Bolsonaro fala pouco, não parabeniza Lula, mas reconhece derrota
Anita Efraim
No Palácio da Alvorada, cercado de ministros e assessores, Bolsonaro falou por menos de dois minutos. O presidente não citou Lula, nem sequer fez menção à vitória do petista. Ele agradeceu aos apoiadores e falou sobre o movimento de bolsonarista que paralisam estradas pelo país, pedindo para que aconteçam de forma pacífica.
“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacificas são sempre bem-vindas, mas não podem ser os da esquerda (…), com o cerceamento de ir e vir”, disse, referindo-se ao movimento de caminhoneiros golpistas.
“Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e uma guerra”, declarou. “Sempre fui classificado como antidemocrático, mas sempre joguei dentro das quatro linhas da constituição. Como presidente da República e como cidadão, continuarei defendendo a nossa Constituição.”
Jair Bolsonaro também voltou a citar o slogan originado no fascismo “Deus, pátria e família”.
Depois de Bolsonaro, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que foi autorizado pelo presidente a tocar o processo de transição ao próximo governo.
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