Categoria: Internacional

Sequelas: Um em cada 16 curados da Covid-19 desenvolve doença mental em até três meses

Pacientes testados apresentaram complicações neurológicas graves após a infecção, como delírio, tremores, psicose, além de danos ao cérebro, como derrame.

Um em cada 16 pacientes com Covid-19 que nunca teve uma doença mental será diagnosticado com algum transtorno desse tipo dentro de três meses após a infecção. O risco é duas vezes maior para os que precisaram ser hospitalizados. A conclusão é de um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, publicado na plataforma científica MedRxiv no domingo (16). A pesquisa ainda não passou por revisão de pares.

“Os mais comuns foram os transtornos de ansiedade, mas depressão, insônia e, raramente, demência, também ocorreram”, disse à Reuters o coordenador da pesquisa britânica, Maxime Taquet. “Se você sentir ansiedade, mau humor, insônia ou perda de memória após a Covid-19, você deve consultar um médico. Pode haver maneiras de melhorar esses sintomas”, afirmou o pesquisador. O estudo também encontrou, dentro do grupo analisado, taxas da Covid-19 acima da média em pessoas com diagnóstico psiquiátrico prévio. Mais de 62 mil pessoas que se recuperaram do coronavírus participaram da pesquisa.

Em julho, um estudo da University College London (UCL) publicado na revista científica Brain analisou 43 pacientes da Covid-19 que apresentaram complicações neurológicas graves após a infecção, como delírio, tremores, psicose, além de danos ao cérebro em alguns casos, como derrame.

Sequelas do coronavírus

Apesar de ser uma doença nova e com muitos efeitos ainda desconhecidos, já se sabe que, além de danos nos pulmões, o Sars-CoV-2 pode afetar o coração, os rins, o intestino, o sistema vascular e o cérebro. No que diz respeito ao cérebro, mais de 300 estudos, segundo a BBC, já associaram a infecção da Covid-19 com o desenvolvimento de transtornos mentais que vão desde sintomas leves – como dores de cabeça, perda de olfato (anosmia) e sensações de formigamento — à graves — como afasia (incapacidade de falar), derrames e convulsões. // G1.

Embaixada da Rússia diz que negocia produção de vacina com governo da Bahia

Foto – Divulgação

Por meio de comunicado, a embaixada da Rússia no Brasil afirmou que negocia com o governo da Bahia para o estabelecimento de uma parceria para testes e produção da Sputnik V, primeira vacina contra o novo coronavírus registrada no mundo.

“Em 30 de julho o Embaixador da Rússia teve uma reunião virtual com o governador da Bahia Rui Costa e o Secretário da Saúde do estado Fábio Vilas-Boas”.

De acordo com informações da CNN, a embaixada disse ainda que o Fundo de Investimentos Diretos da Rússia (RDIF), que financia o desenvolvimento da Sputnik V, também negocia diretamente com outras instituições de pesquisa, empresas e produtores brasileiros para estabelecer parcerias na distribuição de testes e medicamentos, assim como para o desenvolvimento e produção da vacina contra o novo coronavírus.

“Esperamos que daqui a pouco vejamos os frutos concretos desta cooperação”, disse a embaixada russa.

Explosão de grandes proporções atinge Beirute

Imprensa local, citando ministro da Saúde e forças de segurança, diz que a detonação ocorreu em um armazém que guardava fogos de artifício

Explosão em Beirute, Líbano – 04/08/2020 Reprodução

Uma explosão de grandes proporções atingiu o porto de Beirute, no

Líbano, nesta terça-feira, 4. Segundo a imprensa local, as forças de

segurança e o ministro da Saúde, Hamad Hassan, a explosão ocorreu

em um armazém que estocava fogos de artifício. Há relatos, não

confirmados, de uma explosão secundária no centro da capital.

Imagens nas redes sociais mostram o armazém pegando fogo com

luzes, parecidas com as de rojões, acendendo e apagando rapidamente.

Logo depois o local é consumido por uma explosão.

Segundo a emissora LBC, Hassan disse que a explosão deixou um “grande número de feridos”. O ministro da Saúde informou que todos os hospitais da cidade foram instruídos a receber os feridos.

