Vacina: sinônimo de cidadania
Nasci numa família muito humilde. Meus pais não tiveram acesso à escola no tempo certo, muito menos à certidão de nascimento e a programas de imunizações em sua infância. Eles nasceram no Brasil da década de 50 do século XX.
Então, desde muito cedo, ao contemplar meu registo civil e minha carteira de vacinação, e sempre atento às histórias legadas pela família, sobre o quanto tudo fora e era difícil para se alcançar, entendi que aqueles dois documentos eram símbolos de um novo tempo. Por menor que fossem, eram sinais de que aquele núcleo familiar brasileiro adentrava ao até então restrito círculo da cidadania.
Sim! Era uma riqueza! Ter data de nascimento anotada, nomes de pai e mãe, teto e vacina tomada para impedir a paralisia infantil, a varíola, a febre tifoide e o sarampo. Mais: um verdadeiro acerto na loteria poder frequentar a escola pública e gratuita.
Hoje, quando vejo o irresponsável-mor da República, aquele ser inominável que nos presidente, espalhando mentiras e acumpliciando-se ao assassinato do povo, por dificultar o acesso às vacinas anti-covid e também desacreditá-las junto à massa ignara, pela divulgação de bizarras teorias de conspiração, sinto asco, nojo e repulsa!
Como pode alguém que se diz cristão ser tão mentiroso e sórdido?
É muito atraso o que este triste país vivencia desde o Golpe de 2016:
Reforma Trabalhista com promessa de gerar mais postos de trabalho, mas que fez explodir o desemprego;
Reforma Previdenciária que diminuiria o rombo na previdência, mas que não atingiu as castas judiciárias, políticas e militares;
Um Ministério da Saúde que promove fake news, espalha teorias da conspiração, ignora a ciência médica, desmonta os históricos programas nacionais de imunização, etc.
Enfim, o Brasil do presente quer a todo custo interromper o acesso à cidadania que a minha geração timidamente alcançou.
A pretensão desse (des)presidente é retroceder mais de que aos anos 50, mas à Idade das Trevas.
É matematicamente óbvio que as vacinas reduzem mortes e internações graves. Só não vê quem está “drogado” pelas mentiras do nazifascismo.
Vacinemo-nos! Vacinas para nossas crianças!
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