Ato de amor: no mês de conscientização sobre a leucemia, hematologista do Icon alerta para a importância da doação de medula óssea

O mês de fevereiro é marcado por debates importantes sobre a doença que é a segunda maior causa de mortes no mundo: o câncer. O mês tem como foco o Dia Mundial do Câncer e a cor laranja, símbolo da luta e conscientização sobre a leucemia, um tipo de câncer no sangue que atinge cerca de 10 mil brasileiros por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Trazer estas questões à tona faz parte da necessária mobilização coletiva pela prevenção dos mais diversos tipos de câncer e pelo incentivo à doação de medula óssea, pois o transplante é uma das formas de tratamento da leucemia.

A hematologista do Instituto Conquistense de Oncologia (Icon) Dra.Daniele Pedreira explica o que é a leucemia: “uma doença maligna que leva ao acúmulo de células imaturas (blastos), que substituem as células normais, e provocam a anemia, redução de células vermelhas que pode ocasionar sangramentos”. Segundo a hematologista, a doença pode ser classificada como aguda ou crônica (as crônicas são mais comuns em adultos e idosos e as agudas são mais comuns também em idosos e em crianças).

Infelizmente, a maioria dos casos de leucemia não podem ser evitados, por isso é fundamental a realização de exames de rotina, como o de sangue, para auxiliar no diagnóstico precoce. Entretanto, alguns fatores de risco devem ser observados, como “tabagismo, benzeno (composto orgânico utilizado como matéria-prima na produção de muito produtos, como plásticos), radiações ionizantes, quimioterapia, doenças autoimunes, histórico familiar de neoplasia e vírus como o HIV e o HTLV”, alerta a doutora.


A hematologista ressalta também que os principais sintomas da leucemia podem ser encontrados em outras patologias, destacando “a fadiga, o cansaço, dor de cabeça, falta de ar, perda de peso, febre, infecções graves ou de repetição, sangramentos, como manchas roxas ou sangramento da gengiva e nariz, e aumento de gânglios”.

Doação de medula óssea A leucemia necessita de tratamento quimioterápico mas, muitas vezes, também há necessidade de um transplante de medula óssea em pacientes de alto risco. “Para ser doador, basta ter entre 18 e 55 anos, apresentar boas condições de saúde, não ter sido diagnosticado com câncer, não ter doenças no sangue, no sistema imunológico ou doenças infecciosas e se cadastrar no Banco de Sangue mais próximo”, explica Dra. Daniele. Após o cadastro, o doador faz a coleta de 5ml de sangue para testes de compatibilidade e o resultado fica arquivado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), aguardando um paciente compatível.

Doar medula óssea significa doar esperança, a possibilidade da sobrevivência e de recomeço para uma outra pessoa.

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