“Vi uma bola de fogo e fumaça sobre Beirute. As pessoas estavam gritando, correndo e sangrando. Varandas de prédios foram destruídas. Vidro de prédios altos caíram e quebraram na rua”, disse uma

testemunha das detonações à agência Reuters.

OMS prevê que pandemia do coronavírus será ‘muito longa’

Foto: Tai’s capture/Unsplash

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, neste sábado (1), que a pandemia do novo coronavírus será provavelmente “muito longa”. Seis meses depois de declarar a emergência internacional, o comitê de emergência da OMS destacou que “continua avaliando como muito elevado o nível de perigo global [provocado] pela Covid-19”. O comunicado foi anunciado na sexta-feira (31) após a quarta reunião do comitê de emergência da OMS.

A nota da entidade também reforçou “o perigo de que a resposta diminua em um contexto de pressões socioeconômicas”. Está previsto que o comitê volte a se reunir em três meses.

De acordo com o G1, a pandemia provocou a morte de pelo menos 680 mil pessoas no mundo e infectou mais de 17,6 milhões, segundo contagem feita pela AFP com base no levantamento da Universidade Johns Hopkins, dos EUA. Em todo o mundo, três países já superaram a marca de 1 milhão de diagnósticos: Estados Unidos (4,5 milhões), Brasil (2,6 milhões) e Índia (1,6 milhão).

Soro com anticorpos de cavalo será testado em voluntários com Covid-19 na Argentina

Foto: Fernando Zhiminaicela / Pixabay

Cerca de 242 argentinos infectados com o novo coronavírus serão voluntários em um teste que utilizará soro com anticorpos obtidos de cavalos. De acordo com o Estadão, os pacientes acometidos pela Covid-19 que farão parte do estudo estão divididos entre hospitalizados, quadro moderado e sintomáticos há 10 dias.

Nas primeiras fases de análise em laboratório, foi constatado que o soro tinha capacidade em aumentar em 50 vezes a neutralização do vírus, freando a replicação do Sars-coV-2 nas células. Método comum para obtenção de medicamentos, o procedimento com cavalos produz anticorpos que são extraídos do plasma e posteriormente purificados e processados para a aplicação em humanos.

Após autorização das autoridades médicas, na última sexta-feira (24), o início dos testes está marcado para começar já na próxima semana. Ao todo, inicialmente, 14 unidades de saúde da província de Buenos Aires serão parceiras. O teste, vale destacar, é desenvolvido a partir de uma parceria com Instituto Biológico Argentino, a empresa Inmunova e a Universidade Nacional de San Marín (UniSan).

Cientistas bloqueiam vírus da zika em camundongos e evitam microcefalia

Cientistas de Brasil, Argentina e Estados Unidos identificaram o mecanismo de ataque do vírus da zika aos fetos e conseguiram bloquear a ação do vírus em camundongos, protegendo-os, portanto, contra a microcefalia.

O estudo foi publicado nesta segunda-feira (20) na revista “Nature Neuroscience”. Há 4 anos, o grupo já tinha encontrado as evidências de que o zika causa a microcefalia.

O imunologista brasileiro Jean Pierre Schatzmann Peron e sua equipe, do Instituto de Biociências (ICB) da Universidade de São Paulo e da Plataforma Pasteur-USP, também publicaram em 2016 um artigo na “Nature” que relacionava o vírus à malformação dos bebês.

Eles seguiram com as pesquisas, e passaram a trabalhar em colaboração com a Universidade Harvard e a Universidade de Buenos Aires. Outros cientistas do ICB, como a pesquisadora Carolina Demarqui Munhoz, também entraram para o grupo.

Pela primeira vez, eles descreveram quais são os mecanismos que o vírus da zika usa para atravessar a placenta, se espalhar pelo cérebro dos fetos e se multiplicar pelos neurônios.

Pesquisa identifica anticorpos capazes de bloquear infecção pela Covid-19

Foto: Reprodução/NIAID

Cientistas de universidades nos Estados Unidos e na Alemanha dizem ter identificado dois anticorpos potentes em bloquear a infecção pelo novo coronavírus. Os anticorpos agem impedindo que o vírus se conecte às células humanas e entre nelas. A pesquisa com a descoberta foi divulgada nesta quarta-feira (15) na revista científica “Nature”, uma das mais importantes do mundo.

