Categoria: Economia

Rui Costa comanda primeira reunião com grupo de trabalho para viabilizar nova montadora para a Bahia

Foto: Elói Corrêa/GOVBA

A primeira reunião do Grupo de Trabalho que foi criado pelo governo estadual para viabilizar a atração de uma nova montadora para a planta da Ford instalada na Bahia foi realizada na tarde desta terça-feira (12), na sede da Governadoria.

“A partir de ontem [12], esse grupo irá trabalhar para apresentar o que a Bahia tem a oferecer para esses investidores, que é uma belíssima estrutura, já que temos a maior planta industrial automotiva da América do Sul, estrutura portuária, o parque tecnológico do Senai Cimatec Industrial, inclusive com campo de prova. É tudo isso que vamos apresentar. Já enviamos os primeiros documentos a embaixadas de outros países e estamos esperando que eles nos ajudem a encontrar esses fabricantes para que eles vejam que excelente oportunidade é investir no Brasil e na Bahia”, detalhou o governador Rui Costa.

O governador também fez questão de reforçar que o Estado vai dar todo o suporte necessário aos trabalhadores da Ford, inclusive com a elaboração de um banco de dados para servir de subsídio para empresas que possam vir a empregá-los.

Além de Rui e de trabalhadores da montadora, participaram do encontro representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, da Casa Civil e das secretarias estaduais da Fazenda (Sefaz), de Desenvolvimento Econômico (SDE) e do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).

Funcionários da Ford realizam protesto contra fechamento de fábrica em Camaçari

Foto: Reprodução/TV Bahia

Trabalhadores da Ford protestam contra o fechamento da fábrica da montadora em Camaçari, região metropolitana de Salvador, na manhã desta terça-feira (12). Na segunda (11), a montadora anunciou que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil após um século (veja aqui). Depois do protesto na sede da fábrica, o grupo seguiu em carreata para o Centro Administrativo de Camaçari.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, Júlio Bonfim, durante uma reunião com o presidente da Ford na América do Sul, a empresa informou que a decisão de encerramento da produção foi tomada por causa da instabilidade econômica do país.

“Ontem eu tive uma convocação por parte da Ford e nessa reunião, eu esperava que a tratativa era referente aos 460 trabalhadores da Ford que estavam suspensos por contrato em lay-off [suspensão temporária]. Mas fomos surpreendidos por um anúncio, por parte do presidente América do Sul, informando da instabilidade econômica do país e a incerteza econômica do país por parte do governo federal, isso dito pelo próprio presidente América do Sul da Ford. E também a questão do coronavírus impactou diretamente no encerramento das atividades da Ford”, contou Júlio.

Por meio de nota, o Ministério da Economia afirmou que lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil. Disse ainda que a decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país; que muitos registram resultados superiores ao período pré-crise.

Com o encerramento das atividades no Brasil, a Ford também fechará as fábricas de Taubaté (SP) e Horizonte (CE), além de Camaçari. De acordo com o presidente do sindicato, o impacto será da perda de emprego de 12 mil trabalhadores diretos. No entanto, a Ford alega que serão cinco mil empregos afetados.

Como o fechamento das fábricas da Ford no Brasil impacta o mercado local

Conforme apurou a reportagem da EXAME, a decisão afeta não só as vendas da marca no país, como o futuro de todo o setor, que vive uma grande transformação.

Por Juliana Estigarribia

Ford; Camaçari, Linha; Produção; Robô; Automobilística
Fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia: surpresa e perplexidade na cadeia produtiva (Germano Lüders/Exame)

O ano mal começou e funcionários da Ford receberam, na tarde desta segunda-feira, 11, um comunicado oficial sobre o encerramento de toda a operação fabril da marca no Brasil. Do chão de fábrica ao alto escalão, a decisão pegou toda a empresa — e a cadeia produtiva — de surpresa. A partir de agora, sobram inúmeras dúvidas acerca do futuro da companhia no país e dos impactos da decisão para o setor, que vive uma forte transformação: definitivamente, o mercado brasileiro não será mais o mesmo.

