Categoria: Cultura

A resistência cultural no Alto Rio Pardo

* Levon Nascimento

Levon Nascimento Crer e Lutar Lídio Ita Blue Milton Santiago Felipe Cortez Marileide Alves Pinheiro Carlos Renier Vlade Patrício Salinas Taiobeiras São João Paraíso Rio Pardo MinasApesar da realidade sombria do Brasil, do golpe de Estado, da retirada neoliberal de direitos e da ditadura da toga – ou talvez até por conta dela, como anticorpos benéficos – a esperança tem se feito presente na arte, na literatura e na comunicação do Alto Rio Pardo, do Vale do Jequitinhonha e do Norte de Minas.

Lancei meu livro “CRER E LUTAR” em Taiobeiras no dia 02 de junho de 2017, como um brado de fé e de militância contra o processo de fascistização da sociedade, tendo a inspirada capa da multiplicação dos pães e dos peixes, pintada em tela pela nossa internacional Lizz Nobel e apresentação da jornalista montes-clarense Valéria Borborema.

O Atalho Alternativo Cultural de São João do Paraíso, dos amigos Lídio Ita Blue, Márcia Barreto e do rapper Flávio, nadam contra a maré massificadora levando arte, boa música e reflexão às praças paraisenses.

O poeta Carlos Renier Azevedo escreveu o cordel “Vaqueiro Centenário”, narrando a trajetória do Sr. Lydio Barreto (pai de Lídio Ita Blue), de Pedra Azul, resgatando as tradições, “os fazeres” e as raízes sertanejas do Vale do Jequitinhonha/Norte de Minas.

* Felipe Cortez Aragão Grimaldy e Marileide AP, em incessante ativismo por cultura, comunicação e direitos humanos, garantiram para Taiobeiras a 7ª edição do Encontro de Comunicadores do Vale do Jequitinhonha, a ocorrer em fevereiro de 2018.

* Enquanto isso, nosso poeta Milton Santiago, de nossa vibrante Salinas, se prepara para lançar mais uma obra de ternura e amor à região, o livro “A menina e o poeta” no próximo 06 de setembro.

* E nossa histórica Rio Pardo de Minas ganhará de presente o livro de Vlade Patrício, em 16 de setembro, “Um olhar no passado”.

O Alto Rio Pardo está vivo, na luta, contra os retrocessos, transmutando-se em literatura, música, performances, ativismo político e muita vontade de se eternizar na HISTÓRIA!

A luta continua…

* Professor e escritor, de Taiobeiras/MG.

Não vou me render

André                                                                           André do Amaral

Não serei arrastado na lama que rompeu a barragem que impedia a barbárie.

O país não é só isso.

Para cada Gilmar Mendes, tem um Manoel de Barros.

Para cada Aécio Neves, tem um mestre de Congada resistindo à opressão nas mesmas terras mineiras.

Para cada Michel Temer, um Mário de Andrade na paulicéia.

O país não é só um branco de gravata ou toga.
É vermelho na pele indígena.
É preto potente na pele da menina.
É um guri, um piá, um curumim.

É trans!

É trem bão, é da hora, é sinistro, é massa! Ainda que não pareça, passa.
E eles passarão.

Desanima, não.

Menos preocupação e mais ocupação.

O país, novamente, está sendo saqueado. Seu povo pobre dizimado.Mas, até por uma questão de lógica, enquanto estivermos vivos não dá pra decretar derrota.

Minha energia.Meu pensamento e meu afeto se movem pela transformação e pela justiça social.

Para que pessoas não morram pela cor da pele.
Pela orientação sexual.
Por denunciarem injustiças.
Por serem quem são.

O país não é só o Planalto.
A injustiça suprema.
Homens asquerosos.
Um país reacionário.
Quadrado.

É também roda.
De samba.
De capoeira.
De poesia.

É uma espiral.

É a mata, os bichos, as ervas, a arte, o povo.Tudo que nele brota.

É uma idosa distribuindo sopa e cuidando de pessoas em situação de rua.

É uma benzedeira curando as crianças da comunidade.

É um professor mal pago e apaixonado mudando a vida de crianças e jovens.

É um poeta desconhecido.
Uma dançarina sonhadora.
Uma enfermeira incansável.
Um músico genial.
Um gari cantarolando enquanto varre.
Um garçom simpático.
Uma cozinheira incrível.
Um sábio pajé.
Uma mulher quilombola líder comunitária.
Uma criança alcançando o paraíso na amarelinha.
Um bando de gente linda e anônima.

O Brasil é imenso!

Desistir dele é deixar de perceber a beleza que nele contém.

Abrir mão da potência que dele provém.

Vamô junto!

Contra a perda de direitos e o desmonte do país, o lema do povo guerreiro:

“Só a luta muda a vida!”