De acordo com o G1, os estudos mostraram que os anticorpos (COV2-2196 e COV2-2381) foram capazes, juntos ou separados, de reduzir a inflamação no pulmão, a carga viral e a perda de peso de camundongos infectados pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2).

Em macacos-rhesus, o uso de cada um dos anticorpos protegeu os animais de serem contaminados pelo vírus. “Juntos, esses resultados sugerem que os anticorpos, sozinhos ou em combinação, são candidatos promissores para a prevenção ou o tratamento da Covid-19”, dizem os pesquisadores no estudo.

Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca

A vacina está sendo testada no Brasil. (Foto – REUTERS / Athit Perawongmetha)

A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar disponível à população ainda este ano. A afirmação foi feita por Maria Augusta Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca. O grupo anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini.

Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período. “Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”, acrescentou, destacando que os prazos podem mudar de acordo com a evolução dos estudos. Segundo ela, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem se mostrado disposta a colaborar.

A vacina está atualmente na fase três de testes. Isso significa, de acordo a Unifesp, que a vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.

“O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo”, disse Bernardini. Ela participou, ontem (29), de uma conversa, transmitida ao vivo pela internet, com o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan.

A diretora-médica da Astrazeneca também destacou que a atuação de pesquisadores brasileiros em Oxford e sua reputação foi outro fator influenciador para trazer a pesquisa para o Brasil. “Isso fortaleceu a imagem a reputação científica do Brasil, além de facilitar, trazer com agilidade o estudo em termos de execução”.

Coronavírus expõe grande avanço da medicina da China

Foto: Divulgação

Criticada, com razão, por tratar o novo coronavírus como problema menor e demorar a tomar providências para contê-lo, a China, quando enfim resolveu agir, causou espanto pela eficiência com que montou hospitais da noite para o dia, fechou totalmente cidades inteiras e dividiu draconianamente a população entre infectados e sãos.

Menos evidentes, mas até mais impactantes, foram as inovações na medicina que fizeram sua estreia para o público em geral no combate à pandemia – muitas delas ancoradas na robótica em rede 5G, que ainda engatinha no resto do mundo, mas já é amplamente usada na China.

De acordo com a Veja, enquanto o vírus se espalhava, impressoras 3D foram ativamente utilizadas na construção de unidades de atendimento e robôs eram vistos cruzando avenidas para reabastecer os postos com material hospitalar. Nas UTIs, pacientes graves eram conectados à “membrana de respiração extracorpórea”, aparelho com ares de ficção científica que aspira o sangue e o oxigena antes de devolvê-lo ao corpo quando os pulmões estão falhando.

Agora, com o relaxamento das restrições, vê-se nas ruas robôs capazes de escanear a temperatura de até trinta pessoas ao mesmo tempo. Em pontos de aglomeração, como metrôs, câmeras de extrema sensibilidade, capazes de detectar a temperatura corporal num raio de 30 metros, varrem a multidão.

Tudo isso faz parte de um tremendo esforço do governo chinês para passar à frente de todos – Estados Unidos, principalmente – na área científica em geral, uma estratégia que tem tido efeito de contágio pandêmico no setor da saúde.

Brasil anuncia parceria com Oxford para produção de vacina contra a Covid-19

Foto: CDC/Unsplash

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (27) uma parceria para a pesquisa e produção nacional da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e a farmacêutica AstraZeneca.

O acordo prevê? a transferência de tecnologia e a compra de lotes da vacina – que, se comprovada a eficácia, serão distribuídas 30 milhões de doses entregues em dois lotes: 15 milhões em dezembro de 2020, e 15 milhões em janeiro de 2021, com prioridade para o grupo de risco e para profissionais de saúde.

De acordo com o G1, após as primeiras duas entregas, segundo o ministério, ainda poderão ser produzidas mais 70 milhões de doses para distribuição a partir do Sistema Único de Saúde (SUS).