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A montadora irá encerrar as operações das fábricas de Camaçari, na Bahia, de Taubaté, no interior de São Paulo, e da marca de jipes Troller em Horizonte, no Ceará. A companhia possui pouco mais de 6.000 funcionários no Brasil e a maior parte deve ser dispensada ao longo de 2021. Uma pequena parcela continuará trabalhando na sede administrativa em São Paulo, que seguirá como escritório central da marca na região.

Conforme apurou a reportagem da EXAME, funcionários do alto escalão da montadora foram comunicados do desligamento ainda nesta segunda-feira, entretanto, movimentos pontuais de demissões de executivos aconteceram ainda em dezembro.

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Veja o que foi feito em 2020 para que ninguém parasse de vender
A decisão teria sido abrupta justamente para evitar mais transtornos à empresa. O anúncio, em 2019, do fechamento do complexo fabril de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, onde a montadora produzia caminhões e o compacto Fiesta, trouxe fortes especulações acerca da sustentabilidade dos negócios da companhia no país.

Desde então, a empresa vinha reforçando seu compromisso com o mercado local e que estava trabalhando para manter a rentabilidade. Continue lendo

IPVA 2021 já pode ser pago com 10% de desconto

A Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-Ba) informa que os proprietários de veículos baianos já podem pagar, até o dia 10 de fevereiro, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2021 com 10% de desconto, à vista. Para efetuar o pagamento é necessário se dirigir a uma agência ou caixa eletrônico do Banco do Brasil, Bradesco ou Bancoob, com o número do Renavam em mãos, ou utilizar os aplicativos destes bancos pelo smartphone.

Caso perca o prazo, o contribuinte pode ainda quitar o imposto com 5% de desconto, também em cota única, no dia do vencimento da primeira das três cotas do parcelamento padrão do imposto, data que varia de acordo com o número final da placa do veículo, conforme descrito na tabela de pagamento do IPVA 2021.

Outra opção é parcelar o valor em três vezes, sem desconto, com vencimentos que variam também de acordo com o final da placa. Os débitos referentes à taxa de licenciamento e às multas de trânsito deverão ser pagos até a data de vencimento da terceira parcela, e os débitos anteriores do IPVA ainda não notificados também podem ser divididos em três vezes, juntamente com o IPVA 2021.

Vale ressaltar que o proprietário que perder o prazo da primeira cota deixa de ter o direito ao parcelamento em três vezes. Já o seguro obrigatório deverá ser pago integralmente até o vencimento da primeira parcela do imposto, em caso de parcelamento do IPVA.

Inadimplência cai no fim de 2020, apesar de alta no endividamento

A inadimplência caiu em dezembro, apesar de os consumidores estarem mais endividados, revelou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de dezembro, o total de famílias com dívidas ou contas em atraso caiu de 25,7% em novembro para 25,2% em dezembro.

Essa foi a quarta redução seguida do indicador. Em relação a dezembro de 2019, a proporção de consumidores inadimplentes cresceu 0,7 ponto percentual.A parcela das famílias que declararam não ter condições de quitar o atraso, permanecendo inadimplentes, caiu de 11,5% em novembro para 11,2% em dezembro. No mesmo mês de 2019, o indicador estava em 10%.

Comércio varejo da Bahia deve deixar de faturar R$ 620 milhões em 2021

Foto: Reprodução/Brasil 61

Em 2021, o comércio varejista da Bahia deve deixar de faturar R$ 620 milhões nos 11 feriados previstos para o ano no estado. A projeção é da Fecomércio-BA. Segundo o consultor econômico da federação, Guilherme Dietze, “a perda de faturamento se dá principalmente pela redução da compra por impulso”.

