Caetité poderá ter barragem de rejeito em projeto da Bahia Mineração
Em Caetité, está localizada uma das maiores reservas de minério de ferro do país. A Bahia Mineração (Bamin), que é detentora dos direitos de exploração do local desde 2007, vem tentando implantar uma barragem de rejeito na região e o projeto envolve diversas questões polêmicas.
A barragem vai trazer impactos aos moradores dos distritos de Guirapá, Brejinhos das Ametistas, além de várias comunidades rurais no entorno. Os locais estão na divisa das cidades de Caetité e Pindaí. De acordo com o Caetité Notícias, uma área de 719 hectares pode ter a vegetação suprimida e alagada pelo empreendimento que irá receber os rejeitos da produção, os quais são altamente perigosos em caso de desastre.
Líderes comunitários reprovam o projeto, pois acreditam que o mesmo irá prejudicar a região. Para as lideranças que representam 600 famílias, a Bamin que acabar com os locais com a melhor oferta de água doce dessas comunidades, visto que irão desaparecer 27 nascentes e poços artesanais usados pela população da região.
O Ministério Público, que vem acompanhando o projeto de perto já recomendou à Bamin que altere o local da barragem e que faça um estudo mais profundo dos impactos para o meio ambiente e para a sociedade. Com o projeto, a empresa estima explorar 470 milhões de toneladas de minério de ferro.
Bahia tem 14 barragens de rejeitos; duas estão na região Sudoeste
Segundo dados da Agência Nacional de Mineração na Bahia (ANM), o estado tem um número muito menor de barragens de rejeitos, em relação a Minas Gerais. No território baiano são 14, desse total, duas estão na região Sudoeste: uma em Brumado e outra em Guanambi.
Ainda conforme a Agência, a Bahia não tem registro de acidentes com barragens de rejeitos. Mas, como medida preventiva, haverá intensificação do monitoramento das unidades. Assim, a partir da semana que vem, já será feita uma reunião para retraçar os planos de monitoramento das barragens baianas.
As barragens que têm mais alto potencial de dano, ainda de acordo com a Agência, são as localizadas em Jacobina (2), Santa Luz (1) e Itagibá (1), mas elas estão sendo monitoradas, inclusive presencialmente, e as empresas estão cumprindo os condicionantes impostos pela ANM.
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