PF indicia Mário Negromonte, Roberto Brito e Negromonte Jr por corrupção

A Polícia Federal indiciou os deputados federais baianos, Mário Negromonte Júnior (PP-BA) e Roberto Britto (PP-BA). Além deles o ex-ministro de Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas da Bahia, Mário Negromonte também foi indiciado. Todos foram indiciados por corrupção passiva qualificada, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Mario Negromonte Júnior também foi imputado crime de ameaça. A PF aponta que ele tentou obstruir as investigações da Lava Jato, ‘fazendo ameaça velada à integridade física do ex-deputado João Argolo e seus familiares na tentativa de evitar que ele fizesse acordo de delação premiada’.

Minutos antes de receber a informação do indiciamento, o deputado federal Mario Negromonte Junior (PP) acompanhava a reunião da comissão especial que a analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ele havia dito à reportagem do Bocão News que estava tranquilo, assim como o pai, conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios, Mário Negromonte. Mal sabia ele que pouco tempo depois a tranquilidade acabaria.

Após sair da sala onde aconteceu a sessão da comissão, Mário falou com a reportagem novamente afirmou que não sabia do que se tratava ainda que consultaria os advogados para tomar pé da situação.

Conforme o Diário do Poder, a polícia concluiu que eles receberam reiteradas vezes entre 2006 e 2014 propina proveniente de contratos da Petrobrás com as empresas Braskem/Odebrecht, Queiroz Galvão, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior e Andrade Gutierrez. O esquema era operado pelo doleiro Alberto Youssef, delator da Lava Jato e um dos personagens centrais da Lava Jato.

Mario Negromonte era líder do PP e participava, segundo a PF, de uma organização criminosa, que ao longo de 8 anos movimentou a cerca de R$ 500 milhões ’em recursos efetivamente desviados da Petrobrás’, por meio de doações eleitorais fraudulentas, repasses em espécies e custeio de despesas pessoais dos envolvidos e a terceiros a eles ligados.

As investigações da PF identificaram que os responsáveis pelas empreiteiras além de pagarem propina em espécie aos envolvidos de R$ 300 mil, em média, por mês para cada um, também realizavam depósitos em contas correntes de pessoas por eles indicadas.

Com informações de Luiz Fernando Lima

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