De acordo com o Brasil 61, o grupo denominado Outras Atividades deve ser o responsável pela maior baixa absoluta. O segmento deve deixar de faturar R$ 210 milhões. Este nicho é composto por venda de combustíveis para veículos, artigos esportivos, lojas de chocolates, entre outros.

Os supermercados aparecem logo em seguida, com perda estimada de R$ 184 milhões. Os outros prejuízos são de atividades como farmácias e perfumarias, como expectativa de perda de R$ 96 milhões; móveis e decoração, como R$ 85 milhões e vestuário e calçados, com R$ 44 milhões.

Depósitos na poupança batem recorde e superam saques em R$ 166 bilhões

Os depósitos feitos na caderneta de poupança em 2020 superaram os saques do período em R$ 166,309 bilhões, informou o Banco Central nesta quinta-feira (7). O valor é o maior da série histórica do BC, iniciada em 1995. Em dezembro, a poupança registrou resultado positivo de R$ 20,601 bilhões.

Ao longo de 2020, a poupança só registrou resultado negativo – ou seja, saques superiores aos depósitos – em janeiro e fevereiro. De março em diante, a tendência foi invertida e, a partir de abril, a poupança passou a registrar recordes de captação.

Os resultados foram impulsionados pelo pagamento do auxílio emergencial, pelo governo federal, em meio à pandemia da Covid-19. Grande parte dos beneficiários recebeu as parcelas mensais em contas-poupança abertas pela Caixa Econômica Federal.

A Caixa também liberou, via poupança, o saque emergencial de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no valor de até R$ 1.045. De abril em diante, apenas novembro não registrou valor recorde para o período – o resultado no mês ficou abaixo do apurado em 2019.

Medo do desemprego é crescente entre os brasileiros, aponta CNI

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O medo de perder o emprego é crescente entre os brasileiros. A preocupação é ainda mais intensa entre mulheres, jovens com idade entre 16 e 24 anos, profissionais com baixa escolaridade e moradores de periferias. É o que aponta a pesquisa Índice do Medo do Desemprego, divulgada hoje (6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o estudo, o índice ficou em 57,1 pontos, na medição feita em dezembro de 2020 – número que se encontra acima da média histórica de 50,2 pontos.

“No trimestre, o indicador subiu 2,1 pontos na comparação com setembro do ano passado e está um ponto acima do registrado em dezembro de 2019”, disse a CNI. Quando o recorte abrange o público feminino, o indicador (que mede o medo de perder o emprego) fica ainda maior, chegando a 64,2 pontos. Entre os homens, o índice está em 49,4 pontos.

Nos dois casos a CNI identificou aumento do medo do desemprego, na comparação com setembro. Levando em conta o grau de instrução dos entrevistados, o perfil que apresentou nível maior de medo é o de pessoas com grau de instrução inferior ao ensino médio completo, ficando em 59,1 pontos entre os que estudaram até a 4ª série da educação fundamental, e em 59,2 pontos entre os com instrução entre a 5ª e a 8ª série. “O temor também cresceu entre os entrevistados com educação superior”, afirma a CNI.

Nesse caso, o índice passou de 50,1 pontos em setembro para 54,7 pontos em dezembro. “Ainda assim, esse grupo da população [é o que] apresenta o menor índice de medo do desemprego entre os estratos por grau de instrução”, explica a entidade.

Moradores das periferias também estão entre os que apresentaram maior crescimento no Índice do Medo do Desemprego, passando dos 55,9 pontos de setembro para 65,5 pontos em dezembro. Tendo como recorte os residentes nas capitais, o índice ficou em 57,5 pontos. Já os moradores das cidades do interior registraram um índice de 55,2 pontos.

