Mais de 400 ocorrências por causa de pipas são registradas na Bahia

Parte da cultura nacional, a brincadeira de empinar pipas se torna mais comum em meses com ventos de maior intensidade, como agosto e setembro.

A atividade, contudo, deve ser feita longe da rede elétrica para evitar situações inseguras e prejudicar o fornecimento de energia.  Somente em 2022, a Neoenergia Coelba registrou 418 ocorrências no fornecimento de energia elétrica em todo o Estado.

De acordo com o Tribuna da Bahia, foram milhares de pessoas impactadas diretamente pela brincadeira. Na última semana de agosto, por exemplo, a brincadeira provocou uma interrupção de energia que atingiu mais de oito mil consumidores em Feira de Santana.

As pipas nunca devem ser empinadas próximas à rede de distribuição. O ideal é que a atividade aconteça em locais abertos como praias e campos.

O perigo é acentuado pelo uso do cerol aplicado à linha, que se torna um condutor por conter raspas de vidro e pó metálico adicionado à cola. O produto aumenta o risco de choque elétrico.

Por ser condutor de energia, o cerol acaba energizando a linha em contato com a rede elétrica. As pipas também, ao se enroscarem nos fios elétricos, podem provocar curto-circuito, ocasionando, inclusive, o rompimento de cabos.

Além disso, o uso de adereços metálicos é extremamente perigoso e deve ser evitado, por também serem condutores de energia. Em caso de pipas presas em postes ou na fiação, as pessoas jamais devem tentar retirá-las.

Apenas profissionais da Neoenergia Coelba estão devidamente autorizados e capacitados para se aproximar da rede elétrica. A distribuidora também adverte que é terminantemente proibido entrar em subestações de energia. O acesso a esses locais é restrito e extremamente perigoso.

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