Neste domingo, dia 26 de novembro, a liturgia Católica, celebra a festa solene de Cristo Rei do Universo
Por Paulo Henrique
Neste domingo, dia 26 de novembro, a liturgia Católica, celebra a festa solene de Cristo Rei do Universo, culminando, assim, toda a caminhada do ano litúrgico.
Com a festa deste domingo, os cristãos do mundo inteiro, proclamam o reinado triunfante de Jesus, sobre todas as coisas e criaturas. Deus é rei e seu reino prevalecerá para toda a eternidade.
Também nesta festa, recordamos a parusia, a manifestação do Cristo no fim do mundo e o Evangelho de hoje, apresenta Jesus como juiz, aquele que virá separar as ovelhas dos cabritos e restaurar o seu reino definitivo.
O texto de Mateus, pode trazer uma linguagem figurada do juízo final, sendo apenas uma retratação do que irá acontecer, considerando uma linguagem escatológica sobre a volta de Jesus.
Na verdade, o juízo será a sentença do amor, assim como nos ensina S. João da Cruz: “no entardecer da vida, seremos julgados pelo amor” Sim, o amor vai nos julgar. Tudo o que fizermos aos pobres, estaremos fazendo ao próprio Jesus e Ele nos pedirá contas de cada gesto ofertado em defesa dos pobres e humildes desta vida injusta e indiferente aos que padecem.
No texto de Mateus, Jesus não fala de políticas sociais, nem de ideologias partidárias, nem muito menos de comunismo e teologias pensadas para resolver conflitos de pobreza e exclusão. Jesus fala de AMOR!! Isso sim vai ser determinante para a nossa salvação.
O compromisso da Igreja é difundir o amor e a caridade e essa não é uma proposta anti-igreja, muito pelo contrário, significa Evangelho na íntegra e na prática total de suas recomendações.
Não podemos nunca confundir a doutrina social da Igreja com ideologias de setores ou grupos pequenos. A Igreja tem sua identidade fundante e precisa prosseguir na defesa dos pobres e dos que precisam ser acolhidos e amados. A Igreja é profeta e deve continuar denunciando o que é necessita ser denunciado.
Enfim, Cristo Rei está bem próximo e o seu reino não acontece longe de nós, mas está na simplicidade do dia a dia, nas pequenas coisas, nos gestos de carinho, na vida contemplativa, no cuidado com a natureza, na sinodalidade da caminhada… Esse reino acontece do nosso lado e devemos nos abrir para a graça de perceber a sua presença.
Encerrando o ano litúrgico, agradeçamos a Deus pelos frutos da caminhada, pela perseverança e disponibilidade de servir na comunidade de fé. Valeu a pena confiar, seguir e beber da fonte. Cada domingo, cada celebração, cada encontro, cada procissão, cada manifestação popular de fé, tudo o que acontece no ano litúrgico é uma oferenda agradável ao Cristo Rei.
A festa deste domingo nos ensina assim: tudo começa no Cristo e tudo termina no Cristo. Tudo provém Dele e tudo converge a Ele. Jesus é o centro de tudo! Jesus ocupa o primeiro lugar!
Cristo é senhor do tempo e da história, Cristo vive e venceu a morte; Ele é o nosso pastor e rei!
Desejo um bom final de ano litúrgico a todos e um feliz início de Advento, no próximo domingo, em que celebraremos a liturgia com a terceira edição do Missal Romano, no Brasil inteiro.
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