Morre a atriz Eva Wilma, aos 87 anos de idade
Eva Wilma Riefle Buckup nasceu em 14 de dezembro de 1933, na cidade de São Paulo. Ela iniciou a carreira artística aos 19 anos, no Ballet do IV Centenário de São Paulo, abandonando a dança pouco depois, quando recebeu os convites para integrar o Teatro de Arena e, o programa “Alô Doçura”, da TV Tupi.
O seriado ficou dez anos no ar e a atriz dividia espaço na atração com John Herbert, com quem se casou em 1955. Eva e John se separaram em 1976. Juntos, tiveram dois filhos, Vivien e John Herbert, conhecido profissionalmente como Johnnie Beat.
Três anos depois da separação, a atriz se casou com o ator Carlos Zara, que morreu em 2002.
Além da dança e da atuação, Eva sempre foi muito conectada às artes, tendo aulas de canto, piano e violão com Inezita Barroso.
“A música fez parte da minha formação escolar e familiar. Meus pais eram muito musicais. Em casa, gostávamos de nos revezar no piano”, afirmou Eva em entrevista ao G1.
Ao longo da carreira, Eva estrelou dezenas de novelas como Meu Pé de Laranja Lima (1971) e a primeira versão de Mulheres de Areia (1973), na qual interpretava as gêmeas Ruth e Raquel. Vinte anos depois, no remake da trama, o papel foi de Glória Pires.
Eva também deu vida à vilã Altiva, de “A Indomada”, que rendeu vários prêmios para atriz.
Pedra sobre Pedra (1992), O Rei do Gado (1996) e “Começar de Novo” (2004) foram outras obras que tiveram a participação da atriz.
Seu último trabalho para a TV foi em 2015, em “Verdades Secretas”, na qual interpretou Dona Fábia, uma alcoólatra, amargurada e aproveitadora, que extorquia o filho Anthony (Reinaldo Gianechini). Eva também foi premiada pelo projeto.
Apesar do extenso trabalho na TV, Eva nunca abandonou a carreira no teatro, recebendo inúmeros prêmios por seus trabalhos no palco. Em “Queridinha Mamãe” (1994), recebeu os troféus dos Prêmios Molière, Shell e Sharp.
Em 2017, Eva ainda participou do show “Crise, que crise?”, idealizado por seu filho. Nele, a atriz soltava a voz, retomando o que já havia feito no musical “Oh! Que Delícia de Guerra”, nos anos 1970.
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