Pauta para entrevista regional, Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo
Pauta para entrevista regional, Trabalho de Conclusão do Curso de Jornalismo pela Universidade Paulista – UNIP
Tema:
Imprensa regional no contexto do processo de independência do Brasil e liberdade de imprensa. O papel da imprensa regional e a liberdade de imprensa sempre foram fundamentais para a construção de uma sociedade justa onde todos possam ter possibilidade de se expressar de forma livre respeitando os princípios constitucionais vigentes, no Brasil seja no período da monarquia, da ditadura estes princípios de liberdade sempre foram ameaçados. Tema relevante para os dias atuais assim como no processo de independência jornais foram censurados, jornalistas presos e mortos, hoje os veículos de imprensa locais sofrem em regiões dominadas pelo tráfico, podemos também destacar a asfixia financeira sofridas por estes veículos, mas nem por isso deixa de ter a sua importância para a construção de uma sociedade mais justa. Os períodos mudaram ao longo da história, porém a luta por liberdade de imprensa continua e não pode parar.
Profissional Entrevistado
Oclides Ribeiro da Silveira, Pedagogo, Jornalista, com 3 pós-graduações: em Administração Pública pela UNESP, Hospitalar pela UNINTTER e Jornalismo pela UFRGS, editor-Chefe, fundador do Jornal Folha de Condeúba, foi Supervisor de Ensino na rede municipal de Condeúba, ex-secretário municipal em 3 pastas: Saúde, Transportes/Obras, Cultura Desporto e Lazer, ex-presidente do Conselho Municipal de Saúde e atualmente em Condeúba é presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente – CMDCA.
Repórter: Genisvaldo Ribeiro
Genisvaldo de Jesus Ribeiro, popular “Genis”. Desde 2013 atuando como Garçom e Maitre no setor de restaurante, natural de Condeúba também atuou como Agente de Saúde, diretor e professor da rede municipal de ensino, atualmente é estudante de Jornalismo da Universidade Paulista – UNIP., cursando o oitavo semestre.
1 – Sr. Oclides, a imprensa regional emergiu, sobretudo nos últimos anos, enquanto meio capaz de revalorizar as múltiplas formas de expressão do jornalismo, nomeadamente tendo em conta a ideia de proximidade noticiosa. Qual a importância para um veículo de imprensa regional para a sociedade local?
Resposta/1:- Sem dúvida, a imprensa regional tem desempenhado um papel fundamental na sociedade local, especialmente nos últimos anos. Ela atua como um elo direto entre a comunidade e os acontecimentos que impactam diretamente o dia a dia das pessoas. A proximidade que você mencionou é, de fato, um dos grandes trunfos do jornalismo regional. Enquanto os grandes veículos nacionais e internacionais cobrem temas mais amplos, a imprensa regional se dedica a questões que muitas vezes são ignoradas, mas que têm uma importância imensa para os moradores locais, como decisões políticas municipais, iniciativas sociais, cultura local, economia e o cotidiano da cidade ou região.
Além disso, a imprensa regional tem a capacidade de dar voz à comunidade, proporcionando um espaço para que os cidadãos possam expressar suas preocupações, reivindicações e ideias. Isso contribui para a formação de uma identidade local mais forte e um sentimento de pertencimento entre os moradores. Em uma época em que há tanta informação disponível, o papel do jornalismo regional em filtrar e apresentar os fatos relevantes para o contexto específico da comunidade é imprescindível. Portanto, o veículo de imprensa regional não só é importante como imprescindível.
2 – Sr. Oclides, A história da imprensa no Brasil é povoada por confrontos, perseguições e por uma outra modalidade de repressão por parte do Estado, a censura. Como veículo de informação local lida com as questões listadas acima e até que ponto os confrontos, as perseguições e a censura estão presentes hoje?
Resposta/2:- A história da imprensa no Brasil, de fato, é marcada por muitos embates com o poder, principalmente durante períodos autoritários como o Estado Novo, a Ditadura Militar e até mesmo em momentos de transição democrática. O confronto entre a imprensa e o Estado sempre existiu em maior ou menor grau, pois os interesses de liberdade de expressão muitas vezes chocam-se com os interesses do poder em controlar a narrativa.
