A vida é como uma poesia clássica, fina e contagiante

Por Paulo Henrique Cordeiro
Sra. Helena dos Santos Porto, morreu no dia 19 de setembro de 2022 aos 92 anos de idade

A vida é como uma poesia clássica, fina e contagiante para a alma e o paladar que degusta cada palavra recitada. A vida inteira é poesia!                                                                                                  Condeúba em poesia e seus versos de tamanha alegria! Não dá pra imaginar, mas, a cidade sempre foi um celeiro de artistas incontáveis: poetas, escritores, cantadores, artistas de teatro, pintores, escultores, fotógrafos e até compositores.
Pobres e ricos, grandes e pequenos, quantos talentos ressuscitados e em ascensão!!! Das peças teatrais de Delvarte Souza até as canções de uma serenata no açucareiro de Seu Osmar e Professora Marlene.
A Filarmônica Santa Cecília de Seu Clemente maestro, Seu Dione no órgão da Matriz, Seu Alípio que tocava feliz e outros nomes mais…
Mas aqui, quero destacar uma artista em especial: Uma mulher frágil, muito frágil, mas forte e resistente ao tempo, que sobreviveu a 92 anos, cantando e jogando versos, recitando e distribuindo simpatia… Dona Helena Porto, nossa poetisa clássica de Condeúba.
Infelizmente, nem todos sabem disso e é preciso contar e continuar contando para as próximas gerações, que Dona Helena era amante da boa poesia brasileira. Ela lia Carlos Drumond de Andrade, Castro Alves, Manoel Bandeira e tantos outros. Ela recitava e tinha as poesias memorizadas em sua mente brilhante.
Quando convidada, e sem pestanejar lá estava ela para recitar nos eventos cívicos ou nas festinhas da Terceira Idade.
Helena foi uma artista de Condeúba e merece nossa homenagem nestes 162 anos de emancipação, dos quais ela participou de uma boa parte deles.
Um dos poemas que ela recitava era esse belíssimo de Casimiro de Abreu:

Todos cantam sua terra
Também vou cantar a minha
Nas débeis cordas da lira
Hei de fazê-la rainha
Hei de dar-lhe a realeza
Nesse trono de beleza
Em que a mão da natureza
Esmerou-se em quanto tinha.

Aos poetas e poetisas de Condeúba a nossa mais sincera homenagem e gratidão! São ilustres condeubenses que vivem em cada coração. Dona Helena já descansou o sono dos justos, porém seu legado é imortal. Agora é poetisa do paraíso e recita para os anjos uma poesia de vida eterna e celestial.

Helena, seu canto em versos
Suas poesias recitadas
Seu carisma e seu afeto
Seu sorriso conquistava
Helena de poesias clássicas
De paladar aguçado pra saborear as rimas
Helena doce menina
Helena Porto, Helena Patente, Helena poetisa fina!

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