrico prévio. Mais de 62 mil pessoas que se recuperaram do coronavírus participaram da pesquisa.

Em julho, um estudo da University College London (UCL) publicado na revista científica Brain analisou 43 pacientes da Covid-19 que apresentaram complicações neurológicas graves após a infecção, como delírio, tremores, psicose, além de danos ao cérebro em alguns casos, como derrame.

Sequelas do coronavírus

Apesar de ser uma doença nova e com muitos efeitos ainda desconhecidos, já se sabe que, além de danos nos pulmões, o Sars-CoV-2 pode afetar o coração, os rins, o intestino, o sistema vascular e o cérebro. No que diz respeito ao cérebro, mais de 300 estudos, segundo a BBC, já associaram a infecção da Covid-19 com o desenvolvimento de transtornos mentais que vão desde sintomas leves – como dores de cabeça, perda de olfato (anosmia) e sensações de formigamento — à graves — como afasia (incapacidade de falar), derrames e convulsões. // G1.