Por: Gibran Mendes
A organização do acampamento pró-Lula em Curitiba (PR) afirma que a militância foi atacada duas vezes nesta terça-feira (17), inclusive com barras de ferro. Segundo a comunicação do movimento, duas pessoas ficaram feridas, foram atendidas e já estão em casa.
Após acordo com o governo do estado, o acampamento foi transferido nesta tarde da frente da Polícia Federal, onde o ex-presidente cumpre pena, para um terreno a cerca de 1 km.
Doutor Rosinha, presidente do PT-PR, gravou um vídeo no qual relata que, durante esta transferência, manifestantes foram agredidos violentamente com barras de ferro. “Agora mesmo, passam dezenas de pessoas ameaçando, provocando, agredindo verbalmente, e nós estamos respeitando a todos. Quando há qualquer coisa, vão dizer que nós somos violentos”, afirmou.
Na gravação, Rosinha pede que as autoridades paranaenses garantam a segurança dos manifestantes com patrulhamento fixo no local.
Em nota, a organização fala em dois ataques. Um teria ocorrido contra manifestantes que atravessavam a avenida Paraná, próxima ao acampamento. O outro teria sido realizado à noite por um grupo da torcida organizada Império Alviverde, do Coritiba.
“A organização do acampamento Lula Livre exige dos órgãos de segurança pública uma resposta quanto ao não cumprimento do acordo estabelecido em reunião. Ainda pede que as medidas cabíveis sejam tomadas e que a segurança seja efetiva nos locais onde permanecem os acampados”, diz a nota.
A secretaria de Segurança do Paraná ainda não se manifestou sobre o caso.
NOVO ACAMPAMENTO
O acampamento pró-Lula foi transferido nesta terça para um terreno a cerca de 1 km da PF, onde os manifestantes realizarão suas refeições e dormirão. Os atos políticos, no entanto, continuarão a ser realizados em frente à polícia. A decisão foi tomada em acordo entre o PT e a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e o governo do Paraná.
Na última sexta-feira (13), a Justiça do Paraná havia fixado multa diária de R$ 500 mil para os manifestantes que permanecessem em frente à PF, à revelia de liminar que proibiu a montagem do acampamento na região. A Justiça argumentou que moradores estavam sendo prejudicados por falhas na iluminação pública e na coleta de lixo.
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