Anderson Torres não entrega celular e PF deve recorrer à nuvem de dados
Aparelho telefônico do ex-ministro e ex-secretário de Segurança do DF não foi entregue aos agentes
Ao chegar ao Brasil no último sábado (14) e ser preso pela Polícia Federal, o ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) não estava com o celular. Se estivesse, o telefone teria sido apreendido e periciado.
No dia 10 de janeiro, dia em que teve a prisão decretada, Torres publicou no Instagram uma mensagem avisando que seu número havia sido clonado. Ele estava de férias nos Estados Unidos.
“Olá, clonaram meu WhatsApp, não aceitem nenhuma mensagem ou ligação”, escreveu.
O que aconteceu com Torres?
- Ex-ministro teve prisão decretada na terça-feira (10);
- Ele é acusado de omissão e conivência que teriam facilitado os atos terroristas de 8 de janeiro;
- Na quinta-feira (12), a PF fez buscas na residência de Torres e encontrou uma minuta golpista;
- No dia 14, ele desembarcou em Brasília e foi preso pela PF;
- Pouco depois, passou por audiência de custódia;
- Desde então, permanece detido no 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) no Guará 2. Ele deve prestar depoimento ainda nesta semana.
Além de ser preso e chegar a pegar até 91 anos de detenção, Torres também corre o risco de ser expulso da Polícia Federal, onde atua desde 2003 – ou seja, há 20 anos. Ele é delegado de carreira.
Segundo delegados ouvidos pelo Metrópoles, a cúpula da corporação já fala na expulsão do ex-ministro. A avaliação é que, após o avanço das investigações, Torres será alvo de um processo administrativo interno que culminará com sua exoneração definitiva da PF.
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