Condeúba: Um capítulo de sua História

Por Cleyton Silveira

Desde 1831, o povoado de Santo Antônio da Barra pertencia à província de Minas Gerais. A mudança de jurisdição só ocorreu após 1839, época em que Santo Antônio da Barra atingiu a população estimada de 10 mil habitantes, valendo ressaltar que isso foi uma reivindicação dos dirigentes locais. A freguesia de Santo Antônio da Barra foi criada em 19 de maio de 1851, através da Lei Provincial n° 413, em função do crescimento do local. Com o desmembramento da freguesia, que anteriormente pertencia ao município de Caetité, nasceu, a partir da Lei nº 809, de 11 de junho de 1860, assinada por Antônio da Costa Pinto, presidente da Província da Bahia, a Vila de Santo Antônio da Barra, pertencendo ainda à jurisdição da Comarca de Caetité. A emancipação política só foi instalada em 14 de maio de 1861. A população cresceu consideravelmente, registrando 21.023 habitantes no censo geral de 1872, e 28.291 em 1892. Ganhou o status de cidade, uma antiga aspiração da comunidade, só em 28 de junho de 1889 (há menos de cinco meses para a proclamação da República), com a mudança do topônimo para Condeúba. Nessa época, a sede do poder público municipal era o Paço Municipal, construção inspirada no “Palácio do Catete”, sede da presidência da República na ex-capital do Brasil, o Rio de Janeiro.

Dentre tantas figuras marcantes do nosso Município, tive a oportunidade de falar com Elpídio Benigno da Silveira (in memoriam) filho de Condeúba, mas que conduziu sua família no Município de Nova Canaã / Ba. Casado com Regina da Silva Cordeiro (in memoriam) e pai de 8 filhos, 20 netos e 33 bisnetos.

Em Julho de 2009, fiz uma visita e conversando sobre Política ele me ratificou que para o cidadão (apenas homens) obter o direito de votar era necessário fazer um pronunciamento perante ao Juiz Eleitoral, mostrando ter conhecimentos  para decorar um requerimento e apresentá-lo de forma oral à Autoridade Eleitoral, com isto mostra as dificuldades na época e que além dos analfabetos, nem todos tinha direito a voto.

Adepto as histórias, e como achei extremamente importante, pedi ao Sr. Elpidio Benigno da Silveira que pronunciasse a fala novamente para poder gravar. Na época ele se encontrava com 97 anos de idade.

Estamos vivendo um momento de transição política e ano eleitoral, achei interessante compartilhar pois, vimos o quanto é importante votar, o que nem todos os cidadãos atualmente demonstram interesse.

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