A cultura do desequilibrio total

Por Paulo Henrique

Paulo Henrique é Chefe de Gabinete do prefeito de Condeúba

Ou somos equilibrados, ou não somos nada. É isso mesmo. Estamos na cultura do desequilíbrio total, em todos os aspectos e perspectivas que se possa imaginar.

Os “radicalismos” já se instalaram quase que definitivamente na cabeça pensante de muitos cidadãos. Uns já não escutam mais ninguém, outros já não enxergam mais outro ponto de vista e nem sabem respeitar a ideia de que, na verdade, tudo é a vista de um ponto ou de um outro ângulo: somente isso.

As “verdades” agora se fortaleceram e ninguém mais assume a autoria das mentiras disseminadas pelas redes e meio sociais de comunicação.

Em pleno ano eleitoral, os desequilibrados seguem o curso das várias categorias da IGNORÂNCIA e isso é triste, muito triste para um país tão lindo e tão gigante como o Brasil.

Combater o desequilíbrio deveria ser uma atitude cidadã e até mesmo institucional. Deveria ser um ato cívico de amor a pátria e ao povo. Quem ama cuida e por este único motivo é precioso zelar pela democracia que garante o poder dos equilibrados, aqueles que pensam, raciocinam, planejam e executam os melhores projetos de desenvolvimento social e econômico.

A maldita cultura do desequilíbrio, gera uma ignorância tão brutal que o diálogo é completamente isolado e deixado de lado… Dialogar!!! Que palavra carregada de utopia. Nem dá pra imaginar a real possibilidade de que o diálogo saudável tenha espaço na sociedade moderna e atualizada.

Mas aqui, neste meu pequeno e simples pensamento, quero apenas deixar a minha crítica explícita com relação a essa tal cultura do desequilíbrio. Eu nem sei se esse termo é bem usado, mas eu tomei a liberdade de dizer assim, pois não achei uma outra maneira mais clara de criticar o desequilíbrio do mundo atual.

A crítica não está voltada para pessoas, mas para um momento, uma situação, uma realidade, um sistema cruel que mata os que desejam buscar o equilíbrio ou que pensam nessa possibilidade.

O fato é que um equilibrado vive em estado permanente de perseguição, pois o mundo não perdoa um cidadão que ainda não se contaminou com a radicalidade das opiniões, das ideologias e dos pensamentos formados.

A saída esperançosa está na capacidade de se reinventar, criticar e pensar…

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