Atualmente, no veículo de comunicação local, enfrentamos esses desafios de forma contínua. A censura explícita, como a que vimos no passado, hoje é mais rara, mas existe uma forma mais velada de controle, seja através de pressões políticas, econômicas ou até mesmo judiciais. A autocensura também é uma questão relevante, pois os veículos, muitas vezes, evitam tocar em temas que possam trazer represálias financeiras ou legais.
Confrontos e perseguições ainda ocorrem, principalmente para jornalistas que atuam em pautas sensíveis, como corrupção, crimes ambientais ou abuso de poder. Esses profissionais, tanto em grandes veículos como em mídias locais, muitas vezes se tornam alvo de intimidações, ameaças e, em casos mais extremos, de violência física.
Acho que a situação hoje é mista. Por um lado, o acesso à informação se ampliou com o crescimento da internet e das mídias digitais. Temos mais vozes, mais pluralidade, e o Estado enfrenta mais dificuldade para controlar todas as narrativas. No entanto, a polarização política e social também criou um ambiente mais hostil para o trabalho jornalístico. Em vez de uma censura formal vinda do Estado, temos uma pressão difusa que vem de todos os lados — seja de grupos políticos, econômicos ou até mesmo da própria sociedade.
Perseguições judiciais e econômicas estão entre as principais ferramentas de censura hoje. O uso de ações legais para intimidar jornalistas ou veículos de comunicação tem sido uma estratégia bastante comum. Além disso, os cortes de publicidade oficial ou privada para certos veículos críticos é outra forma de controlar indiretamente o conteúdo.
Em certo grau. A liberdade de imprensa nunca está totalmente garantida; é algo que precisa ser constantemente defendido e aprimorado. A democracia, por definição, deve proteger o direito de informar e ser informado, mas isso depende de instituições fortes e de uma sociedade que valorize o papel da imprensa. Hoje, vemos ameaças vindas de múltiplos setores, e a liberdade de imprensa está sob constante ataque. No entanto, acredito que, com o fortalecimento do jornalismo independente e o apoio de organizações da sociedade.
3 – Sr. Oclides, durante o Primeiro Reinado, Ditadura Vargas, Golpe de 64, jornais e jornalistas foram perseguidos, como editor-chefe de um veículo de imprensa regional é possível de dizer que temos uma imprensa livre hoje?
Resposta/3:- “A história do Brasil é marcada por períodos de censura e perseguição à imprensa, como os que você mencionou. Durante o Estado Novo de Getúlio Vargas e o regime militar iniciado em 1964, a liberdade de imprensa foi severamente restringida, com jornais sendo fechados, jornalistas presos e mortos a censura oficial em ação.
Hoje, no contexto democrático, temos sim uma imprensa mais livre em comparação àqueles períodos. Os veículos de comunicação podem operar sem a imposição de uma censura formal e os jornalistas têm o direito de investigar, denunciar e opinar. No entanto, isso não significa que a liberdade de imprensa seja plena ou garantida em sua totalidade.
A pressão econômica, a violência contra jornalistas, as ameaças judiciais e até mesmo a disseminação de notícias falsas são desafios que ainda colocam a liberdade de imprensa em risco. Esses fatores, muitas vezes, buscam controlar o discurso midiático de forma indireta, gerando autocensura e limitação editorial em determinados casos.
Portanto, é correto dizer que avançamos muito, mas ainda há muito a ser feito para garantir que a imprensa seja verdadeiramente livre, independente e protegida de qualquer tipo de interferência, seja ela política, econômica ou física.”
Essa resposta reflete um tom ponderado e responsável, próprio de um editor-chefe, abordando os avanços, mas também os desafios persistentes na questão da liberdade de imprensa no Brasil.
