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Condeúba: Este ano pela segunda vez, não serão homenageados especificamente os condeubenses ausentes

 

Palco do São João em Condeúba com o sanfoneiro Edinho Lima – Este ano não haverá festividades e nem homenagens aos condeubenses ausentes por conta da pandemia

Nos anos anteriores a essa pandemia, neste dia 21 de junho, sempre foram homenageados os condeubenses ausentes, ou seja, aqueles filhos ou amigos de Condeúba, mas que fizeram ou ainda fazem algo relevante pelo município, e que via de regra moram fora. A Lei Municipal nº 962 de 12 de junho de 2017 que oficializa essas homenagens aos seus filhos ilustres, foi criada por iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura, Desporto e Lazer com apresentação na Câmara pelo então vereador Toinho Terêncio.

A Secretaria Municipal de Cultura, Desporto e Lazer já homenageou diversas personagens como artistas musicais, na área de pintura, educação, empresário e outros. Desde 2020 que a Secretaria de Cultura não fez mais essas homenagens aos condeubenses ausentes, que foram interrompidas por força da pandemia.

O jornal Folha de Condeúba juntamente com a Rádio Liberdade FM, através do programa do nosso querido amigo  “Cassinho”, faz menção e homenageia neste dia 21 de junho, todos os queridos condeubenses e amigos de Condeúba, que se encontram morando fora de nosso domicílio. Muitos deles com certeza, não poderão vir aqui neste período de festas junina este ano, por conta dessa terrível pandemia que assola o mundo e também nosso município.

O artista condeubense Eduardo Viana musicou um poema em estilo vaquejada

Autor: Eduardo Lima de Sousa Viana
Título: Galope e Vaquejadas

De tudo que mais gosto dessa vida
É meu cavalo minha viola
Meu berrante e meu gibão
Hoje o boi anda ligeiro
É trem cargueiro carreteiro
É navio anda até de avião
Mas minha sina de vaqueiro
Disso eu não abro mão

Já rodei muito tempo
Pelas bandas do sertão
Tocando gado na estrada
Levando minha boiada
Com meu berrante na mão
Era eu era meu Mano
E meu cavalo furacão
O corisco das vaquejadas
E em todas as festas de peão
Hoje desmontei da sela
Mas do sonho não abro mão
Pois a beleza dessa erra
Dilacera o coração

Hoje é o trem cargueiro
Que leva o gado no vagão
E eu sou um vaqueiro
E levo a sina de peão
Hoje é o trem cargueiro
Que leva o gado no vagão
E eu sou um violeiro
Mensageiro do sertão
Guardei minha indumentária
De boiadeiro laçador
Na velha ferroviária
E a boiada o trem levou

O grande artista condeubense radicado em São Paulo, ele é cantor, compositor e escritor Eduardo Lima de Sousa Viana, está concluindo mais um livro, de onde extraiu esse lindo poema, que ele mesmo musicou em ritmo sertanejo e estilo de vaquejada. Nós do Jornal Folha de Condeúba parabenizamos Eduardo por todo esse seu trabalho maravilhoso retratando o mundo no seu contexto riquíssimo direcionado à Cultura popular e principalmente pela sua fidelidade ao seu torrão natal.