A esperança de tempos mais brandos no relacionamento entre a prefeita Sheila Lemos (UB) e o Sindicato do Magistérios dos Professores de Vitória da Conquista (Simmp) se esvaiu por completo nesta quinta-feira (15), durante a Jornada Pedagógica 2024. O Sindicato protestou na presença da gestora no evento.
A presidente do Simmp, Greissy Leôncio, adotou um tom fúnebre em sua fala. Ela chegou a pedir meio minuto de silêncio em protesto pela atual situação da Educação Municipal. “Pedirei meio minuto de silêncio pela situação em que se encontra a educação do nosso município. Porque enquanto tivermos escolas com puxadinhos, a educação está de luto. Enquanto a gente tiver crianças e adolescentes com deficiência sem acesso à escola por um semestre inteiro, a educação está de luto. Enquanto a gente tiver rebaixamento na carreira do professor, desvalorização, não cumprimento do piso, a educação está de luto”, introduziu Greissy.
A exoneração dos professores aposentados voltou a ser pautada. O Simmp vem criticando a forma como o processo foi feito e exigindo o cumprimento da liminar conseguida pelo Sindicato que determina a volta de 156 professores e outros servidores municipais, também aposentados, de outras áreas, ao serviço. Com a decisão judicial, o Simmp cobra além da reintegração o pagamento dos salários e do 1/3 de férias desses servidores.
A fala da presidente do Simmp foi endossada por cartazes que cobravam o pagamento dos salários. Além da prefeita, o protesto também ocorreu na presença do secretário de Educação, Edgard Larry. Na última sexta-feira (09), os servidores protestaram na porta da rádio onde Sheila daria uma entrevista, mas acabou por não comparecer na última hora.
“A recente exoneração dos nossos colegas aposentados, que não tiveram tempo razoável para se prepararem financeiramente e encontram-se na iminência de uma falência pessoal. Tampouco tiveram tratamento digno por parte da administração municipal depois de tantos anos de serviços prestados. […] Eu gostaria que vocês se imaginassem deixando a Rede Municipal da forma como nossos colegas estão deixando, como se fossem descartáveis, sem nenhum tipo de valorização ou de respeito”, afirmou.
Por fim, Greissy utilizou o slogan da administração municipal, dizendo que “não existe uma Gestão para Pessoas, sem respeito e empatia”.
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