Auxílio: Caixa libera parcelas dos ciclos 5 e 6, dos nascidos em abril

Foto – Marcello Casal jr / Agência Brasil

A Caixa realizou, nesta quarta-feira (6), mais uma etapa de saque em dinheiro do Auxílio Emergencial e do Auxílio Emergencial Extensão. Cerca de 3,4 milhões de beneficiários dos ciclos 5 e 6, nascidos em abril, poderão sacar ou transferir o saldo da Poupança Social Digital.

Os recursos creditados são da ordem de R$ 2,3 bilhões. Desse total, R$ 2,1 bilhões são referentes às parcelas do Auxílio Emergencial Extensão e o restante, R$ 200 milhões, às parcelas do Auxílio Emergencial.

O saldo ainda segue disponível para movimentação pelo Caixa Tem, como pagamento de boletos, compras na internet e pelas maquininhas em mais de um milhão de estabelecimentos comerciais.

Será que chamou de Vagabundos?: Parte dos brasileiros não está preparada para fazer quase nada, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse a apoiadores nesta terça-feira (5) que uma das explicações para o desemprego no país é que parte dos brasileiros não tem preparação para fazer “quase nada”. Bolsonaro chegou ao Palácio da Alvorada no fim da tarde acompanhado do ministro José Levi (Advocacia-Geral da União). Em conversa com apoiadores divulgada em versão editada por um canal simpático ao presidente na internet, o chefe do Executivo criticou o volume de ações trabalhistas e afirmou que “ser patrão é uma desgraça”. “Então, [o Brasil] é um país difícil trabalhar. Quando fala em desemprego, né, [são] vários motivos. Um é a formação do brasileiro. Uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada. Nós importamos muito serviço”, disse o presidente.

A retomada do emprego ainda é dúvida, mesmo com a geração recorde de vagas com carteira em novembro.

No total, o desemprego bateu novo recorde em novembro, atingindo 14 milhões de brasileiros. A taxa de desocupação chegou a 14,2%, o maior percentual da série histórica da Pnad Covid, pesquisa do IBGE iniciada em maio para mensurar os efeitos da pandemia no país. Esse indicador considera o mercado informal de trabalho, autônomos e funcionários públicos. Esta terça-feira foi o primeiro dia em que Bolsonaro teve compromissos oficiais depois dos 17 dias em que sua agenda não registrou nada. Ele retornou a Brasília na segunda-feira (4), após recesso nos litorais de Santa Catarina e São Paulo.

Aos apoiadores, o presidente também disse nesta tarde que irá ao Maracanã para acompanhar a final da Copa Libertadores, em 30 de janeiro.

Horas antes, a outro grupo de apoiadores, Bolsonaro havia dito que o Brasil está quebrado e que ele não consegue fazer nada.

“Chefe, o Brasil está quebrado, e eu não consigo fazer nada. Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda, teve esse vírus, potencializado por essa mídia que nós temos. Essa mídia sem caráter. É um trabalho incessante de tentar desgastar para tirar a gente daqui e atender interesses escusos da mídia”, disse o mandatário pela manhã, também em conversa transmitida pelo canal bolsonarista na internet.

As declarações do presidente destoam de posições apresentadas publicamente pela equipe econômica, que tem batido na tecla de que a atividade econômica do país está em plena recuperação, o que trará resultados positivos para a arrecadação de impostos. No fim da tarde, Bolsonaro disse que “a gente não tem recursos para investir” e voltou a falar de sua promessa de campanha de atualização da tabela de Imposto de Renda.

“Eu queria mexer na tabela do Imposto de Renda. O cara me cobra: ‘compromisso de campanha’. Mas não esperava esta pandemia pela frente. Nos endividamos em aproximadamente R$ 700 bilhões. Complicou mexer nisso aí”, afirmou no fim da tarde.

Ainda na conversa vespertina, Bolsonaro disse que alguns não o deixam governar, mas não citou nomes. “Alguns falam que ‘não sei quem’ não deixa eu governar. Quisera eu que fosse só um ‘não sei quem’, unzinho só”, afirmou o presidente da República.

Fonte: Brumado Urgente