Deputado Daniel Silveira, marqueteiro de Bolsonaro são alvos de busca da PF

Ministro Alexandre de Moraes autorizou 21 mandados pedidos pela PGR; Silveira ficou conhecido por ter quebrado a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco
O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) Foto: Divulgação

BRASÍLIA E RIO — A Polícia Federal (PF) deflagrou operação nesta terça-feira contra bolsonaristas acusados de apoiar a realização de atos antidemocráticos, que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. A PF cumpre 21 mandados de busca e apreensão solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Um dos alvos da operação é o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que é investigado no caso. Daniel ficou conhecido na campanha eleitoral de 2018 por quebrar uma placa com o nome da vereadora Marielle Franco, assassinada naquele ano.

Silveira, que integra da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, publicou em seu Twitter que agentes da Polícia Federal estão em seu apartamento na manhã desta terça-feira.

“Polícia Federal em meu apartamento. Estou de fato incomodando algumas esferas do velho poder. E cada dia estarei mais firme nessa guerra!”, escreveu o deputado.

Também são alvos de buscas o advogado Luís Felipe Belmonte, um dos fundadores do novo partido do presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, e o marqueteiro do partido, Sergio Lima.

O deputado Daniel Silveira é o único alvo com foro privilegiado da operação. Os demais são empresários e outros apoiadores dos atos antidemocráticos. A PF também cumpriu buscas contra o blogueiro Allan dos Santos, que já havia sido alvo do inquérito das fake news, e contra o youtuber Ravox Brasil.

A ação foi batizada pela PF como Operação Lume, uma referência à necessidade de iluminar os investigados para que todos fatos relacionados à autoria, materialidade e circunstâncias de financiamentos desses grupos sejam revelados.

A ação desta terça-feira estava prevista antes da operação que realizou prisão da ativista Sara Winter, deflagrada na segunda-feira. Porém, como as prisões eram mais urgentes, houve uma mudança na cronologia da operação.

O objetivo dos investigadores é descobrir os financiadores do grupo que tem realizado protestos pelo fechamento do Congresso Nacional e com ataques ao Supremo Tribunal Federal. A suspeita é da prática de crimes enquadrados na Lei de Segurança Nacional.

 

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