A transição é um desafio, sem dúvidas

Por Paulo Henrique

O Chefe de Gabinete do prefeito Silvan, Paulo Henrique Cordeiro

Sim, refiro-me à transição como um verdadeiro desafio para a gestão, pois, dentro do processo estabelecido para tal, a capacidade de organização, diálogo e transparência, devem ser características marcantes e presentes.
Não que a gestão atual não tenha esses valores, mas, não se realiza uma transição todos os dias e, neste momento, é necessário pensar nos melhores caminhos para que a Prefeitura Municipal seja transferida para o próximo gestor, com as melhores condições para uma governabilidade segura e equilibrada.
Já se passaram quase oito anos da última transição de governo, pois, com a reeleição de Silvan, não houve um momento para a transferência do poder, mas apenas a continuidade dele.
No último dia 06 de outubro, a maioria dos eleitores condeubenses escolheu o candidato Micael Silveira, para gerir esta municipalidade. Foi, portanto, uma decisão democrática e, quando as urnas falam, todos os outros argumentos cessam e perdem as forças no cenário político.
Como eu disse, haverá o desafio de uma transição séria, porém, confiamos na coerência da equipe do prefeito Silvan, seus secretários, agentes administrativos, colaboradores diretores e indiretos, tendo a plena certeza de que todas as principais informações serão passadas ao próximo prefeito com muita prudência e equilíbrio, pensando no desenvolvimento de uma cidade que não pode parar.
O governo de Silvan, foi marcado pela capacidade de celebrar convênios com o Governo da Bahia e o Governo Federal, encontrando apoios singulares em recursos, emendas e outras tantas conquistas que, aos poucos, foram sendo canalizadas para o município.
Em um mandato de oito anos, muita coisa aconteceu e não podemos dizer que o dever de casa não foi cumprido. Hoje, olhando para trás, percebemos o quanto acertou o governo de Silvan e o quanto errou também. Não dá pra fazer memória do sucesso, sem reconhecimento dos erros. A autocrítica é o melhor caminho para achar solução e, talvez, seja isso que esteja ou que ainda falta em outros grupos e vertentes políticas.
Uma gestão que erra, mostra a sua humanidade e, revela a sua humildade de voltar atrás, refazer o caminho e definir uma nova rota para trilhar.
Aqui, refiro-me às muitas vezes que a gestão soube “errar com sabedoria” difícil compreender isso, não é? Mas é uma constante e faz a diferença no processo administrativo e até mesmo no processo político.
Com muito cuidado para não me tirarem do contexto, pois, participei diretamente da gestão atual e tivemos sim os momentos de dificuldades, turbulências, preocupações, crises financeiras etc… Só não tivemos crise de relacionamento pessoal e o governo de Silvan sairá com essa imagem: equipe unidade e colaborativa.
Talvez foi o governo que mais transmitiu unidade com o seu corpo de secretários e agentes administrativos. Foi, de fato, um clima muito participativo e agradável.
Agora, faltando pouco mais de dois meses, Silvan deve fazer a retrospectiva humilde de suas ações, suas iniciativas e passar o bastão para o próximo condutor.
Muita gente, por falta de conhecimento, não sabe como funciona uma transição e pensam que tudo se resolve num passo de mágica. Não pode ser assim. O novo prefeito não pode ser pressionado por ninguém, nem mesmo pelos apoiadores mais diretos ou companheiros de partido. A palavra é PRUDÊNCIA. Dar tempo ao tempo e deixar que o eleito possa fazer a sua própria leitura do momento atual, entendendo o que é preciso mudar, inovar, implementar, resolver como prioridade, aguardar, rever… Tudo isso parte do pressuposto de que o novo prefeito tem todas as condições para montar a sua própria equipe de trabalho.
Na minha opinião, muitas coisas precisam mudar e todos nós devemos nos abrir ao novo, escutar mais, falar menos, participar e não adiantar as coisas. Às vezes pecamos pelo aceleramento. Nem tudo o que pensamos é o melhor a ser feito e o discernimento vem da sabedoria, da capacidade de esperar e deixar que as coisas encontrem os melhores lugares.
A palavra transição nos remete a caminho, passagem, transferência… Isso é animador, recorda o movimento e a rotatividade da vida e das escolhas… Isso é dinamismo, isso ajuda muito e nos tira do conforto, da nossa zona de conforto.
Todos estamos em transição: servidores, sociedade, cidadãos… Todos, ninguém fica de fora. O processo vai impactar a vida de uma cidade inteira e as suas prioridades de governo. Todas as decisões afetam a vida dos mais distantes, os que ainda precisam de um governo forte.
Por isso, um pedido: vamos esperar e deixar para trás os discursos de palanque. Agora é o momento de pacificar a comunidade, entender o que realmente precisamos e prosseguir sem excitação.
Micael fez um plano de governo junto ao povo, escutou os mais diversos setores da comunidade, as associações, os servidores etc… Esse plano precisa começar a ter vida e sair do papel, mas, tudo isso só vai ser possível com a nossa colaboração paciente. Será um novo governo, uma nova forma de gerir, de entender, de realizar.
Esperamos uma transição eficaz e que o município de Condeúba esteja aberto para acolher o seu novo prefeito.

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