CAETANO VELOSO – 50 ANOS DE BOA MÚSICA
Por Thiago BragaNos anos 60, uma novidade surgiu no centro velho, em Salvador, alegrando o Pelourinho. Dono de uma bela voz, Caetano sabia aonde queria chegar, fazendo novos amigos e rendendo elogios pelo talento como músico. Se apresentou em bares da cidade, atraindo muitas pessoas que vinham ouvi – lo cantar. Nunca deixou para trás a irmã Betânia, sua companheira de palco. Juntos, postavam – se nas rodas sociais, como a dupla de cantores que ilustrava a Bahia cheia de luz.
De degrau em degrau, o cantor ganhou simpatia dos amantes da boa música. De modo acanhado, foi entrando sem bater nas festas da época, dando brilho às noites seteropolitanas. Um ritmo diferente que misturava poesia e realidade.
Anos mais tarde, se tornaria o grande nome da Tropicália. Esse movimento o colocou no auge da fama. Isso se estendeu nos shows que passou a fazer longe de casa, já sendo considerado um mito da música popular brasileira. O jovem prodígio conquistou lugar de destaque na música nacional. Virou manchete em alguns jornais de esquerda. Era época da ditadura. A repressão esteve em todo lugar, inclusive nos estúdios e gravadoras, pois o som amador foi proibido de continuar funcionando pelo país.
Cada melodia conta uma história inspirada no gosto pela vida. O compositor baiano, filho de Dona Canô, conta hoje com 76 anos de idade. Parte deles, dedicados à arte musical. As experiências continuam vivas através de uma obra gigantesca em forma de álbuns, discos e CDs. Caetano Veloso tem espaço garantido na MPB, razão pela qual é querido por várias gerações. Traz consigo o antigo violão de cordas, uma peça rara, que desde sempre acompanha o artista em sua longa trajetória.
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