4 – Sr. Oclides, “Toda e qualquer sociedade onde houver imprensa livre está em liberdade; que esse povo vive feliz e deve ter alegria, segurança e fortuna; se, pelo fato contrário, aquela sociedade ou povo que tiver imprensa cortada pela censura prévia, presa e sem liberdade, seja debaixo de que pretexto for, é povo escravo que pouco a pouco há de ser desgraçado até se reduzir ao mais brutal cativeiro”. (Cipriano Barata, pioneiro pela busca de liberdade de imprensa). Nesta citação de Cipriano Barata ele eleva a importância da imprensa para a sociedade, como um veículo de imprensa local pode garantir que esta liberdade não seja ameaçada?
Resposta/4:- A citação de Cipriano Barata, pioneiro na defesa da liberdade de imprensa, traz à tona a importância crucial de uma imprensa livre para garantir a felicidade, segurança e bem-estar de um povo. Sua análise é clara: onde há liberdade de imprensa, há potencial para liberdade social e política; onde há censura, há risco de opressão e declínio social.
Para um veículo de imprensa local, essa missão de proteger a liberdade de expressão assume um papel essencial. Embora possa parecer que os meios locais tenham menos alcance do que os grandes veículos nacionais, eles estão mais próximos das realidades cotidianas das comunidades e podem ser os primeiros a identificar e denunciar violações de direitos ou abusos de poder. Alguns pontos pelos quais uma imprensa local pode garantir que essa liberdade não seja ameaçada incluem:
1. Aproximação da comunidade: Um veículo de imprensa local mantém contato direto com as necessidades, problemas e vozes da comunidade. Isso permite uma representação fiel e plural, onde os cidadãos podem expressar suas preocupações sem medo de represálias.
2. Transparência e prestação de contas: Uma imprensa local independente pode funcionar como uma vigia constante do poder público e privado. Monitorando os governos locais e empresas, ela garante que eles sejam responsabilizados por suas ações, o que fortalece a transparência.
3. Educação e conscientização: Ao informar a população sobre seus direitos e sobre os riscos da censura e opressão, a imprensa local contribui para a formação de uma sociedade crítica e engajada, disposta a lutar por sua liberdade.
4. Resistência à censura: A imprensa local pode se organizar para resistir a tentativas de censura ou pressão governamental, seja por meio de associações, seja por meio de práticas jornalísticas colaborativas que aumentem sua força diante de tentativas de silenciamento.
Dessa forma, a imprensa local pode se constituir como uma das primeiras linhas de defesa contra a opressão, garantindo que a liberdade de expressão continue viva e que o espírito democrático não seja sufocado.
5 – Sr. Oclides, em outubro de 1822, um mês depois da proclamação da Independência, a liberdade de imprensa voltou a ser cerceada. O clima agitado da época provocou o aparecimento dos pasquins, com característica panfletária e linguagem violenta, que chegava à calúnia e ao insulto pessoal. Seu conteúdo refletia o ardor das facções em divergência. Liberais e conservadores travavam verdadeira guerra de palavras utilizando os pasquins, que, geralmente, tinham vida efêmera. Como os veículos de comunicação podem fazer para não cair nesse jogo e focar no que é realmente essencial, informar a população fato?
Resposta/5:- Aquele período foi extremamente conturbado, não só por conta da recente proclamação da independência, mas também pelo fato de que as facções políticas estavam em constante confronto. O surgimento dos pasquins reflete bem esse estado de ânimo. Era um momento em que as emoções dominavam o debate público, e a linguagem violenta e a calúnia, infelizmente, tornaram-se comuns. A principal lição que podemos tirar é a importância de uma imprensa responsável, que se comprometa com a verdade e com a clareza da informação, acima dos interesses faccionais.
Vimos que esses veículos tinham vida curta, mas desempenhavam um papel na guerra de palavras entre liberais e conservadores. Hoje, com o advento das redes sociais e da facilidade de disseminação de informações, como os meios de comunicação podem evitar cair no jogo da fofoca e focar no que realmente é essencial para a população?
De fato, a vida efêmera dos pasquins muitas vezes refletia a volubilidade das paixões políticas. Eles serviam ao momento, mas não necessariamente à verdade ou ao bem comum. No cenário atual, embora os meios tenham mudado, o desafio é semelhante: não ceder à tentação de produzir conteúdo sensacionalista ou parcial, que visa mais à atenção do público do que à sua conscientização. A chave está em manter o compromisso ético com a verdade e a imparcialidade, investindo em uma apuração cuidadosa dos fatos e oferecendo espaço para o debate plural, sem apelar para a violência retórica ou a desinformação.