André do Amaral, 30 anos, paulistano. Escritor e arte-educador formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). Investiga a potencialidade criadora da escrita. Trabalhou em diversos projetos de arte-educação que lhe ensinaram a importância de “desaprender”. Atualmente, é orientador de dramaturgia no Projeto Espetáculo do Programa Fábricas de Cultura, mantém um blog de publicação semanal, ministra encontros de criação literária e desenvolve uma dissertação de mestrado no Instituto de Artes da UNESP. Ver todos os posts de André do Amaral

Artigo: O oprimido e a opressão

Artigo:  Levon Nascimento

ditadura-para-a-ordem-e-para-o-progressoA opressão não seria tão violenta e persistente se não contasse com o conformismo ou, até mesmo, a colaboração dos oprimidos frente aos opressores.

Os 350 anos da brutal e desumana escravidão negra no Brasil não teriam durado tanto se, num dado momento da história, muitos escravizados não tivessem começado a achar que aquilo era destino (sina) e, outros, a navegar no próprio sistema escravocrata, passando a colaborar com seus senhores em troca de pequenos favores, à forma de migalhas: os capitães do mato.

A dominação feminina em diferentes tempos ou em diversos tipos de sociedade, só foi possível graças ao fato da maioria das mulheres aceitarem a condição de submissas ao poder discricionário dos homens. Continue lendo

Brasil: Tributo a Cora Coralina que estaria completando hoje 128 anos de vida

Cora Coralina

Biografia de Cora Coralina

Cora Coralina (1889-1985) foi uma poetisa e contiista brasileira, responsável por belos poemas. Foi elogiada por Carlos Drummond de Andrade.

Cora Coralina (1889-1985) nasceu na cidade de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Seu nome de batismo era Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Tornou-se doceira, ofício que exerceu até os últimos dias de sua vida. Famosos eram os seus doces de abóbora e figo.

Cora Coralina já escrevia poemas em 1903 e chegou a publicá-los no jornal de poemas femininos “A Rosa”, em 1908. Em 1910, foi publicado o seu conto “Tragédia na Roça” no “Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás”, usando o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1911, Fugiu com o advogado divorciado Cantídio Tolentino Bretas, com quem teve seis filhos. Foi convidada a participar da Semana de Arte Moderna, mas é impedida pelo seu marido.

Já em São Paulo, em 1934, trabalhou como vendedora de livros na editora José Olímpio, onde lançou seu primeiro livro, em 1965, quando tinha 76 anos, “O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais”. Em 1976, é lançado o livro “Meu Livro de Cordel” pela editora Goiana. Mas o interesse do grande público é despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.

Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG e foi eleita com o “Prêmio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores, como intelectual do ano de 1983.

Cora Coralina faleceu em Goiânia, no dia 10 de abril de 1985, já se passou 32 anos do seu falecimento.

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HOMENAGEM AO DIA DOS PAIS

Santana
Antônio Santana, Escritor e poeta, condeubense

PAI!
Aquele que cuida, ama e protege a sua família.
Aquele que luta dia após dia para buscar o pão para os seus filhos.
Pai, aquele que ama sem medir esforços;
Aquele que por amor aos filhos trabalha incansavelmente para dar – lhes o melhor.
Pai, aquele que sofre junto e sorri junto, nos melhores e nos piores momentos da vida de um filho.
Pai, que para um filho não tem preço.
Que reconhece no seu pai o valor de um homem batalhador, trabalhador e guerreiro.
Pai, que a exemplo de Jesus Cristo não abandonou os seus discípulos nem mesmo quando caíram na fé.
Que seja um pai herói na virtude e na atitude de como um filho deve proceder na família, na sociedade e no mundo que nos cerca.
PAI, palavra Santa de ordem e de respeito profundo que tantos homens não conseguem alcançar.
Então, digamos no dia de hoje: meu querido pai, meu papai, meu paizinho, meu paizao e o Nosso Grande PAI, na sua infinita Misericórdia ele que é o Deus todo Poderoso.
Que Deus os abençoe!
Um feliz dia dos pais!

 

7 de agosto, comemora-se o dia Internacional do Maratonista

Por Oclides da Silveira

Maratona 1
Dia do Maratonista comemorado Internacionalmente

Neste 7 de agosto reconhecido como o dia Internacional do Maratonista, a Secretaria de Cultura, Desporto e Lazer presta uma homenagem a esses grandes atletas Maratonistas de Condeúba que tanto tem enaltecido nosso município com seguidas vitórias por onde tem disputado competições, quer seja a nível municipal, estadual, nacional ou internacional.

