Pesquisa eleitoral 2022: Lula tem 45% e Bolsonaro cai para 33%, aponta Datafolha

IGOR GIELOW

Os líderes da corrida presidencial de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 45% e Jair Bolsonaro (PL) com 33%.

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os líderes da corrida presidencial de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), viram as peças de suas intenções de voto se movimentarem no principal tabuleiro da disputa, a populosa região Sudeste.

Ela concentra 43% do eleitorado do país e tem em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro 3 dos 4 maiores cestos de votos em jogo –o quarto é a Bahia. Em terras paulistas e fluminenses, Lula viu sua vantagem aumentar sobre o presidente, que por sua vez ganhou terreno entre os mineiros.

É o que aferiu a nova pesquisa do Datafolha, feita da terça (13) à quinta (15).

A maior mudança ocorreu em Minas, onde o governador Romeu Zema (Novo) já foi um grande aliado de Bolsonaro, mas descolou-se um tanto nesta campanha que lidera com folga sobre Alexandre Kalil (PSD). O atual titular tem 53%, ante 25% do ex-prefeito de Belo Horizonte –a margem de erro ali é de três pontos para mais ou menos.

Lá, Lula caiu de 47% das intenções de voto para 43% do levantamento feito pelo instituto há duas semanas. Bolsonaro, por sua vez, oscilou positivamente de 30% para 33%, reduzindo assim de 17 para 10 pontos a diferença entre os dois. Ciro Gomes (PDT) manteve os 8% que tinha, assim como Simone Tebet (MDB) ficou com 4% anteriores.

No maior colégio eleitoral do país, São Paulo, o petista oscilou positivamente de 40% para 43%, enquanto o presidente foi de 35% para 33%. Com isso, Lula tem dez pontos de vantagem sobre Bolsonaro. Ciro e Tebet seguiram no mesmo patamar, com 9% e 7%, respectivamente.

No estado, esse desempenho de Bolsonaro se reflete na estabilidade de seu afilhado na disputa local, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que oscilou de 21% para 22%, sendo alcançado na margem de erro de dois pontos pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB), com 19%. O líder segue sendo Fernando Haddad (PT), que acompanhou o seu padrinho Lula e oscilou para cima, embora menos: de 35% para 36%.

Já no Rio de Janeiro, Lula foi de 42% para 44%, na margem, e Bolsonaro estacionou em 36%. Ciro oscilou de 8% para 6% e Tebet manteve seus 4%. Ali, o nome associado ao bolsonarismo é o governador Cláudio Castro (PL), à frente numericamente no empate técnico na margem de três pontos com Marcelo Freixo, do PSB: 31% a 27%.

Feito de terça (13) a quinta-feira (15), o levantamento tem margem de erro geral de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, considerando um índice de confiança de 95%. O instituto ouviu 5.926 eleitores em 300 municípios. A pesquisa, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-04099/2022. Em São Paulo, ouviu 1.808 eleitores; no Rio, 1.202; em Minas, 1.212.

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