A nossa conta chegará!
O que aconteceu lá, pode se espalhar.
O que vimos lá, pode migrar pra cá.
A conta não pode ser só do Sul;
A conta é de todos, de cada um.
A conta da crueldade que praticamos;
Das árvores que derrubamos;
Dos rios que assoreamos;
Dos animais que assassinamos;
Dos biomas que devastamos;
Da madeira que contrabandeamos.
A conta lá já foi, mas a nossa chegará,
E virá salgada, carregada de juros a pagar.
Pode ser que não seja uma enchente,
Mas pode ser uma seca sem precedente,
Ou até a desertificação.
Aqui, estamos no sertão, lugar do semiárido brasileiro;
Lugar do sofrimento verdadeiro.
E isso vai se intensificar!
Não é uma profecia da desgraça,
É só a conta que vai chegar.
A natureza nunca perdoará!
Deus perdoa sempre!
Os homens perdoam algumas vezes!
Mas a natureza é implacável e não vai nos remir.
A Terra geme como que em dores de parto e nós também vamos sentir:
Será a dor do abandono,
Do jeito egoísta com que tratamos a mãe Terra.
Foi duro, foi uma guerra em anos de devassidão.
A conta chegará e não será só no Sul, não!
E que nos preparemos para suportar a resposta da natureza…
Aos poucos vai se aproximar o tormento de um meio ambiente que não suporta mais a nossa presença humana.
E, depois, ainda nos veremos com o tribunal de Deus, pois roubamos, depredamos o jardim da criação.
Muito bem Paulo. Vamos cuidar da nossa casa comum, preservar nossas matas, conservar nossas águas sempre límpidas, tratar bem os animais, zelar as crianças, ser responsável, trabalhador, honesto e antes de tudo, um ser orante e temente a Deus.