Como a imprensa pode balancear o dever de informar com a pressão por audiência e cliques, que muitas vezes leva a um conteúdo mais apelativo e menos informativo?
Senhor Euclides: Esse é o grande desafio da imprensa contemporânea. O equilíbrio entre informar com qualidade e atender às demandas comerciais é delicado. Acredito que a solução passa por valorizar o jornalismo de profundidade, aquele que investiga e explica, em vez de apenas noticiar superficialmente. Ao mesmo tempo, é importante educar o público para que ele saiba discernir entre o que é sensacionalismo e o que é informação de qualidade. Isso pode ser feito através de um esforço coletivo das instituições de comunicação, promovendo boas práticas e um código de ética rigoroso.
Entrevistador: O senhor acredita que a tecnologia e a era digital contribuíram para agravar ou para melhorar o cenário da comunicação e do jornalismo?
Senhor Euclides: A era digital trouxe grandes avanços, especialmente no que se refere ao acesso à informação. Nunca foi tão fácil consumir notícias de todo o mundo em tempo real. No entanto, essa mesma facilidade tem um lado negativo, pois também ampliou o alcance de informações falsas e a proliferação de boatos. O jornalismo precisa se adaptar a essa nova realidade, utilizando a tecnologia a seu favor, mas sem abrir mão da ética e da responsabilidade social. A agilidade da informação não pode comprometer a sua precisão.
Entrevistador: Para finalizar, qual conselho o senhor daria aos jovens jornalistas que estão ingressando na profissão nesse contexto de tanta polarização e fake news?
Meu conselho seria que eles nunca percam de vista a importância da verdade e da responsabilidade que carregam ao informar o público. Em tempos de polarização, é ainda mais importante que o jornalista seja um mediador imparcial, que promova o diálogo em vez do conflito. A busca pela verdade deve ser constante, assim como a disposição de ouvir todos os lados de uma questão. E, acima de tudo, que eles se lembrem de que o jornalismo é um serviço à sociedade, não a um grupo ou facção.
6 – Sr. Oclides, durante o processo de independência do Brasil tínhamos a monarquia para cercear a liberdade de imprensa de acordo com seus interesses, na ditadura os ditadores e na república como editor-chefe de um veículo de imprensa local quem são hoje os cerceadores da liberdade de imprensa?
Resposta/6:- É possível perceber uma reflexão profunda sobre o papel da imprensa no período da independência do Brasil. A imprensa desempenhou um papel crucial nesse momento histórico, atuando como uma ferramenta de disseminação de ideias e debates que moldaram o cenário político e social da época. Por meio de jornais e panfletos, ideias de liberdade, autodeterminação e reforma política eram debatidas, ajudando a formar um senso de identidade nacional e mobilizando a população para as lutas pela independência.
As lutas travadas nesse período pelo direito à liberdade de expressão e de imprensa impactaram profundamente a evolução do jornalismo no Brasil. A imprensa tornou-se não só um veículo de informação, mas também um espaço de resistência e luta por direitos civis. A partir desse contexto, jornalistas brasileiros herdaram o papel de defensores de uma imprensa livre, comprometida com a informação de qualidade e o direito do público de estar bem informado. O compromisso com a verdade e a ética jornalística, pilares fundamentais do jornalismo moderno, foram diretamente influenciados por esse legado histórico.
Portanto, a busca pela liberdade de imprensa, que foi um dos motores das lutas da independência, continua a ser um norte para os jornalistas hoje, que veem seu trabalho como parte essencial da manutenção da democracia e da liberdade no Brasil.
7 – Sr. Oclides, como o senhor avalia a importância do Jornal Folha de Condeúba para a região que ele alcança?
Resposta/7:- A importância do Jornal Folha de Condeúba, para a região que ele alcança, pode ser avaliada sob diversos aspectos. Ele atua como uma importante ferramenta de comunicação local, oferecendo informações que muitas vezes não têm espaço na grande mídia.
