Tributo à Memória do Senhor Rômulo Moraes Magalhães
Por Paulo Henrique
Neste domingo, iniciando as festividades do Senhor Bom Jesus, Condeúba se despede de um ilustre cidadão baiano e brasileiro, que adotou a nossa cidade como sendo o seu lugar. Aqui, Rômulo fez história e percorreu um caminho de vida ao lado de sua esposa Fátima, seus filhos e inúmeros amigos.
Condeúba, uma cidade tão doce que cativou o amigo Rômulo, o qual veio para trabalhar, mas decidiu ficar e construir laços de fraternidade, carinho e amor.
Sua casa, sempre aberta para um bom São João com os amigos que iam visitá-lo ou para uma santa novena de Natal, desejada por sua esposa. Ah, e as pastorinhas? Já passamos por lá também e nos deparamos com uma casa alegre, farta, abençoada pelo Senhor Menino.
Rômulo, às vezes discreto, reservado, porém, alegre, acolhedor e simpático com todos.
No bar de Pedro, degustava a sua cerveja, a sua pinguinha e batia um bom papo com os melhores amigos que fez ao longo desses anos todos em Condeúba. O bar de Pedro era um cantinho especial e que ele adorava visitar.
Um homem de princípios, muito ponderado, equilibrado em suas posições e cuidadoso. Nos últimos tempos, dedicava-se aos cuidados de sua querida mãe e compartilhava a alegria de viver com seus filhos.
Na sociedade civil, sempre foi um bom cumpridor de seus deveres, honrando a sua cidadania e praticando o bem coletivo, prezando pela ordem e pelos melhores princípios e valores.
Ingressou na Maçonaria e percorreu um caminho frutuoso na loja Maçônica Filhos da Luz, coerente com a organização e suas diretrizes, sem criar conflitos religiosos ou de interpretações duplas que pudessem trazer divisão. Acho que ele soube conciliar bem os valores da fé, mesmo sabendo que a Igreja e a Maçonaria nutriram uma certa censura e distanciamento ao longo dos séculos. Coisas de razões históricas, mas que são superadas pela nossa capacidade de diálogo.
Sobre a religiosidade de nosso amigo, pouca gente sabe, mas, ele tinha uma amizade verdadeira com o padre Giuliano, quando esteve residindo na Paróquia de Santo Antônio. Rômulo fazia as caminhadas, as viagens e tinha um relacionamento tão bom com o sacerdote que, depois de sua partida, foi a Itália com Fátima, Dinha e Tião, apenas para visitar o presbítero amigo.
Muito atencioso, sempre ligava pro padre e enviava uma revista brasileira pelos correios, a fim de que o amigo estivesse atualizado sobre as notícias do Brasil. Era uma revista que o padre lia e assinava aqui. Coisa simples, mas que representava bastante a amizade de ambos.
A páscoa de Rômulo, aconteceu rapidamente e nos deixou perplexos com a notícia de uma morte súbita, mas serena e sem sofrimentos. Acho que ele terminou a sua carreira aqui. Chegou o tempo de voltar pra casa, a casa do Pai Eterno.
Não nasceu aqui, mas se tornou um membro da nossa família comunitária, a nossa família maior. Ele agregou valores, deixou legado, semeou a paz e a saudade ficará para sempre.
Escrevo essas pobres palavras para agradecer ao amigo, por ter escolhido a nossa cidade para viver e trabalhar.
Condeúba se despede de você Rômulo! Vá em paz e descanse no seio do Deus da vida, o Deus que te ama com amor incondicional!
Com muito sentimento;
Paulo Henrique Cordeiro Rocha
Sem palavras…!
Perdemos um valoroso Irmão, a Maçonaria perdeu um exemplar operário, a família perdeu um pai zeloso, um marido amoroso um avô presente, um irmão cuidadoso, um filho dedicado, a comunidade perdeu um grande cidadão, Condeúba perdeu um de seus filhos ilustres… Em fim, todos perdemos um grande HOMEM.
Que o G:.A:.D:.U:. Conforte o coração de todos.
Vai com Deus meu IR:. Rômulo!!