Nunca chegaram aqui desmoralizados pelas más participações nos eventos, muito pelo contrário, sempre tem nos trazido medalhas de boas colocações, o nos engrandece e nos dá mais força para acreditar cada vez mais, nesse grande grupo de atletas, que cada dia vem superando obstáculos, para fortalecer a Maratona do nosso município, que, diga-se de passagem, já tem uma vasta e brilhante história no maratonismo. Continue lendo

Condeúba: Dia 6 de agosto, feriado municipal com festa do Senhor Bom Jesus

Por Oclides da Silveirabj 33 - CópiaFesta do Glorioso Bom Jesus 2017, “somente na morte e Ressurreição de Cristo, podemos encontrar o sentido a Salvação”. É com muita alegria que os festeiros de 2017, convidam toda a comunidade condeubense e vizinha para abrilhantar a nossa festa. Com essas palavras iniciais ditas no convite feito pelos festeiros na primeira novena que ocorreu na noite do dia 28 de julho.

Durante as novenas Celebraram as Santas Missas os Padres José Silva que é o nosso Pároco por quatro vezes, Antonio, Rafael, Noé, Mario e Manoel Celebram uma Missa cada, ainda fizeram a Celebração da Palavra Eva Guimarães e Jairo David. Continue lendo

O jumento é nosso irmão

* Levon NascimentoO jumento é nosso irmão Luiz Gonzaga“O jumento sempre foi o maior desenvolvimentista do sertão!”  disse Luiz Gonzaga.

Nas tais jornadas de junho de 2013, aquelas que não aconteceram por apenas vinte centavos, mas pela entrega do país inteiro aos piratas, teve uma charge de Lúcio contendo duas cenas. Numa, os manifestantes vinham como leões furiosos, gritando contra o Congresso Nacional, sob o título 2013. Noutra, a mesma gente travestida de jumentos digitava na urna eletrônica, legendada por 2014.EleitoresO tal gigante que acordou como leão em 2013 votaria em 2014 como jumento, previa o chargista e o senso comum.

Eu até que poderia concordar, pois na última eleição geral foi escolhida a mais podre composição de deputados federais e senadores da história brasileira.

Gângsteres propinados pela alta burguesia, em negociatas intermediadas pelo execrável Eduardo Cunha, chegaram a número recorde no parlamento, muitos deles com a Bíblia debaixo do braço, a retirar uma mulher honesta da presidência e a manter um ladrão flagrado no supremo comando da República. Continue lendo

Morre o cantor Luiz Melodia aos 66 anos no Rio de Janeiro

melodia
Luiz Melodia

Morreu aos 66 anos Luiz Melodia, um dos grandes compositores do Brasil, autor de sucessos como “Pérola Negra” e “Estácio, Holly Estácio”, conhecido por mesclar o samba ao suingue do soul em um modo original de compor e interpretar. Ele era dono de um estilo único e uma das vozes mais marcantes da MPB.

O cantor morreu por volta das 5h desta sexta-feira (4). Ele estava internado no hospital Quinta D’Or, no Rio de Janeiro e sofria um câncer na medula óssea.

Neste ano, o cantor chegou a ficar mais de três meses internado após ter sido diagnosticado com mieloma múltiplo, um tipo raro de câncer no sangue. Logo em seguida ele iniciou as sessões de quimioterapia.

O tratamento resultou em uma baixa de glicemia e acidez sanguínea, e o artista precisou ser internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) no final de março.

No dia 13 de maio, Melodia passou por uma cirurgia de transplante bem-sucedido de medula óssea, porém a doença não regrediu.

Trajetória

Carioca nascido no morro do Estácio em 7 de janeiro de 1951, Luiz Carlos dos Santos herdou o dom musical do pai.

O pai, no entanto, se opôs de início à carreira musical, que começou mais voltada para a bossa nova e a jovem guarda, até que, depois de chamar a atenção dos poetas Wally Salomão e Torquato Neto, compôs “Pérola Negra”, gravada por Gal Costa no disco “Gal a Todo Vapor”, de 1972.

Saiu em 1973 o disco de mesmo nome, já com o nome artístico de Luiz Melodia. Os discos seguintes consolidaram sua carreira de artista que transitava entre o samba e o soul.

Fonte: UOL, em São Paulo

Condeúba: I Piquenight do Movimento Café com Poemas

CaféSexta-Feira, dia 04 de agosto, a partir das 20 hs na Praça do Leão acontecerá o I Piquenight do Movimento Café com Poemas em Condeúba. A ideia é fazermos um piquenique poético e conversarmos sobre POESIA e outros assuntos….

Levem o seu LIVRO e/ou poema preferidos, seu LANCHE e bebida. Vamos comer, beber e trocar ideias!!!!
Ah! Levem almofadas ou panos para sentarmos!!

Att.: Equipe Mov. Café com Poemas em Condeúba