O jornal contribui para a construção de uma identidade regional ao cobrir temas relevantes para a comunidade, como eventos culturais, questões sociais, políticas públicas e o dia a dia da população. Além disso, a Folha de Condeúba fortalece o exercício da cidadania ao dar voz às demandas locais e promover o debate público.
8 – Sr. Oclides, avaliando o papel da imprensa no período de independência do Brasil as lutas travadas lá por liberdade impactaram até que ponto para tornamos o que somos hoje como jornalistas defensores de uma imprensa livre focados na informação de qualidade?
Resposta/8:- Meu caro reporte Genis, ao avaliarmos o papel da imprensa no período de independência do Brasil, percebemos que as lutas pela liberdade de expressão e informação tiveram um impacto profundo no que somos hoje como jornalistas. Naquela época, a imprensa surgiu como uma ferramenta crucial para a difusão de ideias que questionavam o regime colonial e os limites impostos à autonomia brasileira. Folhetins, panfletos e periódicos ajudaram a construir o pensamento crítico e a conscientizar a população sobre a necessidade de independência.
Essas lutas por liberdade de imprensa e expressão estabeleceram os primeiros alicerces de uma imprensa que, ao longo dos séculos, se transformaria em um dos pilares da democracia. Hoje, continuamos a missão de garantir o direito à informação de qualidade, servindo como uma voz independente e essencial para a sociedade. A história da imprensa durante a independência nos ensina que, para manter uma democracia robusta, precisamos defender uma imprensa livre, transparente e comprometida com a verdade.
Nesse sentido, nossa função atual como jornalistas é a continuação de uma trajetória que começou naquelas lutas pela liberdade. Devemos honrar esse legado e, ao mesmo tempo, adaptar-nos aos novos desafios que surgem, sempre com o compromisso de informar e proteger o direito à informação da população.
9 – Sr. Oclides, parto do princípio de que nós temos uma censura estrutural e, arrisco a dizer que ela é institucional por parte dos nossos governantes, que não aceita o contraditório assim como no processo de Independência. Como a imprensa pode fazer para derrubar esta censura estrutural que flagela a liberdade de comunicação desde este período apesar de todas lutas travadas até aqui?
Resposta/9:- Para responder a essa pergunta, podemos estruturar a resposta em três partes principais:
1. Reconhecimento do problema histórico: A censura estrutural mencionada tem raízes profundas na história do país, especialmente no processo de independência, quando a liberdade de expressão já era um desafio. Isso mostra que, embora tenhamos avançado em muitas áreas, a resistência ao contraditório e a censura ainda persistem em várias formas, inclusive institucionalmente.
2. O papel da imprensa: A imprensa tem um papel fundamental na derrubada dessa censura. Para isso, ela precisa continuar a exercer um jornalismo independente, comprometido com a verdade, e usar os recursos tecnológicos disponíveis (mídias digitais, redes sociais) para contornar as barreiras impostas. Além disso, o jornalismo investigativo pode expor as tentativas de censura, mostrando à população as manobras usadas para restringir a liberdade de expressão.
3. A luta pela liberdade de expressão: Apesar dos desafios, as lutas pela liberdade de comunicação precisam continuar. A imprensa pode se aliar a movimentos sociais e civis, promovendo debates, educação midiática e conscientizando a população sobre a importância da liberdade de expressão como um direito fundamental. Pressionar por uma legislação que proteja a imprensa contra censura também é uma estratégia importante.
A censura estrutural que flagela a liberdade de comunicação é um problema histórico que remonta ao período de independência, como bem apontado. Essa questão persiste porque é mantida por governantes que não aceitam o contraditório e buscam controlar o fluxo de informações. A imprensa, nesse cenário, tem um papel crucial em combater essa censura.
Agradecimento: Eu, Genivaldo Ribeiro, como aspirante à profissão de jornalista, sinto-me realizado com esta importante entrevista que fiz, agradeço imensamente pela entrevista, especialmente pelas respostas fornecidas do jornalista Sr. Oclides da Silveira, redator-chefe do Jornal Folha de Condeúba desde 2009. Este jornal é bem conceituado não só na cidade, mas também em toda a região sudoeste da Bahia.
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