Correntina: milhares de pessoas ocupam as ruas de forma pacífica em defesa do Cerrado Notícias, Oeste da Bahia
Por Laura Rejanne
“A pesar da data da manifestação na cidade de Correntina ter sido dia 11 de novembro, mesmo assim achamos muito oportuno a republicação dessa matéria, pois, a veemência da falta de água em todo o país é uma realidade, em especial nas regiões nordestina. Aqui em Condeúba é um verdadeiro flagelo neste período de seca, pois estamos com a barragem do Distrito do Alegre totalmente seca, e as demais muito vazias, a nossa represa do Champrão não sabemos até onde aguenta, a cidade só aumenta o numero de moradores, a Embasa por sua vez aumenta a rede de consumidores, nenhuma providência é tomada no sentido de desassoreamento da Barragem, estamos muito preocupados com essa questão, povo condeubense, está na hora de agir antes que seja tarde demais, vamos às ruas para uma manifestação semelhante essa da cidade de Correntina, só assim podemos sensibilizar as autoridades competentes”.
Milhares de pessoas ocuparam as ruas de Correntina durante a manhã de sábado dia (11) de novembro, de forma pacífica e determinada, em protesto contra o uso predatório dos recursos naturais do Oeste da Bahia. A concentração começou a partir das 6h30 com a chegada dos primeiros participantes, que trouxeram cartazes, cantaram e gritaram palavras de ordem durante todo o percurso.A multidão foi formada por pessoas da sede e zona rural, juntamente com centenas de participantes oriundos de vários municípios do Oeste da Bahia, que caminharam pelas principais ruas da cidade, com encontro final marcado para o Ranchão. O Deputado Federal José Rocha (PR) teve que abandonar a manifestação ao ouvir protestos da multidão, que exigia a sua retirada.Além da presença maciça da juventude organizada e comunidades religiosas, autoridades públicas também participaram do percurso. O Juiz Federal Leonardo Hernandez Santos e do Bispo da Igreja Católica caminharam lado a lado com a multidão.Populares conversaram com a reportagem, reforçando a decisão de permanecer em luta contra o uso destrutivo da natureza pelo agronegócio, além de reclamarem contra a presença ostensiva da polícia em uma manifestação pacífica. Testemunhas disseram que o helicóptero utilizado pelas forças policiais executou vôos rasantes sobre a multidão, considerando que se tratou de estratégia para intimidar a população.“Não somos terroristas nem criminosos, apenas estamos lutando pela sobrevivência do nosso bem maior: nossos rios. Pois água é vida”, registrou uma manifestante no seu cartaz.
Representantes da Igreja Católica e Justiça Federal
Nenhum incidente foi registrado durante a manifestação e a multidão ainda se encontra na memória daqueles que participaram e viram in loco. A participação da Polícia Militar não trouxe embaraços à caminhada da população, segundo os próprios manifestantes.
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